Fanfic: Um amor desastrado - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA
Sentia-se caminhando à beira de um precipício, correndo o risco de cair tão fundo que nunca mais poderia voltar à tona. Sabia que era insanidade, mas estava se apaixonando por Anahi Portilla.
O sorriso desapareceu dos lábios carnudos e rosados e ela abaixou a cabeça, aparentemente interessada no copo de vinho.
— Estou pensando em partir amanhã.
Alfonso teve a impressão de que o coração parava de bater.
— Amanhã? Quer dizer... voltar para Savannah? Ela moveu a cabeça em sentido afirmativo.
Era como se algo maravilhoso estivesse escapando pelos vãos de seus dedos.
— Mas... por quê?
— Por quê? Alfonso, pense bem! Um vôo pavoroso, um pneu furado, um hotel dilapidado, uma limusine azul-celeste, uma ocorrência policial... Veio à praia para relaxar e descansar, e em vez disso tem enfrentado uma semana de pesadelos consecutivos!
— A culpa não é sua.
— Não?
— Não totalmente.
— Mentir não é um de seus talentos. Tinha de agarrar a oportunidade.
— Quer dizer que reconhece que tenho talentos?
— Não.
— Ah...
Surpresa com a expressão decepcionada no rosto dele, Anahi tentou reparar o dano causado ao eg o já tão ferido.
— Quero dizer, não sei se tem algum talento. Lucy e eu nunca discutimos... quero dizer, nunca falamos sobre... nada.
— É bom saber disso.
— Realmente, nunca falamos sobre o que faziam... ou não faziam.
— Não fazíamos?
Um rubor tingiu seu rosto.
— Eu não quis dizer que...
— Mas disse.
— Bem, não como está imaginando. É que... Ah, droga! Alfonso fechou os olhos e esvaziou o copo. Depois de deixá-lo sobre a mesa com um ruído assustador, respirou fundo e disse:
— Então, Lucy não estava satisfeita com nossa vida sexual.
— Ela nunca disse isso.
O garçom aproximou-se para servir mais vinho, e Alfonso esperou que ele se afastasse para prosseguir.
— Bem, devo admitir que não mantínhamos a chama acesa.
— Não quero ouvir mais nada.
— É difícil explicar. Lucy é uma mulher bonita, mas com relação ao...
— Não quero ouvir! — ela exclamou, levando as mãos aos ouvidos e fechando os olhos. — Não estou ouvindo, não estou ouvindo, não estou ouvindo... — Quando abriu os olhos, Alfonso a encarava com expressão perplexa e dois garçons esperavam ao lado da mesa, os braços cheios de pratos e bandejas. Sorrindo, ela ajeitou o guardanapo sobre o colo e fez um gesto indicando que podiam servir.
Durante o jantar, não voltaram a falar sobre seu retorno antecipado a Savannah. Conversaram sobre trabalho, conhecidos em comum, política e economia, sobre esportes e religião. Riram e falaram sério, riram um pouco mais, e Anahi odiou quando se deu conta de que a refeição chegava ao fim.
Como sobremesa, dividiram um bolo de queijo cremoso com cobertura de canela, o que a fez lembrar o licor esquecido num canto do quarto. Ah, como gostaria de despejar o líquido espesso e perfumado no corpo de Alfonso e saboreá-lo, como saboreava o doce de textura delicada. Fechando os olhos, deixou cada porção se dissolver sobre a língua antes de engolir. Quanto mais comia, mais o corpo respondia como se experimentasse um prazer de outra natureza, até que se sentiu prestes a gemer. A risada de Alfonso a fez pensar que podia ter deixado escapar um gemido.
— O que foi? — perguntou assustada.
— A sobremesa — ele sorriu. — Estava tão boa assim?
— Maravilhosa.
— Você está me matando — Alfonso reclamou, movendo-se na cadeira.
— O que quer dizer?
— Anahi — e aproximou-se, baixando o tom de voz —, sempre come sobremesa com uma faca?
Assustada, olhou para o talher de jantar em sua mão direita e quase entrou em pânico. Felizmente os músicos do conjunto italiano aproximavam-se da mesa, o que a pouparia de uma explicação delicada e constrangedora.
Os homens vestiam cores brilhantes, vermelho, verde e dourado. O violinista cumprimentou Alfonso e beijou a mão de Anahi antes de começar a tocar uma melodia doce e romântica.
Era mais do que podia esperar. Boa comida, excelente vinho, música adequada... e a companhia de Alfonso. Olhou para ele e perdeu o fôlego ao ver o desejo em seus olhos azuis. De repente ele se levantou e estendeu a mão.
— Vamos dançar? É claro que vou ter de apertá-la com força para impedir que minha calça caia...
Rindo, ela aceitou o convite e dançou uma valsa lenta. Alfonso era um excelente dançarino. Usava um perfume inebriante, e sem tia-se entorpecida pelo desejo de provar o sabor da pele firme de seu pescoço. Ele a segurava com firmeza junto ao corpo, e era como se pudesse sentir cada músculo do físico atlético. Era como se fossem as únicas pessoas em todo o universo. Quando a música acabou, sentiu a relutância dele em soltá-la, mas, como uma platéia daquelas proporções, não tinham escolha. Enquanto os outros clientes aplaudiam, Alfonso tomou a mão dela e beijou-a.
— Feliz Dia dos Namorados — disse.
Mais tarde, a caminho do hotel, Anahi guardou um silêncio temeroso, consumida pelo desejo e lamentando as ramificações de qualquer atitude mais ousada. Alfonso parecia mais relaxado, Cantarolava, assobiava e mexia em todos os dispositivos do painel da limusine, até que ela sentiu-se prestes a gritar. A caminhada do estacionamento até a porta do quarto pareceu interminável.
