Fanfics Brasil - Capitulo - 7 Um amor desastrado - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: Um amor desastrado - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo - 7

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Anahi piscou. Havia visto corpos regulares e bons, mas quem teria imaginado que aquele magnífico exemplar percorrera as ruas de Savannah durante tantos anos difarçado de Alfonso Prish? Ombros amplos e musculosos, peito definido, abdome plano... Se pelo menos ele tirasse as mãos do caminho.
Através da porta embaçada, o rosto estava contorcido numa máscara furiosa.
— Anahi! — ele gritou. — Costuma sempre invadir a privacidade das pessoas dessa maneira?
— Não precisa ficar tão nervoso. A menos que o seu seja verde, você não tem nada que não tenha visto antes. Sua secretária está no telefone.
— Linda?
— Quantas secretárias você tem?
— Ela já encontrou outro lugar para me... para nos hospedar?
— Não perguntei. Para ser sincera, acho que ela ainda está se recuperando do susto de ter sido atendida por uma mulher.
— Oh, meu Deus! Pelo menos disfarçou a voz?
— Para quê, Alfonso? Ela não me conhece!
— Tem razão. Além do mais, Linda nunca suspeitaria de que está aqui comigo.
— Ninguém suspeitaria. Nem em um milhão de anos.
— E então?
— E então... o quê?
— Pegue uma toalha, por favor!
Anahi riu, divertindo-se com o constrangimento de Alfonso. Ainda havia uma toalha na prateleira, e ela a pendurou na porta do chuveiro e observou enquanto ele considerava revelar-se para pegá-la. Trinta segundos se passaram.
Alfonso moveu-se, o rosto vermelho como um pimentão.
— Por favor, jogue-a por cima da porta, sim? Apertando os lábios para conter o riso, Anahi fez o que ele pedia e o viu agarrar a toalha quase no chão, quando teve certeza de que ela havia passado pela linha da cintura. BAlfonsoçando a cabeça e rindo, ela saiu do banheiro e o deixou em paz.
Espantoso, pensou, sentando-se numa das poltronas para deembaraçar os cabelos. Alfonso era modesto! Tratava-se de uma característica inesperada num homem atraente, bem diferente das técnicas exibicionistas e pré-históricas de seus amantes transitórios. Pensando bem, talvez ele não fosse apenas modesto. Talvez tivesse traumas de infâncias, coisas que o impediam de desfrutar das delícias do sexo. Lucy nunca falara muito sobre o assunto, e apesar da curiosidade sobre os detalhes, nunca a pressionara nem invadira a privacidade da amiga.
O som da porta do banheiro invadiu seus pensamentos. Alfonso surgiu numa calça de moletom azul- marinho e dirigiu-se ao telefone. Estava limpando os óculos com a toalha de banho e evitava encará-la, mas a posição rígida dos ombros indicava que ainda estava aborrecido com sua invasão.
— Alô, Linda?
Anahi aproveitou a oportunidade para examiná-lo melhor. A pele estava úmida e brilhante, dourada e aparentemente lisa como a de um nadador.
— Acabou de voltar do casamento? Deve ter sido uma recepção inesquecível!
Os ombros largos exibiam músculos bem definidos que passeavam sob a pele a cada movimento dos braços.
— Não, Linda, não precisa pedir desculpas. Fico feliz por ter gostado do champanhe. Sim, obrigado pelas condolências, mas ninguém morreu, lembra-se? E acho que foi melhor assim.
Podia sentir o perfume do sabonete mesmo a distância.
— Sim, decidi viajar assim mesmo.
Anahi notou o tamanho dos pés, fez alguns cálculos mentais e apertou os lábios com admiração.
— Bem, o lugar não era exatamente o que eu esperava.
A calça larga revelava o elástico da cueca que ele usava. Ser um gênio da informática devia exigir mais do físico que ela imaginava.
— Francamente, Linda, é uma pocilga!
Agora que pensava no assunto, passara por ele na porta da academia de ginástica uma ou duas vezes.
— O que quer dizer com isso? Este não pode ser o único quarto disponível!
O quadril era estreito e firme, com linhas aerodinâmicas que sugeriam velocidade. O desejo começou a se formar numa parte mais baixa de seu ventre, surpreendendo-a.
— A mulher que atendeu? — Alfonso lançou um olhar rápido por cima do ombro e virou-se. — Não era ninguém. Quero dizer, ninguém que conheça. Sim, apenas uma camareira.
Anahi franziu a testa, mas uma batida na porta a impediu de interferir. Irritada, foi abrir e praticamente arrancou a bandeja da mão da recepcionista.
— Desligue — ordenou com tom seco. Alfonso fez um sinal positivo com o polegar.
— Continue procurando, Linda, e avise-me assim que encontrar alguma coisa.
Quando desligou, Anahi já estava sentada de pernas cruzadas sobre a cama.
— Más notícias — ele começou, sentando-se na beirada do colchão e provocando uma pequena oscilação.
— Eu sei. Não temos picles — e olhou para o prato de sanduíches de queijo grelhado.
— Linda disse que com a alta temporada e a aproximação do dia dos Namorados, todas as acomodações estão reservadas.
— Droga! — ela resmungou, enterrando os dentes no sanduíche. — Queria picles.
— Ela vai ligar se encontrar alguma coisa.
— Hummm — e lambeu a gordura que escorria pelos dedos. Alfonso olhou para a bandeja.
