Fanfic: Sociedade Secreta lesbos - Adaptada | Tema: Portiñon

Capítulo 25

As irmãs Gama-Tau trataram de acionar antigas irmãs para assegurar as doações ao orfanato. Usando da influência delas na sociedade e no meio empresarial junto aos nomes da referida lista, obtiveram algumas boas respostas. Durante a semana, Michelle Roberts não procurou Dulce. Tal fato deveria representar um alívio para a ruiva, entretanto, conhecendo a personalidade e do que Michelle era capaz, essa ausência só aumentava a apreensão de Dulce diante da ameaça feita no último encontro. Tentava esquecer esse temor passando todas as horas possível ao lado de Anahi, que cada vez mais, se mostrava apaixonada, gerando uma dubiedade de sensações em Dulce: céu e inferno no seu interior conturbado.

Aproximava-se o aniversário de Anahi, as meninas da fraternidade eram muito atentas quanto a tais eventos. Ao pedido de Dulce, Angelique encabeçou os preparativos de uma festinha surpresa para sua loirinha.

 As Gama-Tau guardavam a tradição de comemorar os aniversários de seus membros apenas entre irmãs, assim, a comemoração seria exclusiva. Anahi aos poucos se tornava cada vez mais popular entre as irmãs, além de sua simpatia, estava sempre à disposição para ajudar as demais nas tarefas da casa, em trabalhos acadêmicos, sua felicidade parecia atrair as pessoas para mais perto dela.

Ellen fazia questão de estar sempre por perto, especialmente na ausência de Dulce, esta, sempre ao notar uma malícia na aproximação da irmã tratava de sutilmente, ou não, trazer sua escolhida para seu colo.

Tudo pronto enfim para a festa de Anahi, a manhã do seu aniversário começou mais que perfeita para a loirinha. Dulce a surpreendeu com uma cesta repleta de guloseimas, e uma intimação carinhosa:

-- Hoje, a senhorita vai matar aula...

-- Piquenique?

-- Isso... Parabéns, linda!

A ruiva beijou aqueles lábios que pareciam clamar por serem possuídos pela boca de Dulce. Trocaram um beijo apaixonado, o qual fez Anahi desejar não sair do seu quarto. Em vez de receber o presente, quis dar-se com toda paixão, naquele mesmo momento. Puxou Dulce pela jaqueta de couro enquanto sugava a língua da ruiva, até perto da cama, quando foi surpreendida por um empurrão sutil:

--E iii... Calma, linda... A gente vai ter tempo pra isso... Hoje o dia todo é só seu. Quero te mostrar um lugar especial, vamos.

Dulce finalizou o convite com uma série de pequenos beijos nos lábios de Anahi, que só sorriu timidamente, consentindo os planos de sua “irmã-guia”.

Após alguns minutos, chegaram a um cenário conhecido, a Sunshine Beach, a praia a qual os universitários costumavam se reunir para luais, a mesma que há semanas atrás foi ponto de encontro daquele casal. Dulce parou a moto, ambas tiraram os capacetes, e Anahi falou com a voz emocionada:

-- Piquenique na praia?

-- Mais ou menos... Lembra daquilo ali?

Dulce apontou para o farol em cima da colina. De dia, parecia mais próximo da praia.

Anahi sorriu e respondeu:

-- Como esquecer? Ouvir você narrar uma história de amor foi no mínimo estranho pra mim naquele dia...

-- Ué, por quê? Acha que sou incapaz de amar? Ou que não acredito no amor?

Olhando por cima dos ombros, Dulce indagou com um tom decepcionado, até ouvir a resposta de Anahi:

-- Incapaz, não, mas acho que você precisa acreditar mais no poder que esse sentimento tem...

A resposta de Anahi bateu fundo no coração de Dulce, que sabia perfeitamente a verdade daquelas palavras em sua vida. Alguns segundos de silêncio, até que a ruiva saiu de seu suposto transe, e fez menção de colocar o capacete de volta e dar partida na moto, quando parou, e mais uma vez, virou-se em direção a aniversariante, e disse:

-- Você parece me conhecer, loirinha... Mas você vai se surpreender comigo...

A frase despertou várias hipóteses na mente de Anahi, e mais uma vez, o ar misterioso de Dulce dominou aqueles enigmáticos olhos castanhos...

Seguiram então para o alto da colina. Desceram da moto, Dulce rapidamente tirou a cesta de piquenique do bagageiro, com a outra mão conduziu Anahi até o interior do farol, que estava surpreendentemente limpo, fazendo Anahi acreditar que não estava abandonado, e assim, a tal história narrada por Dulce poderia ser real.