Fanfic: Um amor desastrado - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA
Alfonso franziu a testa, mas Anahi conseguiu permanecer impassível até que o garçom se afastou.
— Pervertido? — ela repetiu assim que ficaram sozinhos, sacudida por um acesso de riso. — O P é de pervertido?
— Ha, ha, que engraçado.
— Pegue — ela estendeu o envelope. — Vá jantar com Robin e divirta-se.
— Com Robin? Passei mais tempo com ela do que deveria! Por que não vai com Enrico?
— Duvido que ele seja uma boa companhia para jantar. Alfonso compreendeu a mensagem. O homem era um bom amante, mas não oferecia segurança no caso de exibições públicas. Tentou conter o ciúme que oprimiu seu peito, mas pensar em Anahi com outro homem era doloroso. Teria ela se deitado com o urso peludo?
— Bem, parece que vamos ter de nos contentar um com o outro — disse, encolhendo os ombros para disfarçar as emoções que o perturbavam.
— É, parece que sim — ela respondeu, tentando não se mostrar muito feliz com as perspectivas.
O Píer Vinte e Oito estava repleto de casais comemorando o Dia dos Namorados. Provido de um confortável bar, muito espaço e uma fantástica vista para o oceano, o lugar justificava a preferência dos turistas e habitantes locais. Estavam no bar, esperando por uma mesa, quando ela notou que Alfonso a observava. Embora houvesse contado com o relacionamento entre ele e Robin para diminuir a tensão, sentira-se mais que nervosa enquanto preparavam-se para o jantar.
Por medida de segurança, saíra do banheiro vestida num traje simples e fresco, mas sentira o olhar fixo em suas costas enquanto prendera os cabelos num coque solto. E tinha de admitir que havia sido quase um sacrifício não suspirar ao vê-lo aplicar o hidratante nos ombros antes de vestir a camisa.
Alfonso era um homem muito atraente, e sentia-se orgulhosa por ser sua acompanhante naquela noite especial. Quando haviam saído juntos em Savannah, não experimentara aquela estranha vaidade por estar ao lado dele. Todos sabiam que ele era noivo de Lucy Montgomery, e por isso nunca perdera tempo imaginando que tipo de casal formavam aos olhos alheios. Mas agora sabia que atraíam uma boa dose de atenção, e tinha consciência de que formavam o que as pessoas chamavam de "parceria ideal". Louros, altos e bronzeados, eram a imagem da felicidade e da beleza. Mas as aparências podem enganar.
— Ora, se não são os recém-casados! — uma voz masculina ecoou atrás dela. Anahi registrou a mudança de expressão no rosto de Alfonso e virou-se. Eram Lila e Cheek, o casal de nudistas que, felizmente, não haviam voltado a ver sem roupas.
— Cheek — Lila censurou o marido com tom maternal. — Eles não são casados, lembra-se? São apenas amigos.
— Exatamente — Anahi e Alfonso responderam em uníssono.
— Não foi um lindo dia? — Lila perguntou, apontando vagamente na direção da praia.
— Belo vestido! — Cheek elogiou, sem disfarçar o interesse pelos seios de Anahi.
— Obrigada — ela respondeu constrangida.
— Está obtendo um lindo bronzeado — Lila comentou.
— Passei o dia todo na praia — Anahi explicou.
— Na praia do hotel? — Cheek surpreendeu-se. Em seguida, inclinou-se como se fosse divulgar um segredo militar. — Há uma praia de nudismo cerca de vinte quilômetros ao norte daqui. São cinco dólares por cabeça, mas vale a pena.
— Vamos nos lembrar disso — Alfonso respondeu irritado. O sujeito virou-se para Anahi e disse:
— Se decidir ir, ficaremos felizes em oferecer uma carona.
— Já disse que vamos nos lembrar disso — Alfonso repetiu com tom ríspido.
— Ótimo — Cheek respondeu satisfeito, sem dar importância ao tratamento hostil. — Querem ver se conseguimos uma mesa para quatro?
— Não! — Anahi e Alfonso gritaram ao mesmo tempo.
— É uma ocasião muito especial para nós — ela explicou com um sorriso.
Alfonso enlaçou-a pela cintura e confirmou:
— Sim, preferimos um pouco de privacidade esta noite.
