Fanfic: Sociedade Secreta lesbos - Adaptada | Tema: Portiñon

Capítulo 1

O novo ano letivo iniciara-se, a Universidade de Prescott se preparava para receber centenas de novos alunos.

Alguns deles entrariam nas dezenas de fraternidades dispostas no Campus, cada uma delas possuía suas próprias acomodações, mais confortáveis do que os alojamentos conjuntos, além de que, os membros da fraternidade, go*zavam de alguns privilégios sociais e bons pontos no currículo, logo, ingressar em uma fraternidade era ambição da maioria dos novos estudantes.

Anahi passeava pelo Campus encantada com a dimensão daquela universidade, quando foi abordada por Angelique, uma veterana, da fraternidade Gama-Tau, uma das mais cobiçadas pelas calouras. Angelique era alta, cabelos curtos lisos e loiros, usava roupas largas, exceto pela mini- blusa colada ao seu corpo que deixava à mostra uma grande tatuagem no seu baixo ventre.

- Perdida, novata? - indagou a loira.

- Ah... Um pouco. Cheguei há poucas horas e gostaria de conhecer as residências das fraternidades - respondeu Anahi com um sorriso ingênuo.

- Fraternidades, heim... Alguma em particular te interessa?

- Minha mãe era membro da Beta-Lo, mas não sei muito sobre as outras.

- Filha de uma Beta-Lo... Ok, então, loirinha... Siga-me... - Angelique sorriu maliciosa.

Anahi aparentava ser uma menina tímida, seus cabelos loiros e ondulados chegavam aos ombros, seu vestido de alças florido revelava um corpo magro, mas deliciosamente moldado em curvas extremamente femininas.

Angelique mostrava as residências exteriormente a Anahi que, curiosa, perguntava detalhes, até que da porta da Gama-Tau, ela avistou descendo as escadas uma morena de curvas perfeitas, cabelos longos ruivos com as pontas cacheadas, boca carnuda bem desenhada.

Anahi ficou paralisada enquanto aquela mulher estonteante, exibindo pernas perfeitas num short minúsculo, seios fartos evidentes na blusa decotada, caminhava na sua direção.

Angelique continuou a caminhar ao encontro do alvo da atenção de Anahi. Ao estar mais próxima de sua visão, percebeu seus traços fortes e latinos, o que lhe dava um ar de sensualidade absurdo. Falavam com intimidade, mas Anahi não escutava o que elas conversavam, até que Angelique se aproximou junto com a outra garota e num tom sarcástico anunciou:

- Dulce, essa é Anahi, uma possível recruta da Gama-Tau, não é Anahi?

- Muito prazer, Anahi Puente – Any estendeu a mão para Dulce que

fixou o olhar nela quando pronunciou seu nome, como se o reconhecesse.

Ela envolveu seus cabelos num rabo de cavalo e comentou secamente:

- Prescott baixa seu nível a cada ano que passa – disse olhando para Anahi com desdém, ignorando sua mão educadamente estendida.

Anahi soltou um suspiro irritado, balançando negativamente a cabeça, enquanto Dulce seguiu pela rua das fraternidades. Enquanto isso, Anahi pensava:

“Quem essa petulante pensa que é? Mal educada! Eu, nível baixo? Acaso desconhece a família Puente de New York? Ela vai engolir essas palavras!”.

Angelique percebeu a irritação da loirinha e comentou:

- Loirinha, se você tem pretensões na Gama-Tau, começou mal...

- Essa petulante é da sua fraternidade?

- Novata... Dulce é a presidente da Gama-Tau e pelo que percebi, dificilmente permitirá sua entrada.

A raiva de Anahi aumentava ainda mais. Aquele ar de ingenuidade reforçado pelo seu vestuário e por seus olhos azuis doces, mudara de aspecto, se convertendo numa força e firmeza em suas palavras quando disse:

- Ingressar na Gama-Tau é para mim agora questão de honra. E não costumo perder um desafio.

O recrutamento para as fraternidades causou um frisson no campus, vários stands exibiam fotos, banners, enquanto os membros distribuíam folders para os interessados.

Anahi estava decidida a ingressar na Gama-Tau, contrariando os planos da mãe, que era uma Beta-lo. Como filha de um membro, sua aceitação era quase certa, mas a forma como Dulce a tratara, atiçou os brios da loirinha.

Enquanto se aproximava do stand da Gama-Tau, Anahi buscava Angelique no meio daquelas meninas que a observavam dos pés à cabeça. Dessa vez Anahi trajava algo menos ingênuo, deixando à mostra suas pernas que, apesar de não tão avantajadas, chamavam atenção pelas belas formas, numa minisaia, uma sandália de salto, e camiseta regata. Foi então que ela encontrou Angelique, que veio em sua direção:

- E aí, loirinha? Decidida mesmo a se arriscar em ser nossa irmã?

- Não volto atrás na minha palavra. Te disse que era questão de honra! Onde está a petulante?

