Fanfics Brasil - Capitulo - 24 Um amor desastrado - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: Um amor desastrado - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo - 24

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Rápida, dirigiu-se ao banheiro para escapar de atmosfera de estranheza e intimidade, mas deparou-se com as evidências do interlúdio da noite anterior. O sutiã do biquíni dentro da banheira, a garrafa aberta, as velas queimadas...
— Anahi...
Assustada, virou-se e pisou num objeto pequeno que emitiu um ruído estranho ao ser pressionado contra o chão.
— O que é?
— Viu meus óculos?
Ela olhou para baixo, levantou o pé e fez um movimento afirmativo com a cabeça.
Alfonso ajeitou os óculos sobre o nariz, franzindo a testa ao sentir a fita adesiva que mantinha unidas as duas metades do objeto. Sentado na poltrona macia do cinema, comia pipoca enquanto esperava pelo início do filme e imaginava-se ao lado de Anahi ali, rindo e fazendo comentários engraçados.
Era estranho como mudara de idéia a respeito dela nos últimos dias. Anahi ainda era a bomba sexual que o deixava nervoso, mas... agora vislumbrara a mulher sensível, divertida e afetuosa que se escondia sob a fachada de frivolidade. O sexo ardente da noite anterior fora apenas uma grande e brilhante cereja sobre o sundae mais delicioso que imaginara existir. Mas... se Anahi Portilla era tão interessante, por que não a perseguia com determinação? Imaginou-a contando as razões nos dedos.
— Porque minha amizade com sua ex-noiva é mais importante que qualquer relacionamento que possamos manter. Porque existe uma dúzia de homens esperando por mim. Porque você não é o tipo de homem com quem eu passaria o resto da vida.
O filme começou, mas Alfonso não conseguia acompanhar a seqüência rápida do enredo. Anahi Portilla não saía de sua cabeça e, ao final de duas horas, decidiu permanecer onde estava e assistir à sessão seguinte. Talvez conseguisse entender alguma coisa do enredo.
Pela primeira vez em seus trinta e tantos anos de vida, sentia-se perdido, confuso e consumido por causa de uma mulher. Uma mulher que estava fora do seu alcance.
Quando saiu do cinema, a noite já começava a cair. Caminhando pela calçada repleta de transeuntes, decidiu que tudo seria diferente quando voltassem a Fort Myers. Retomaria o ritmo frenético da empresa de consultoria e ela voltaria a envolver-se com o trabalho de corretora de imóveis. Se encontrariam ocasionalmente em algumas festas, trocariam acenos, e ninguém jamais imaginaria que haviam dormido juntos.
Sem saber o que fazer, Alfonso continuou caminhando e olhando vitrines. Na frente de uma joalheria, viu um pingente de ouro em forma de castelo de areia e ficou encantado. Queria que Anahi levasse uma lembrança do que acontecera entre eles, e o objeto parecia perfeito. Dez minutos mais tarde voltou à calçada levando no bolso a caixa com o pingente e uma delicada corrente de ouro. Não sabia se daria a jóia a Anahi, ou quando o faria, mas comprá-la já havia sido suficiente para satisfazê-lo temporariamente.
Num bar movimentado, pediu um sanduíche e uma cerveja. O garçom que o atendeu no balcão usava uma camiseta justa com as mangas arrancadas para exibir as tatuagens que cobriam seus braços. Alfonso tentou não demonstrar muita curiosidade, mas fracassou.
— Já teve uma tatuagem? — o rapaz perguntou.
— Não — e apontou para o bíceps do sujeito. — Isso é um anúncio?
— Sim. É o melhor tatuador da cidade. Fica do outro lado da rua, e consegui um desconto por exibir o anúncio.
— Painéis humanos... Aí está uma indústria de potencial inesgotável.
— Tem razão. Está ocupado esta noite?
— O quê? Oh, eu... Bem, está enganado a meu respeito, companheiro.
— Não é o que está pensando. Minha namorada vai passar por aqui com uma amiga. Gosta de ruivas?
— Sim, mas...
— Ótimo! O nome dela é Pru.
— Espere um minuto, eu não disse que...
— Uau! — Algo perto da porta havia chamado a atenção do rapaz. — Seria capaz de cometer uma loucura por um petisco como aquele!
Alfonso virou-se no banco e viu Anahi entrando. Ela usava um conjunto de short e camiseta sem mangas que teriam passado despercebidos em noventa e nove por cento da população feminina. Parecia procurar algo na bolsa, e por isso demorou a notá-lo. Quado ergueu a cabeça e o viu perto do bar, ela aproximou-se com um sorriso tímido, quase confuso.
— Mundo pequeno... — Alfonso comentou, apontando para o banco vazio a seu lado. — Sente-se. Quer uma cerveja?
— Não, obrigada. Estou procurando um telefone público. A bateria do meu celular acabou bem no meio de uma conversa com a Sra. Wingate.
— Ela decidiu comprar a casa dos Sheridan?
— Ainda não, mas está lá com um padre que vai benzer os canteiros de flores.
— Bem, se precisa cuidar dos negócios, não me deixe atrasá-la.
— Tudo bem. Ela deve ter interpretado a interrupção como um presságio, e é bem provável que não atenda mais ao telefone. — Anahi olhou para o garçom. — Bela obra de arte — elogiou, apontando para os braços tatuados.
— Obrigado.
— O que fez durante todo o dia? — Alfonso perguntou, tentando ignorar o ciúme despertado pelo olhar insistente do garçom.
— Fui conhecer a cidade. A arquitetura local é interessante, e o mercado imobiliário parece promissor.
— Está pensando em se mudar para cá? — ele riu.
— Não. Gosto de Fort Myers, mas Atlanta seria minha opção, caso decidisse deixar Savannah. Tenho muitos amigos lá.
Anahi tinha amantes em todos os estados!
— Atlanta é uma cidade divertida.
— Sim. Mas enquanto minha mãe estiver viva, acho que não deixarei Savannah — ela confessou.
— Prefiro não pensar nesse assunto. Não consigo imaginar em que estado encontrarei minha mãe quando voltar.
— Ela gostava muito de Lucy, não é?
— Mamãe vivia dizendo que Lucy seria a esposa ideal para dar um impulso à minha carreira e organizar minha vida pessoal.
— Ela sabia que vocês não queriam ter filhos?
— Sim, mas não se importava com isso. Minha irmã tem dois filhos, e mamãe já está satisfeita com os netos que tem.
— Sorte sua! Minha mãe não tem nenhum neto. Quero dizer, não que saibamos. Mas conhecendo meus irmãos, estou quase certa de que existem alguns pequenos Portilla correndo pelo mundo.
Alfonso riu e bebeu mais um pouco de cerveja. Todas as famílias, ricas ou pobres, tinham suas disfunções.
— Já jantou?
— Não estou com fome. Na verdade, estava pensando em voltar ao hotel e ir descansar mais cedo.
— Ah, vamos lá! — Alfonso insistiu, tentando disfarçar o incômodo provocado pelo comentário. — Por que não fica para uma cerveja? Somos amigos, lembra-se?
Anahi hesitou, mas acabou sorrindo e aceitando o convite.
— Está bem. Só uma cerveja.
Alfonso acordou assustado e estranhou o gosto amargo na boca. A cabeça doía, e os roncos de Anahi a seu lado indicavam que haviam dormido na mesma cama. Lembrava-se de terem consumido litros 