— Pedi dois filés. Isto não é filé.
— Mas é gostoso — Anahi respondeu, abrindo uma lata de refrigerante.
— E isso também não é vinho.
— Você pediu vinho?
— Estava incluso no preço. E o valor da estadia já foi pago.
— Pensei que estivesse cansada demais para comer, mas vejo que me enganei.
Alfonso pegou um sanduíche e cheirou-o.
— Estamos na cidade do colesterol.
— Minha terra natal. — Anahi sorriu, partindo para o segundo lanche. — Viva um pouco, Alfonso.
Ele torceu o nariz e provou o sanduíche, mastigando devagar.
— Linda disse que o casamento foi um grande evento. Sabia que devia dizer algo reconfortante, mas as palavras lhe faltavam.
— Pensei que Lucy me amasse.
— Ela amava. Somos amigas e trocamos confidências, e ela me falou do amor que sentia por você.
— Então nos enganou.
— Está sendo injusto, Alfonso. Lucy nunca mentiu Veja como esteve perto de se casar com você por considerar a atitude correta.
— Anahi, não tente não tente me consolar, está bem? Vai conseguir fazer com que eu me sinta ainda pior.
— Reconheço que o desfecho não foi o esperado, mas tem de admitir que ela foi honesta. E estava muito preocupada com você.
— Sabia que John Sterling me traria problemas no instante em que o vi pela primeira vez.
— São necessários dois para um tango, Alfonso.
— Tem razão. Ela deve ter se apaixonado pelo sujeito. Uma onda de piedade a invadiu. Alfonso fora roubado do futuro que planejara. Precisava dizer alguma coisa adequada.
— Se quer saber minha opinião, Lucy saiu perdendo com a troca. — Estendeu a mão para afagar o ombro dele num gesto de amizade, mas assustou-se com a descarga elétrica provocada pelo contato.
Alfonso virou-se e os rostos quase se chocaram. Por alguns segundos nenhum dos dois falou. Depois ele se recuperou e respirou fundo.
— Acha mesmo que ela saiu perdendo?
Sirenes de alerta ecoavam na cabeça de Anahi. Tinha de lutar contra as estranhas sensações que a invadiam. A tensão sexual a impedia de raciocinar. No meio de toda a confusão, uma mensagem clara foi enviada ao cérebro. Ei, esse é Alfonso, e ele ainda está apaixonado por sua melhor amiga.
Anahi respirou fundo e afastou-se com cuidado, tentando não tornar o momento ainda mais incômodo. O colchão de água os mantinha em constante movimento. Ela riu nervosa.
— Sim, eu acho — e abriu os braços. — Veja só o que ela perdeu em sua noite de núpcias!
Para seu alívio, Alfonso sorriu e olhou em volta.
— Algo me diz que Lucy não teria apreciado esta atmosfera tanto quanto você. Ela nunca teria entrado naquela banheira ridícula.
— Foi divertido.
— E nunca teria escolhido uma cadeira em forma de saca de feijão para sentar-se ao pentear os cabelos.
— Na minha opinião, aquela é a peça de mobília mais cafona que existe no mercado.
— E esta cama... — riu. alisando o edredom dourado. — Ela jamais... — e parou, o rosto tingido por um rubor intenso.
Anahi encolheu os ombros.
— Ela poderia tê-lo surpreendido. Além do mais, colchões de água despertam fantasias.
— Aposto que fala por experiência própria.
— Minha primeira experiência, para ser mais exata. Foi tudo tão sem graça, que me espanto por não ter péssimas recordações.
— Minha primeira vez também foi menos que memorável. Desde aquele dia tenho verdadeira aversão a escadas em forma de caracol.
— Escada...? Você?
— Foi a primeira vez que bebi o famoso uísque de Kentucky.
— Ah! Agora entendo. — Anahi deixou o que restava do sanduíche no prato e bocejou. — Acho que os eventos do dia estão começando a surtir efeito em meu corpo. E ainda não são nem dez!
— Que tal assistirmos a um filme antes de... de irmos dormir?
— Boa idéia — ela aceitou, estendendo-se na cama de acordo com o arranjo previamente combinado. Sentia-se perturbada pela recém-descoberta atração por Alfonso, e grata por ele não partilhar de sua insanidade temporária. A idéia de dormir com Alfonso e voltar a Savannah para encarar a melhor amiga era terrível.
Pelo canto do olho, viu quando ele foi deixar a bandeja sobre a cômoda. Movia-se com elegância casual, passando a mão pelo cabelo numa tentativa frustrada de alinhar as mechas rebeldes. Anahi gemeu e cruzou os braços sobre os seios.
— Oh, meu Deus, dai-me forças para não ceder à tentação — rezou num murmúrio.
— Espero que a tal videoteca tenha algo decente a oferecer — e aproximou-se do armário sobre o qual repousava a televisão, abrindo as portas duplas para examinar as fitas disponíveis. Quando se abaixou, a calça desceu mais um pouco e revelou parte da pele mais clara abaixo do elástico da cueca. — Ótimo! Denise Dorme em Denver, Grande, Escuro e Solitário, e o promissor clássico Homem Tripé.
— E por favor, faça com que a tentação não se torne grande demais.
— Disse alguma coisa, Anahi?
— Não. Estava apenas recitando a lista de coisas que devo fazer amanhã.
— Está pensando nas compras?
— Não, eu... tenho de telefonar para Savannah e verificar uma transação que estava em andamento. — Era verdade, embora
não houvesse pensado no assunto até aquele momento.
— Algum lugar que eu conheça?