— Não conseguiu falar com Linda sobre as outras acomodações? — perguntou, rindo para esconder o nervosismo.
— Oh, sim, eu falei com ela. Disse que havia mudado de idéia, já que só nos restam duas noites. Quer ir dar um passeio na praia?
Lembrando os resultados desastrosos da última caminhada ao luar, ela balançou a cabeça.
— Que tal a piscina aquecida?
— Não sou medrosa, Alfonso, mas não tenho coragem de entrar naquela banheira gigante infestada de algas. Além do mais, Cheek pode estar dentro dela, nu.
— O que pode ser a verdadeira razão do acúmulo de algas. Bem, vamos improvisar uma piscina.
— Como?
Alfonso apontou para o banheiro.
— Temos uma banheira bem ali, e ela grande o bastante para acomodar duas pessoas. Só precisamos enchê-la com água quente.
Surpresa com a mudança súbita de atitude, ela aproximou-se, ergueu seus óculos e perguntou:
— Quem é você, e o que fez com Alfonso P., de "preso", Herrera?
— É melhor vestir seu maiô antes que ele volte.
Anahi estudou o rosto perfeito iluminado pelos grandes olhos azuis e sorriu. Ignorando os sinais de alarme que ecoavam em seu cérebro, avisou:
— Encontro você na metade mais funda.
Em seguida apanhou o biquíni, entrou no banheiro e abriu a torneira de água quente, sentindo o sangue correr mais depressa nas veias. Escolhera o biquíni dourado de propósito, porque notara a reação de Alfonso na loja, quando saíra do provador para pedir sua opinião. Diante do espelho, teve a impressão de parecer vulnerável sob a iluminação intensa do banheiro e hesitou.
Se estou fazendo algo errado, mande-me um sinal — pediu numa oração breve.
A lâmpada explodiu e se apagou.
Parada no escuro, disse:
— Preciso ter certeza absoluta. Pode me mandar mais um sinal, por favor?
— Anahi? — Alfonso bateu na porta. — Com quem está falando?
— Com ninguém. Foi só uma lâmpada queimada.
— Vou apanhar aquelas velas que comprou na butique do hotel. Anahi olhou para o alto e baixou a voz.
— Eu tentei. Deus é testemunha de que eu tentei...
Autor(a): ayaremember
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Ele retornou depois de alguns instantes usando um calção de banho. Nas mãos Alfonso levava uma caixa de fósforos e as velas perfumadas, que espalhou pelos quatro cantos do banheiro. A atmosfera romântica criada por um detalhe tão simples era espantosa. Ao vê-lo sair, Anahi entrou na banheira e fechou os olhos. Quando voltou a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 74
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maralima Postado em 02/05/2015 - 00:46:02
- web , muito legal . Amei.
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ponnynobre Postado em 10/07/2014 - 21:13:59
Uma pena que tenha acabado essa web é muito engraçada morri de rir com eles dois até no parto. E claro que vou acompanhar a nova
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daninha_ponny Postado em 10/07/2014 - 14:24:45
ahhhhhhhhhhhhhhh amei a web kkkk ri muito me enantou do começo ao fim bjos.... :)
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vanessap. Postado em 10/07/2014 - 02:34:13
Nem acredito que passou assim tao rapido!! :O amei cada capitulo da web!! Foi extremamente linda!! Parabeeeens *----*
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Angel_rebelde Postado em 10/07/2014 - 02:08:58
Adooorei sua fic ! Poncho com ciúmes do Manny kkkkkkkkkk e só relaxou quando a Anny falou q o amigo é gay. Mas a parte mas hilária foi quando ele disse amar ela e do nada ela soltar q tá grávida fazendo ele desmaiar kkkkkkkkkkkkkkkk. Esse *P* foi o mais hilário kkkkkkkkkkkk. Tanto mistério pra acabar virando nome do filho deles kkkkkkkkkkkkkkkkkk. 2 figuras. Deu dó do Poncho que tomou bolo no jantar. Eu bem sabia q a Lucy nem ia ligar pelo fato dele amar a Annie e ainda ia dar força pros 2. Sua fic foi hilária. Dei muita risada aqui. Já favoritei a outra e vou acompanhar. Eu tbm tenho uma, se quiser ler o link é esse ~> http://fanfics.com.br/fanfic/35111/saudade-de-um-amor-que-nao-acabou-anahi-e-alf onso-aya-ponny
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vondy4everponny Postado em 10/07/2014 - 01:44:04
Nossa, como eu vou sentir falta dessa web. Com certeza eu vou ler ela de novo mais pra frente, porque eu amei deeeemaaaais! Ta de parabéns pela adaptação, sério. Eu ri muito com ela no parto kkkkkkkkk e o casamento tb kkkkkkkk Annie doida!Agora é rumo a nova web u.u <3
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edlacamila Postado em 09/07/2014 - 23:23:45
KKKKKKKKKKKKKKK Ai amei o fim *-* presley KKKKKKKKKKK
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dessita Postado em 09/07/2014 - 22:58:05
Eu amei o fim... kkkkk coitado do Poncho sempre apanhando! Amei mesmo
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camile_ponny Postado em 09/07/2014 - 22:16:12
Amei cara simplesmente Perfeito! ^_^ Amei a parte do parto ri muitooo com a Anahi brigando com ele e ele concordando... kkkk tenho nem palavras. Bom demais sério mesmo. Agora partiu pra sua proxima fic ;)
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daninha_ponny Postado em 09/07/2014 - 00:51:56
kkkkkkkkkkkk morrri quase de tanto rir....kkk nossa ele fez a tatuagem na bunda com o nome dela jajjaja aiii ele tem que ir atras dela pow amando a fic posta maisssss bjos