Fanfic: Sociedade Secreta lesbos - Adaptada | Tema: Portiñon
Capítulo 40
Anahi permaneceu ali abraçada a Dulce durante o resto da noite. Dormiram experimentando a paz que inexplicavelmente surgia quando estavam juntas. Mesmo com todos as dúvidas e mágoas que Dulce tinha, a ruiva sentia-se refeita nos braços de Anahi. E esta ignorava todas as interrogações acerca da misteriosa vida de Dulce, contentava-se naquele momento em apenas estar ao seu lado.
No dia seguinte, Dulce acordou primeiro. Ficou ali perdida em seu encantamento observando Anahi dormir tranquila. Uma avalanche de pensamentos a invadiu: sua vingança, a conversa com Sandra Puente, seu jugo diante de Michelle, e principalmente, o sentimento que nutria por Anahi. Tão logo Anahi despertou, Dulce beijou-lhe demoradamente, surpreendendo a loirinha que sorriu numa expressão de felicidade pura.
-- Nossa... acordar assim é a melhor forma de todas... bom dia meu amor.
-- Bom dia linda... dormi tão bem nos seus braços.
-- Eu também... pena que temos aula daqui a pouco, se não ficaria o dia inteiro aqui abraçada com você.
-- Mas temos que dar exemplo... toma banho comigo?
Anahi saltou da cama e saiu puxando Dulce para o banheiro entre pequenos beijos nos lábios e bochechas. Não tiveram pressa. Dulce parecia sentir vergonha de seu corpo marcado. Anahi, entretanto, fingiu ignorar aqueles machucados cobrindo a ruiva de carinho.
Na medida em que as carícias se tornavam mais quentes, Anahi tentou tocar Dulce, que instintivamente fez expressão de dor, ainda ferida pelo sadismo de Michelle há dois dias. Percebendo isso, Anahi tratou de abraçá-la ternamente e beijá-la com toda delicadeza, comovendo Dulce. Enquanto arrumavam-se para tomar café juntas, Dulce disse:
-- Any eu sei que você merece algumas explicações, e eu quero te contar o que houve naquela noite... almoça comigo? Assim podemos conversar com calma.
-- Ai linda, tenho reunião do grupo de estudo no almoço. Podemos jantar juntas, o que acha?
-- Claro, tudo bem...
Durante todo o dia, mesmo separadas em classes diferentes na universidade, Anahi e Dulce permaneciam unidas: trocavam mensagens de texto apaixonadas pelo celular. A loirinha sentia apreensão e alívio por Dulce querer revelar o que a deixara naquele estado na noite de sábado. Dulce por outro lado, se perguntava o que fazer com as informações obtidas de Sandra. Procurou então seu avô no horário de almoço. Trocaram um abraço demorado. O amor do Sr. Antônio pela neta era tocante.
Tratava-se de um mexicano típico, alguns o chamavam de bruxo, mas na verdade Antônio Saviñon era um curandeiro em sua vila natal, na cidade de Puerto Valverde. Homem generoso, simples e honesto, que só se aventurou a viver como imigrante ilegal no EUA para cuidar de sua única neta, quando esta perdeu seu pai em um acidente.
Compartilhava com ela uma grande mágoa por Sandra Anderson, uma vez que também testemunhou de perto o sofrimento da filha, que desde criança morava com a mãe americana no Texas.
Carmem perdeu a mãe antes de entrar na universidade, apesar de não morar com o pai, tinha uma relação muito afetuosa e de confiança com ele. Antonio Saviñon e Elizabeth Newman se conheceram no México, onde a americana estava a trabalho, se apaixonaram e dessa paixão nasceu Carmem. Antonio não queria deixar sua vila, assim passou grande parte de sua vida distante fisicamente da filha, mas nunca espiritualmente. O Sr. Antonio conhecia a neta como ninguém, notou a confusão que se instalara na alma de Dulce e antes que a ruiva falasse qualquer coisa, se adiantou:
-- Quero saber de tudo minha niña... o que aflige seu coração e nubla esses olhos?
-- Mi abuelo... -- Dulce falou com a voz embargada.
-- Mi chica, fala-me tudo, enquanto lhe preparo um chá. Vai te ajudar a ver o melhor caminho, tenho certeza...
Dulce sentou-se na cozinha e começou a desabafar com seu avô tudo que Sandra lhe revelara no dia anterior. Sr. Antonio escutava atentamente, até intervir.
-- Querida, me diga o que você viu nos olhos dessa mulher?
-- Vi pesar, vi mágoa... não tenho certeza abuelo, mas, em alguns momentos vi amor quando ela falava de mamacita.