— A casa dos Sheridan. Ele assobiou.
— A comissão será espantosa.
— Por isso preciso acompanhar o negócio de perto.
Depois de guardar as fitas, ele apanhou o controle remoto da tevê e foi sentar-se nos pés da cama. De costas para ela, perguntou:
— A casa dos Sheridan não é assombrada?
— Por favor, não alimente esses rumores. Aquela casa está no mercado há quase dois anos e finalmente encontrei um interessado. — E por favor, não chegue mais perto.
— Ei, é o Arquivo X! — Feliz, Alfonso acomodou-se ao lado dela na cama. Com as costas apoiadas nos travesseiros, estendeu as pernas e cruzou-as na altura dos tornozelos.
Anahi prendeu o fôlego, perturbada com a proximidade. A cabeça latejava a cada movimento do colchão.
— Já vi esse episódio — disse. Ele a encarou e ajeitou os óculos.
— É mesmo? Gosta dessa série?
— Adoro! Na verdade, sou fascinada por ficção científica. — Eu também.
Anahi manteve-se imóvel, a coxa quase tocando a dele.
— Acha que Mulder e Scully algum dia ficarão juntos?
— Espero que não.
— Por quê?
— Porque eles são excelentes parceiros. Sexo acabaria por... Ah, você sabe...
— Complicar as coisas? — Anahi tentou.
— Exatamente. — Sorrindo, forçou-se a tirar os olhos dela e concentrar-se na televisão. A pele arrepiava-se a cada intervalo de dez segundos, e tinha de manter uma das pernas flexionada para esconder a reação física que ela provocava.
— É evidente que Mulder considera Scully muito sexy.
— Você acha?
— Sem dúvida. — E arriscou mais um olhar na direção dela. Os olhos estavam no mesmo nível do peito de Anahi... que não usava sutiã. Ela o fitou, sorriu, e Alfonso sentiu a perna tremer. — Não percebe pela maneira como ele a segue com os olhos?
Anahi olhou para a tevê.
— Ele faz isso?
— Sim, e estão sempre invadindo o espaço pessoal um do outro.
— Como pode afirmar?
— Meio metro. Os americanos gostam de preservar um espaço privado de meio metro em torno deles. — Começou a desenhar um arco imaginário à sua volta, mas parou ao perceber que a linha a incluiria no círculo. Perna não parava de tremer. — Esse é o espaço reservado para... para...
— Intimidades? — ela sugeriu, com ar inocente. Alfonso sentiu o coração disparar.
— Ou teclados...
Anahi o encarou com as sobrancelhas erguidas.
— O que disse?
Ele encolheu os ombros, sentindo-se tolo.
— Trata-se de uma piada de computador. A maior parte de nós passa mais tempo com seu terminal do que com outras pessoas.
— Tem razão — ela riu, incapaz de conter um bocejo. Ótimo, Herrera. Além de deixá-la com sono, você se comporta como um adolescente idiota!



