Fanfic: Sociedade Secreta lesbos - Adaptada | Tema: Portiñon
Capítulo 12
Ao cair da noite, um luau se organizava, alguns se aproximavam com um violão e instrumentos de percussão, sentando na areia formando um círculo. Mais gente se juntava atraídas pela música, inclusive as meninas da Gama-Tau.
Em pé, perto de Angelique e Rachel, Anahi viu uma moto encostar próxima do estacionamento dos carros, e Dulce descer, linda, com uma calça de tecido fino e transparente, com um top justo por baixo da jaqueta de couro, que ela tirou imediatamente ao descer, guardando debaixo do banco da moto junto com o capacete. Caminhou até ela como em câmera lenta, ou isso era pura imaginação de Anahi, hipnotizada por cada movimento da ruiva em sua direção?
Era a visão mais que perfeita para Anahi, os cabelos vermelhos de Dulce a favor do vento espalhavam suas madeixas. No rosto de Dulce um sorriso discreto se desenhava ao cruzar com o de Anahi, fixo nela.
Dulce não conseguiu esconder o sorriso de satisfação ao ver Anahi ali protegida entre suas amigas, exibindo a pele levemente vermelha do sol. Já estava de short curto, mostrava apenas a parte de cima do biquíni com pequenas estampas, uma barriga impecavelmente descoberta, cabelos presos pelos óculos de sol, deixando os seus lindos olhos Azuis brilharem olhando para a ruiva, que se aproximava das três.
-- Eu sabia que você apareceria por aqui, amiga -- Rachel disse sorrindo para Dulce.
-- Esse luau está precisando da classe de sua música, minha presidente – Angelique ruiva sorriu com alguma timidez e rapidamente desviou seu olhar para Anahi, que mais parecia hipnotizada, do que com a raiva que demonstrava mais cedo.
-- E essa loirinha? Comportou-se bem? -- Dulce perguntou em tom de provocação, falando bem perto da boca de Anahi.
-- Você mandou sua segurança me cercar, então, pergunte a ela.
-- Rachel não é minha segurança, sou segura o suficiente por mim mesma. Ela é minha amiga, e estava apenas sendo simpática com você, mas se você não quer responder, eu pergunto a ela. Rachel, a novata se comportou bem?
Rachel balançou a cabeça negativamente, sorrindo, como se desaprovasse o comportamento das duas, e respondeu:
-- Exemplarmente, e olha, é uma maravilhosa atacante de vôlei.
-- Ah... Então minha escolhida é uma atleta... Bom saber.
Dulce pegou a mão de Anahi puxando-a consigo, Angelique e Rachel as seguiram até a roda, onde Jimmy que estava tocando violão parou a música, e estendeu o braço com o violão para a ruiva:
-- Todo seu, minha musa, assuma daqui.
Dulce pegou o instrumento, sentou-se no espaço que abriram para ela, enquanto Anahi ficou perto o suficiente para estar diante dos olhos dela. Dedilhou algo no violão como se buscasse sentir a afinação, e começou o acorde de uma balada bem propícia ao clima praiano:
BUBLY – COLBIE CAILLAT
I`ve been awake for a while now
You’ve got me feeling like a child now
Cause every time i see your bubbly face
I get the tingles in a silly place
Eu estou acordada há algum tempo agora
Você fez com que eu me sentisse como uma criança agora
Porque toda vez que eu vejo seu rosto animado
Eu sinto um arrepio num lugar bobo
It starts in my toes
Makes me crinkle my nose
Where ever it goes I always know
That you make me smile
Please stay for a while now
Just take your time
Wherever you go
Começa na ponta dos meus pés
Me faz enrugar o nariz
Para onde for, eu sempre sei
Que você me faz sorrir
Por favor, fique por um instante agora
Não tenha pressa
Em qualquer lugar que você vá
The rain is falling on my window pane
But we are hiding in a safer place
Under the covers stayin dry and warm
You give me feelings that I adore
A chuva está caindo no vidro da minha janela
Mas nós estamos nos escondendo em um lugar seguro
Debaixo das cobertas, ficando secos e quentes
Você me dá sentimentos que eu adoro
What am I gonna say
When you make me feel this way
I just........ Mmmmmmmmmmm
O que eu vou dizer
Quando você faz com que eu me sinta desse jeito?