- Você está se referindo a Dulce?

- Você tem mais irmãs nessa fraternidade petulantes como ela?

Angelique riu, entregando o formulário para Anahi e informou:

- Aí novata, você preenche, deixa na mesa e entra ali naquela tenda pra tirar algumas fotografias. Faz parte do processo seletivo.

Mesmo sem entender essa parte da seleção, Anahi balançou a cabeça positivamente, seguindo as instruções da loira. Ao entrar na tal tenda, Anahi foi recebida por uma menina franzina, de cabelos com tranças, com grandes óculos que aparentava ser muito tímida. Ela ajeitou Anahi no banco, orientando sobre a posição para as fotos, diante de um fundo branco. Atrás da câmera não se via quem a manuseava, já que estava escuro.

Anahi permaneceu por alguns minutos posando, quando ouviu uma voz conhecida:

- Está dispensada, novata!

Anahi sentiu seu coração acelerar, era a voz de Dulce...

A loirinha avançou em direção ao som da voz, procurando no escuro a dona dela... Foi quando sentiu o som se aproximar:

- Não ouviu o que eu disse? Dispensada, garota! Vou adiantando que a cota pra deficientes físicos da Gama-Tau já foi preenchida, se você tem deficiência auditiva, tenta na Zeta-Alfa uma vaguinha... Tem mais a ver com você - a ruiva falou sarcástica.

- Você usa sempre de tanta gentileza com as candidatas a suas irmãs? Pra uma presidente, você não é nada diplomática!

Dulce se apresentou, saindo da parte mais escura da tenda e ficando bem próxima a Anahi, que desceu seus olhos pelo corpo de Dulce. Ela estava ainda mais linda do que a vira na primeira vez. Usava um jeans justo, com botas cano longo, blusa frente única e um boné charmoso com os cabelos presos em rabo de cavalo.

- Você é sempre tão abusada com quem não conhece? Saiba que terá que se esforçar muito para ser aceita nessa fraternidade e, uma vez membro, andará sob as minhas regras...

- Suas regras? Não seria sob as regras da fraternidade?

- Se você passar pelo recrutamento, o que eu não acredito que aconteça, concluirá se há diferença.

A tímida moça de tranças entrou nesse momento, interrompendo a nada amistosa conversa de Anahi e Dulce:

- Desculpe-me, Dulce, mas temos uma fila enorme de meninas...

- Tudo bem Lucy... A novata está de saída.

Após o período de inscrições, o processo de seleção das fraternidade iniciara-se. Cada fraternidade dispunha de regras e rituais próprios, que eram guardados secretamente pelos seus membros.

Anahi e mais treze garotas foram selecionadas pelas fichas e fotos, e convocadas para uma reunião na casa da Gama-Tau.

A casa da Gama-Tau era estilosa, uma decoração moderna, com cores metalizadas, uma grande sala de estar com lareira, sofás espaçosos, escadaria com corrimão em aço inox. As candidatas só podiam conhecer o andar térreo da casa, os quartos eram proibidos para não-membros. As calouras foram conduzidas até a biblioteca, onde Dulce e mais seis meninas aguardavam.

Dulce estava atrás de uma espécie de parlatório, as outras meninas, todas com uma beleza indiscutível, estavam sentadas em poltronas ao lado. As calouras sentaram em cadeiras segundo a orientação de Jenifer. Dulce estava ainda mais sensual – usava uma camisa branca de botões abertos na altura dos seios, evidenciando seu colo perfeito num decote delicioso-, e começou seu discurso às candidatas:

- Para aquelas que procuraram a Gama-Tau pensando em popularidade de líder de torcidas, advirto: aqui não é seu lugar. Para as que pretendem ser uma Gama-Tau para treinar caridade de dondocas, aviso: estão no lugar errado. E por fim, para aquelas que estão aqui pra provar alguma coisa a quem quer que seja, convido a se retirarem agora, a Gama-Tau não precisa de vocês.

Nesse momento, Dulce direcionou fixamente o olhar em Anahi, que até então mostrava-se tranqüila, com ar imponente em seu jeans justo e um terninho curto que delineava sua cintura perfeita. Ela mudou a fisionomia para um aspecto de pura irritação com o olhar provocativo de Dulce, que continuou:

- A Gama-Tau foi feita para mulheres que buscam poder, para mulheres que nasceram para liderar, por isso no nosso lema está escrito: poder, força, domínio. Para conquistar isso, nenhuma gama-tau poderá ter preconceitos, amarras, escrúpulos. Deve estar livre de convenções e rótulos. Para as que desejam isso, sejam bem-vindas, a partir de agora suas vidas vão começar.

A oratória de Dulce era realmente digna de uma líder, ela se colocava muito bem, sentia-se o poder dela em cada gesto, na firmeza de cada palavra. Anahi escutava, apesar de irritada, motivada a ingressar numa fraternidade de tantas mulheres fortes, assim como Dulce aparentava ser.