— Ohhh! — Lila entoou com olhos brilhantes. — Amigos, não é? Estou ouvindo sinos de casamento?
Anahi tentou pensar em alguma coisa que pudesse dissipar o constrangimento.
— Acha que podemos dizer que foi a idéia do casamento que nos trouxe a Fort Myers, não é, Alfonso?
Ele hesitou por um instante.
— Bem... sim.
Lila riu encantada.
— Ding-dong, ding-dong. — Ela inclinava a cabeça de um lado para o outro.
Felizmente o garçom os chamou e puderam despedir-se.
— Pensei que nunca mais nos livraríamos deles — Alfonso comentou quando se sentaram.
— São inofensivos.
— Deviam estar em casa com os netos, em vez de saírem por aí promovendo matinês de nudismo.
O garçom ofereceu o cardápio, anotou o pedido do vinho e afastou-se. Anahi riu e abriu o menu.
— Puritano — disse.
— O quê?
— Seu segundo nome.
— Não.
— Pudico?
Ele riu.
— Não. Esqueça, Anahi. Não vou contar.
— Diria se eu acertasse?
— É claro que sim. Mas você jamais conseguiria.
— Pembroke?
— Não.
— Quem sabe?
— Só meus pais e irmãos... e juraram guardar segredo.
— Lucy não sabe?
— Não. O que vai querer?
Anahi consultou o cardápio.
— Carne, talvez.
— Frita?
— E claro.
— Por que não a lagosta?
Ela se encolheu ao ver o preço do prato.
— Duvido que o prêmio do concurso inclua lagosta.
— Esqueça o prêmio. Ontem à noite fui dormir sem jantar, e na noite anterior comi um pão duro sem manteiga na cela da delegacia. Vamos comer lagosta.
Ela o viu fechar o cardápio e olhar em volta.
— O garçom disse que voltaria num minuto — indicou.
— Eu sei. Só estou verificando se não nos colocaram perto de alguma criança. Fiz um pedido especial quando chegamos.
— Relaxe. Não vejo nenhuma criança num raio de quatro metros.
— Elas podem se esconder — e olhou em baixo da mesa.
— O P deve ser de paranóico.
— Ainda não desistiu dessa bobagem?
— Alfonso, crianças também têm de comer!
— Ótimo! Desde que não estejam perto de mim... Todas as vezes que Lucy e eu... — Calou-se. — Lá vou eu novamente.
Anahi sentiu uma onda de piedade ao ver a expressão de sofrimento no rosto dele.
— Alfonso, você e Lucy conviveram por muito tempo, e é natural que tenham histórias em comum. Pode contá-las sempre que quiser. Sempre que você e Lucy o quê? — Como a amiga revelara que a vida sexual com o ex-noivo era quase inexistente, podia contar com a certeza de não ser submetida a confidências íntimas. Por causa dos segredos da amiga, sempre havia considerado Alfonso uma espécie de peixe molhado, frio e escorregadio, mas agora constatava que havia se enganado.
Ele ergueu os ombros e forçou um sorriso.
— Sempre que saíamos para comer fora, nossa refeição era perturbada por uma criança mal-educada gritando, jogando comida e promovendo espetáculos revoltantes. Agora me pergunto se o relacionamento já havia perdido o encanto, e por isso eu buscava desculpas para justificar o clima de estranheza.
— O que há de tão tenebroso numa criança, afinal? Alfonso abriu a boca para responder e parou, confuso.
— Não sei. São... barulhentas.
— Eu também sou.
— E fazem confusão.
— Eu também faço.
— E as fraldas...
— Ah, agora você me pegou — ela riu.
— Gosta de crianças?
Anahi encolheu os ombros.
— Eu praticamente criei minha irmã caçula.
— Não sabia que tinha uma irmã mais nova.
O orgulho iluminava seu rosto sempre que pensava em Dinah.
— Ela é dez anos mais jovem que eu. Atualmente está com vinte e dois. Eu a mandei para o ginásio de seus pais, mas tomei o cuidado de certificar-me que ela concluiria os estudos.
— Onde ela está agora?
— Terminando a Notre Dame — revelou satisfeita. — E irá para a faculdade de Direito no próximo semestre.
Alfonso assobiou admirado.
— Nada mal.
— Quis ter certeza de que pelo menos um Portilla seria bem-sucedido e se manteria dentro da lei — comentou, pensando nos irmãos.