de cerveja antes de saírem do bar, mas a memória recusava-se a passar desse ponto. Teriam voltado diretamente para o hotel? E depois?
Lentamente, abriu os olhos e ajeitou os óculos quebrados que, por um milagre qualquer, permaneciam sobre seu nariz. Virou a cabeça para examinar o reflexo no espelho do teto e não pôde conter um gemido. Estavam nus, as pernas entrelaçadas numa posição íntima.
De novo não.
Anahi estava deitada de bruço, e o lençol puxado revelava a rosa falsa tatuada em seu traseiro. Assustado com a reação provocada pela visão, Alfonso levantou-se e, cambaleando, dirigiu-se ao banheiro.
Os músculos da região glútea doíam, em função do exercício provocado pela atividade sexual. Enquanto abria o chuveiro, massageou a área em busca de algum alívio. Mas o movimento só aumentou a dor e, intrigado, ele se aproximou do espelho. Devia ter ficado muito bêbado, mas havia permitido que Anahi aplicasse uma daquelas ridículas tatuagens falsas em seu traseiro. Uma toalha molhada e um pouco de sabão resolveriam o problema
Quando começou a esfregar a tatuagem, a dor aumentou e o desenho permaneceu inalterado.
— Devo ser alérgico à tinta — resmungou, esfregando com mais força. Minutos mais tarde, ao notar que a tatuagem continuava no mesmo lugar, Alfonso reconheceu a primeira onda de pânico.
— Não! — gritou. — Não pode ser real!
Aproximou-se novamente do espelho para ver melhor, mas não conseguiu decifrar a seqüência de letras na ordem inversa. Usando o espelho portátil que Anahi havia deixado no banheiro decifrou o significado da tatuagem e quase desmaiou.
Anahi!
Anahi acordou assustada, sem saber de onde partia o som que havia interrompido o sono profundo. Engolindo a dor, moveu a cabeça. O som de vidro se quebrando no banheiro a fez sentar-se.
— Alfonso? — chamou, segurando a cabeça. — Tudo bem?
A porta se abriu e ele apareceu nu, o rosto vermelho e perturbado.
— Não, não está tudo bem. Na verdade, nunca estive tão mal. Anahi massageou o quadril dolorido e fez uma careta.
— Vá direto ao ponto, está bem? Não tenho energia para jogos de adivinhação.
— Você me convenceu!
Ela suspirou.
— Fizemos aquilo de novo.
— Sim, mas não é disso que estou fAlfonsodo.
— Então, do que está fAlfonsodo?
— Disto! — ele gritou, virando-se e apontando para uma das nádegas.
— Uma tatuagem? Você fez uma tatuagem? — e explodiu num acesso de riso. Girando o corpo, olhou para o próprio quadril e viu o novo desenho. — Nós dois fizemos tatuagens! Uma rosa! Não é lindo? — Animada, levantou-se e aproximou-se dele. — Deixe-me ver a sua. — Ao ver o nome escrito dentro de um coração vermelho, ela empalideceu. — Anahi? — e cobriu a boca com as mãos, cravando os olhos arregalados em seu rosto.
— Existem procedimentos cirúrgicos para remover tatuagens — ela garantiu quando seguiam pelo caminho que levava à praia. Alfonso seguia em silêncio. — Mas o que realmente importa é que... o que houve ontem à noite não pode se repetir.
— Tem razão.
— Só temos mais um dia e uma noite, e somos perfeitamente capazes de nos manter sóbrios e distantes um do outro.
— Certo.
— Vamos tentar aproveitar o tempo que nos resta.
— Que tal tentarmos sobreviver até amanhã com o mínimo possível de calamidades?
— Está bem — Anahi encolheu os ombros.
Na areia, Alfonso esperou que ela se acomodasse na espreguiçadeira e puxou a dele para bem longe antes de sentar-se.
— Medida de precaução — disse, abrindo o jornal como se quisesse esconder-se do mundo.
Irritada, Anahi abriu um livro e tentou não pensar em Alfonso. Aceitara o convite para uma cerveja no bar do centro da cidade porque, depois de um dia inteiro longe dele, havia sido agradável encontrá-lo. Sentira falta de Alfonso, uma constatação que a intrigava e assustava.
Lembrava-se de tê-lo convencido a fazer a tatuagem, animada com a impressionante coleção do garçom, mas não sabia de onde ele havia tirado a idéia de gravar a palavra "Anahi" no traseiro. E o fato de terem dormido juntos novamente só aumentava a confusão.
As coisas seriam melhores quando voltassem a Savannah. Raramente o veria, já que a ligação entre eles, Lucy, deixara de existir, e assim não teria de passar o resto da vida lembrando o tempo que haviam passado juntos num hotel à beira-mar.