-- Se você já consegue enxergar amor, mi chica, é sinal que ele já tem espaço no teu coração, e isso me alegra muito...
-- Não vim aqui para falar disso abuelo...
-- Não precisa falar, está na sua alma, que para mim é tão transparente... você acha que ela pode estar falando a verdade?
-- Como? Acha que mamacita é uma traidora? Que aplicou um golpe no meu pai? Não!
-- Minha querida, tudo que sabemos foi o que sua mãe nos contou, não acompanhei essa fase da vida dela, ela apareceu na vila grávida de você, profundamente magoada, humilhada, acredito que a tristeza de sua alma a fez adoecer e a levou tão cedo de nós. Mas sempre existem dois lados numa história. Nunca incentivei para você continuar nesse plano de vingança porque sei o quanto isso envenenou seu coração, mas minha esperança era que nessa busca você encontrasse a verdade do seu passado e enfim se libertasse... por isso nunca a impedi de nada, a vida está te dando essa oportunidade. Dulce tomou o chá preparado, ficou pensativa, e lembrou-se de perguntar ao avô:
-- Abuelo, como era mesmo o nome da amiga de Sandra que mamacita a ouviu no banheiro falando aqueles absurdos?
-- Não tenho certeza, mas tenho algo que pode lhe ajudar.
O Sr. Antonio voltou de seu quarto com um caderno de folhas amareladas, envolto numa fita azul de cetim, e entregou a Dulce.
-- O que é isso, abuelo?
-- O diário de su madre...
-- Ahm? Ela tinha um diário? Por que o senhor nunca me disse isso? O senhor o leu? -- Dulce retrucou irritada.
-- Por que não era o momento certo. E não, não o li. Os mortos sabem enviar sinais acerca de sua vontade, sei que a vontade de Carmencita era que seus segredos e pensamentos fossem revelados a você no momento certo...
Mistério parecia um traço genético para os Saviñon. Sr. Antonio demonstrava uma sabedoria peculiar, por isso Dulce respeitava tanto seu avô. A ruiva segurou aquele caderno velho como se fosse um grande tesouro, acomodou-o dentro de sua jaqueta, abraçou o avô e voltou para a mansão gama-tau, ansiosa para ler o conteúdo do diário de sua mãe.
Na mansão, colocou o diário sobre a cama experimentando o temor em abri-lo misturado à curiosidade em conhecer um pouco mais sobre sua mãe. No fundo, sua apreensão se devia ao fato de saber muito pouco sobre a própria mãe, e talvez Sandra Puente tivesse alguma razão sobre o que lhe revelara. No meio desse dilema, Anahi entrou no quarto, envolvendo sua cintura por trás acintosamente:
-- Morrendo de saudades de você meu amor... onde vamos jantar?
-- Que susto Any!
-- Nossa... eu bati antes de entrar, Dul! Porque você está assim tão tensa?
-- Desculpa, nada demais... vamos então,estrear seu carro novo?
- Vamos!
Autor(a): lunaticas
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Capítulo 41 Anahi saltou empolgada qual criança ia para um parque de diversões. Seguiram para um bar perto da universidade. De acordo com a descrição de Sandra, o mesmo que anos atrás fora cenário do primeiro encontro entre ela e Carmem. Sentaram-se na mesa ao fundo, ficando bem próximas uma da outra, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 95
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flavianaperroni Postado em 31/08/2015 - 18:46:55
A historia é simplesmente maravilhosa,ela envolve os leitores,eu realmente amei de verdade,Parabéns pela Web
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laryssales Postado em 11/02/2015 - 18:42:25
A estória é linda, envolvente eu amei!!
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annaflavia Postado em 31/07/2014 - 14:05:25
Gostei muito Linda estoria *_*
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dyas Postado em 31/07/2014 - 12:27:52
Ah que lindas. Parabéns Flor *-*
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amandab Postado em 31/07/2014 - 03:53:58
sinceramente? ta perfeito ): chorei e pa... acompanharei a outra, parabens!!!!!!
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angelr Postado em 31/07/2014 - 00:30:29
Lindo final tudo lindo amei essa web e ja irei ler a a outra haha
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kaahs Postado em 30/07/2014 - 23:31:27
Lindo final, linda história! *-*
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angelr Postado em 30/07/2014 - 01:18:19
Ai que raiva pq a Anahi foi namorar ouatra #chatiada
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annaflavia Postado em 29/07/2014 - 12:43:15
Poxa vida! =( Nenhuma quer ceder! Caramba! Posta mais!!!!!!!
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angelr Postado em 28/07/2014 - 22:57:59
Putz e agora gzuis tenso hein