— Você também conseguiu sucesso. É a melhor corretora da maior imobiliária de Savannah.
Anahi sentiu-se envaidecida pelo elogio, mas sabia que, por maiores que fossem suas realizações, era e sempre seria uma Portilla. Dinah informara recentemente que não voltaria à cidade natal para exercer sua profissão, e Anahi suspeitava de que as nódoas no nome da família haviam influenciado sua decisão. Olhando para Alfonso sentado do outro lado da mesa, cujo nome era suficiente para colocá-lo acima da maioria dos mortais, sentiu-se profundamente perturbada.
— Pode pedir por mim, por favor? — Desculpando-se, deixou a mesa para ir ao banheiro, dizendo a si mesma que tinha de livrar-se das idéias ridículas que galopavam por sua mente cada vez que olhava para Alfonso.
Autor(a): ayaremember
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No banheiro, lavou as mãos e a nuca com água fria e ponderou sobre deixar Fort Myers antes do previsto. Assim que estivesse de volta ao seu ambiente normal, os sentimentos despertados pelo ex-noivo da melhor amiga deixariam de existir. Inventaria alguma coisa sobre ter sido chamada ao escritório com urgência e partiria na manhã seguinte. O f ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 74
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maralima Postado em 02/05/2015 - 00:46:02
- web , muito legal . Amei.
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ponnynobre Postado em 10/07/2014 - 21:13:59
Uma pena que tenha acabado essa web é muito engraçada morri de rir com eles dois até no parto. E claro que vou acompanhar a nova
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daninha_ponny Postado em 10/07/2014 - 14:24:45
ahhhhhhhhhhhhhhh amei a web kkkk ri muito me enantou do começo ao fim bjos.... :)
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vanessap. Postado em 10/07/2014 - 02:34:13
Nem acredito que passou assim tao rapido!! :O amei cada capitulo da web!! Foi extremamente linda!! Parabeeeens *----*
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Angel_rebelde Postado em 10/07/2014 - 02:08:58
Adooorei sua fic ! Poncho com ciúmes do Manny kkkkkkkkkk e só relaxou quando a Anny falou q o amigo é gay. Mas a parte mas hilária foi quando ele disse amar ela e do nada ela soltar q tá grávida fazendo ele desmaiar kkkkkkkkkkkkkkkk. Esse *P* foi o mais hilário kkkkkkkkkkkk. Tanto mistério pra acabar virando nome do filho deles kkkkkkkkkkkkkkkkkk. 2 figuras. Deu dó do Poncho que tomou bolo no jantar. Eu bem sabia q a Lucy nem ia ligar pelo fato dele amar a Annie e ainda ia dar força pros 2. Sua fic foi hilária. Dei muita risada aqui. Já favoritei a outra e vou acompanhar. Eu tbm tenho uma, se quiser ler o link é esse ~> http://fanfics.com.br/fanfic/35111/saudade-de-um-amor-que-nao-acabou-anahi-e-alf onso-aya-ponny
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vondy4everponny Postado em 10/07/2014 - 01:44:04
Nossa, como eu vou sentir falta dessa web. Com certeza eu vou ler ela de novo mais pra frente, porque eu amei deeeemaaaais! Ta de parabéns pela adaptação, sério. Eu ri muito com ela no parto kkkkkkkkk e o casamento tb kkkkkkkk Annie doida!Agora é rumo a nova web u.u <3
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edlacamila Postado em 09/07/2014 - 23:23:45
KKKKKKKKKKKKKKK Ai amei o fim *-* presley KKKKKKKKKKK
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dessita Postado em 09/07/2014 - 22:58:05
Eu amei o fim... kkkkk coitado do Poncho sempre apanhando! Amei mesmo
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camile_ponny Postado em 09/07/2014 - 22:16:12
Amei cara simplesmente Perfeito! ^_^ Amei a parte do parto ri muitooo com a Anahi brigando com ele e ele concordando... kkkk tenho nem palavras. Bom demais sério mesmo. Agora partiu pra sua proxima fic ;)
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daninha_ponny Postado em 09/07/2014 - 00:51:56
kkkkkkkkkkkk morrri quase de tanto rir....kkk nossa ele fez a tatuagem na bunda com o nome dela jajjaja aiii ele tem que ir atras dela pow amando a fic posta maisssss bjos