Eu apenas.........
Anahi sentiu-se invadida pela voz de Dulce, mas não uma invasão mal-educada ou impositiva, mas uma como quem toma posse do que é seu. A voz da ruiva era suave, macia, e seus olhos fixos em Anahi denunciavam uma sinceridade desconcertante na letra da música. Por alguns instantes, nem parecia que existia mais alguém ali naquela roda, que não fosse elas duas. A loirinha abriu um sorriso arrebatador para Dulce quando ela finalizou o refrão, e todos aplaudiram a performance dela. Dulce tocou mais algumas músicas conhecidas, nas quais foi acompanhada por todos que a cercavam, menos por Anahi, que parecia não ter forças para outra coisa, que não fosse olhar e sorrir para Dulce, que já olhava para Anahi como uma musa de inspiração para seus acordes mais firulados.
Já era noite, quando Angelique foi agrupando as meninas da Gama-Tau para voltar para a casa da fraternidade, lembrando de suas obrigações de estudantes no dia seguinte. Anahi foi seguindo para o carro de Rachel, que lhe avisou:
-- Dulce disse que você voltaria com ela.
-- Com ela? Mas de moto?
Dulce estava logo atrás de loirinha, e a surpreendeu, falando por trás, ao seu ouvido:
-- Algum problema em andar de moto comigo, novata?
O corpo de Anahi arrepiou inteiro sentindo o calor da voz de Dulce ao seu ouvido, e sua respiração ali, tão perto dela. Conteve sua excitação como se não fosse coisa desejável e disse secamente:
-- Não acho moto um transporte seguro.
-- Comigo você está segura, não se preocupe.
-- Dulce é uma excelente piloto, Anahi, não há com que você se preocupar -- Rachel interveio.
Dulce caminhou até a moto estacionada, levantou o banco pegando os capacetes e sua jaqueta de couro, acenando com a cabeça para Anahi se aproximar, o que ela fez fingindo contrariedade.
-- Isso não é roupa para andar de moto, vista essa jaqueta, novata.
-- Trouxe um moletom, não se preocupe.
Anahi parecia irritada com o tom petulante de Dulce, mas na verdade estava derretida pelo cuidado que a ruiva lhe dedicara. Pegou seu moletom no carro de Rachel, enquanto Dulce já a aguardava de motor ligado, montada em sua motocicleta.
Com um charme inédito, colocou o capacete e montou na garupa da ruiva com o cuidado para não tocar seu corpo, esforço inútil, porque tão logo a loirinha se acomodou no banco, Dulce puxou seus braços fazendo com que envolvesse sua cintura. Anahi a princípio relutou, mas o tom de Dulce acabou a convencendo:
-- É melhor você se segurar em mim, só assim garanto sua segurança no nosso trajeto.
No percurso Anahi não só envolveu a cintura de Dulce com força, como também jogou seu corpo por cima do da ruiva buscando sentir o calor dele, que ardia mesmo com o vento frio do litoral tomando conta da estrada. Quando passavam pelo cais, Dulce diminuiu a velocidade, até parar, para a surpresa de Anahi:
-- Algum problema? Por que você parou?
-- Por que você sempre acha que tem algum problema?
-- Por que você tem atitudes estranhas como essa de parar nesse cais deserto sem nenhum motivo.
-- Quem disse que não tenho motivo?
-- Posso saber qual? Ou é mais um mistério da fraternidade que tenho que descobrir?
Dulce sorriu, ajeitou os cabelos que o vento assanhava, pediu que Anahi descesse da moto, e então fez o mesmo.
-- Está vendo aquele farol? -- apontou para uma duna de areia um pouco distante.
-- Sim, o que tem ele?
-- Que horas são no seu relógio?
Anahi tirou do seu bolso o celular, conferiu as horas e respondeu:
-- São 20:59, por quê?
-- Em um minuto você vai ver as luzes do farol piscarem alternadas, espera...
Anahi esperou o relógio marcar 21h e observou o que Dulce anunciara, as luzes do farol ficaram intermitentes. Deduziu que fosse alguma falha na iluminação, mas não conteve sua curiosidade em saber como Dulce sabia disso:
-- Como você sabia disso?