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • maralima Postado em 02/05/2015 - 00:46:02

    - web , muito legal . Amei.

  • ponnynobre Postado em 10/07/2014 - 21:13:59

    Uma pena que tenha acabado essa web é muito engraçada morri de rir com eles dois até no parto. E claro que vou acompanhar a nova

  • daninha_ponny Postado em 10/07/2014 - 14:24:45

    ahhhhhhhhhhhhhhh amei a web kkkk ri muito me enantou do começo ao fim bjos.... :)

  • vanessap. Postado em 10/07/2014 - 02:34:13

    Nem acredito que passou assim tao rapido!! :O amei cada capitulo da web!! Foi extremamente linda!! Parabeeeens *----*

  • Angel_rebelde Postado em 10/07/2014 - 02:08:58

    Adooorei sua fic ! Poncho com ciúmes do Manny kkkkkkkkkk e só relaxou quando a Anny falou q o amigo é gay. Mas a parte mas hilária foi quando ele disse amar ela e do nada ela soltar q tá grávida fazendo ele desmaiar kkkkkkkkkkkkkkkk. Esse *P* foi o mais hilário kkkkkkkkkkkk. Tanto mistério pra acabar virando nome do filho deles kkkkkkkkkkkkkkkkkk. 2 figuras. Deu dó do Poncho que tomou bolo no jantar. Eu bem sabia q a Lucy nem ia ligar pelo fato dele amar a Annie e ainda ia dar força pros 2. Sua fic foi hilária. Dei muita risada aqui. Já favoritei a outra e vou acompanhar. Eu tbm tenho uma, se quiser ler o link é esse ~> http://fanfics.com.br/fanfic/35111/saudade-de-um-amor-que-nao-acabou-anahi-e-alf onso-aya-ponny

  • vondy4everponny Postado em 10/07/2014 - 01:44:04

    Nossa, como eu vou sentir falta dessa web. Com certeza eu vou ler ela de novo mais pra frente, porque eu amei deeeemaaaais! Ta de parabéns pela adaptação, sério. Eu ri muito com ela no parto kkkkkkkkk e o casamento tb kkkkkkkk Annie doida!Agora é rumo a nova web u.u <3

  • edlacamila Postado em 09/07/2014 - 23:23:45

    KKKKKKKKKKKKKKK Ai amei o fim *-* presley KKKKKKKKKKK

  • dessita Postado em 09/07/2014 - 22:58:05

    Eu amei o fim... kkkkk coitado do Poncho sempre apanhando! Amei mesmo

  • camile_ponny Postado em 09/07/2014 - 22:16:12

    Amei cara simplesmente Perfeito! ^_^ Amei a parte do parto ri muitooo com a Anahi brigando com ele e ele concordando... kkkk tenho nem palavras. Bom demais sério mesmo. Agora partiu pra sua proxima fic ;)

  • daninha_ponny Postado em 09/07/2014 - 00:51:56

    kkkkkkkkkkkk morrri quase de tanto rir....kkk nossa ele fez a tatuagem na bunda com o nome dela jajjaja aiii ele tem que ir atras dela pow amando a fic posta maisssss bjos


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