 


 


Obrigada pelos comentários meninas   <3 Beijo



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • maralima Postado em 02/05/2015 - 00:46:02

    - web , muito legal . Amei.

  • ponnynobre Postado em 10/07/2014 - 21:13:59

    Uma pena que tenha acabado essa web é muito engraçada morri de rir com eles dois até no parto. E claro que vou acompanhar a nova

  • daninha_ponny Postado em 10/07/2014 - 14:24:45

    ahhhhhhhhhhhhhhh amei a web kkkk ri muito me enantou do começo ao fim bjos.... :)

  • vanessap. Postado em 10/07/2014 - 02:34:13

    Nem acredito que passou assim tao rapido!! :O amei cada capitulo da web!! Foi extremamente linda!! Parabeeeens *----*

  • Angel_rebelde Postado em 10/07/2014 - 02:08:58

    Adooorei sua fic ! Poncho com ciúmes do Manny kkkkkkkkkk e só relaxou quando a Anny falou q o amigo é gay. Mas a parte mas hilária foi quando ele disse amar ela e do nada ela soltar q tá grávida fazendo ele desmaiar kkkkkkkkkkkkkkkk. Esse *P* foi o mais hilário kkkkkkkkkkkk. Tanto mistério pra acabar virando nome do filho deles kkkkkkkkkkkkkkkkkk. 2 figuras. Deu dó do Poncho que tomou bolo no jantar. Eu bem sabia q a Lucy nem ia ligar pelo fato dele amar a Annie e ainda ia dar força pros 2. Sua fic foi hilária. Dei muita risada aqui. Já favoritei a outra e vou acompanhar. Eu tbm tenho uma, se quiser ler o link é esse ~> http://fanfics.com.br/fanfic/35111/saudade-de-um-amor-que-nao-acabou-anahi-e-alf onso-aya-ponny

  • vondy4everponny Postado em 10/07/2014 - 01:44:04

    Nossa, como eu vou sentir falta dessa web. Com certeza eu vou ler ela de novo mais pra frente, porque eu amei deeeemaaaais! Ta de parabéns pela adaptação, sério. Eu ri muito com ela no parto kkkkkkkkk e o casamento tb kkkkkkkk Annie doida!Agora é rumo a nova web u.u <3

  • edlacamila Postado em 09/07/2014 - 23:23:45

    KKKKKKKKKKKKKKK Ai amei o fim *-* presley KKKKKKKKKKK

  • dessita Postado em 09/07/2014 - 22:58:05

    Eu amei o fim... kkkkk coitado do Poncho sempre apanhando! Amei mesmo

  • camile_ponny Postado em 09/07/2014 - 22:16:12

    Amei cara simplesmente Perfeito! ^_^ Amei a parte do parto ri muitooo com a Anahi brigando com ele e ele concordando... kkkk tenho nem palavras. Bom demais sério mesmo. Agora partiu pra sua proxima fic ;)

  • daninha_ponny Postado em 09/07/2014 - 00:51:56

    kkkkkkkkkkkk morrri quase de tanto rir....kkk nossa ele fez a tatuagem na bunda com o nome dela jajjaja aiii ele tem que ir atras dela pow amando a fic posta maisssss bjos


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