-- Vou esclarecer sua curiosidade... Estou cheia de generosidade hoje, não quero ver brotoejas nesse corpo queimadinho agora do sol... -- Dulce sorriu divertida.
--Ah, engraçadinha, fala logo, ó soberana generosa.
-- Um velho marinheiro cuida desse farol há mais de 20 anos. Há cerca de 10 anos atrás, um navio atracou nesse porto, que já fora muito movimentado, hoje está praticamente desativado, apenas pequenas embarcações atracam aqui. O fato é que, nesse navio, havia uma mulher especial, linda, era austríaca, viajava nesse cruzeiro como pianista, tocava todas as noites nos jantares luxuosos que o restaurante fino do navio servia. O navio ficou aqui na cidade por 5 dias, ao desembarcar, a mulher conheceu aqui mesmo na praia o marinheiro, apaixonaram-se imediatamente, e todas as noites, quando a pianista tocava sua última música no jantar as 21h, o marinheiro ouvia e respondia piscando as luzes do farol, era a hora de se encontrarem. Foi assim nos cinco dias, a paixão entre eles era intensa, trocaram juras de amor, até o dia que o navio voltara ao seu curso, e aí, nem a pianista queria largar sua vida no mar com sua música, e nem o marinheiro queria se desprender do seu passado, de sua história que estava ali na rotina do farol. Nenhum dos dois abriu mão de seu presente ou passado para viver esse amor, assim, se separaram. O marinheiro se arrependeu ao ver o navio partindo, mas não conseguiu embarcar, gritou para a pianista que estava no convés, que a esperaria todas as noites e ela logo veria quando as 21h piscasse as luzes do farol.
-- E ela voltou?
-- Há quem fale que se você escutar com atenção, o mar traz a música dela, e por isso, o velho marinheiro não desistiu de piscar as luzes na mesma hora todos os dias. Mas não, ela nunca voltou.
-- É uma história triste...
-- Não seja chata... É uma história romântica... Nem sempre a história tem finais felizes.
-- Mas os finais a gente pode escrever, não é? Quem sabe ela ainda volte para o velho marinheiro...
-- Verdade... Psiu... Está ouvindo?
-- O quê?
Dulce segurou a mão de Anahi e a puxou até a praia, a abraçou por trás, encostou o queixo no ombro da loirinha, que se entregou ao momento, se deixando envolver, sentindo o calor do corpo da ruiva e seu cheiro inebriante, enquanto Dulce sussurrava ao seu ouvido sons de piano, repetindo sílabas ritmadas “Pan, pan, pam...”.
Anahi fechava os olhos permitindo que aquela voz suave adentrasse até sua alma, respirou fundo querendo eternizar aquele momento. Voltou seu corpo ficando de frente para Dulce, e dessa vez, a iniciativa foi dela. Envolveu seus braços na cintura da ruiva e tomou sua boca em um beijo apaixonado.
Autor(a): lunaticas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 95
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flavianaperroni Postado em 31/08/2015 - 18:46:55
A historia é simplesmente maravilhosa,ela envolve os leitores,eu realmente amei de verdade,Parabéns pela Web
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laryssales Postado em 11/02/2015 - 18:42:25
A estória é linda, envolvente eu amei!!
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annaflavia Postado em 31/07/2014 - 14:05:25
Gostei muito Linda estoria *_*
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dyas Postado em 31/07/2014 - 12:27:52
Ah que lindas. Parabéns Flor *-*
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amandab Postado em 31/07/2014 - 03:53:58
sinceramente? ta perfeito ): chorei e pa... acompanharei a outra, parabens!!!!!!
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angelr Postado em 31/07/2014 - 00:30:29
Lindo final tudo lindo amei essa web e ja irei ler a a outra haha
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kaahs Postado em 30/07/2014 - 23:31:27
Lindo final, linda história! *-*
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angelr Postado em 30/07/2014 - 01:18:19
Ai que raiva pq a Anahi foi namorar ouatra #chatiada
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annaflavia Postado em 29/07/2014 - 12:43:15
Poxa vida! =( Nenhuma quer ceder! Caramba! Posta mais!!!!!!!
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angelr Postado em 28/07/2014 - 22:57:59
Putz e agora gzuis tenso hein