Fanfic: Sociedade Secreta lesbos - Adaptada | Tema: Portiñon

 Capítulo 69

No hotel, Sandra conversava com Dulce sobre seu encontro com Carol, e lhe dava detalhes sobre o processo de reconhecimento da paternidade de William segundo as informações de Peter. Como se quisesse flagrar algo, Anahi chegou pedindo que não avisasse à mãe que ela estava subindo, chegando de surpresa ao quarto de Sandra, ouvindo um trecho da conversa entre ela e Dulce:

-- Sandra, eu me envergonho tanto, de por tantos anos nutrir tanto ódio contra você e contra minha própria família...

-- É compreensível, minha querida, pela vida que você teve, pelas intrigas das quais fomos vítimas, não condeno você por isso, nem Peter.

- E pensar que eu queria fazer a Anahi o mesmo que eu julgava que você fez com minha mãe apenas para me vingar de você, quão estúpida eu fui!

- Graças a Deus você descobriu a verdade antes de cometer esse erro tão grave...

Anahi ouviu aquilo sentindo-se traída, enganada, aceitando os títulos que Ellen lhe dera. Revoltou-se e surgiu na suíte diante de Sandra e Dulce, batendo palmas sarcasticamente dizendo com o rosto banhado em lágrimas:

-- Muito bem! Perfeito! Linda a reconciliação de duas dissimuladas! E agora, qual é o plano, querida priminha? Ficar com o dinheiro dos Puente? E você mãezinha? Qual a mentira que você vai contar a sua filha dessa vez?

Dulce e Sandra levantaram-se ao mesmo tempo assustadas, tentando explicar a situação a Anahi:

-- Minha filha, nós podemos explicar tudo, vamos conversar.

-- Conversar? Mãe nós conversamos a vida toda, você nunca me disse que seu grande amor da juventude antes do papai foi uma mulher! Condenou-me porque eu disse que era lésbica, que hipocrisia! Nunca me disse que conheceu a mãe de Dulce quando veio me visitar em Prescott, pagou uma pessoa para me separar de Dulce, e agora você quer conversar? Já sei de tudo, não preciso de conversas.

Disse isso jogando o diário de Carmem sobre a mesa de centro.

-- Filha, as coisas não são bem assim, acalme-se.

-- Any, sua mãe tem razão, temos muito que conversar...

-- E quanto a você Dulce? Como você pode? Eu acreditei que você me amava, você só me usou para vingar-se de minha mãe... Como você pode?

Os olhos de Anahi eram de uma mágoa tão profunda que feria a alma de Dulce, em provocar tamanho sofrimento e decepção na sua amada. As lágrimas embargaram sua voz, e com muito esforço disse:

-- Any, isso foi no começo... Antes de te conhecer direito, de me apaixonar por você. Hoje sei que sua mãe não fez nada a minha, foi tudo uma armação de Michelle e outras pessoas que não as queria juntas, não há mais vingança e eu te amo de verdade!

-- Ah! Então se houvesse um motivo para você se vingar me usaria da mesma forma mesmo se dizendo apaixonada por mim?

-- Any não foi isso que eu disse...

-- Dul você é incapaz de amar! Não sabe o que é amor! Você e aquela Michelle se merecem, usam as pessoas para o que vocês querem... Como pude me decepcionar tanto?

Anahi saiu correndo do quarto sendo seguida por Dulce, que tentava em vão fazê-la parar. A ruiva não alcançou o elevador, perdendo a loirinha de vista quando finalmente conseguiu chegar ao térreo do hotel. Dulce correu até sua moto e foi pilotando devagar em busca de Anahi, não encontrou pistas da sua namorada, logo atrás de carro, Sandra se aproximou angustiada:

-- Precisamos encontrá-la, Dulce... Ela está nos odiando!

-- Não se preocupe, Sandra, não sossegarei até encontrá-la.

Dividiram-se seguindo para locais diferentes, Dulce decidiu ficar pela praia, na esperança de encontrar Anahi perto do farol, lugar importante na história delas, enquanto Sandra seguiu para o campus.

A busca foi inútil, Anahi parecia ter sumido entre as dunas das praias de Prescott. Preocupada, destruída por dentro, Dulce voltou à fraternidade no fim da tarde, na esperança de encontrar Anahi em casa.

Na Gama-Tau, Angelique recebeu um telefonema estranho de um garçom do bar mais tradicional entre os universitários:

-- Estou ligando para você por que se trata de uma das suas irmãs de fraternidade que está aqui dando um espetáculo, estão se aproveitando dela, não posso impedir, venha rápido!

Angelique apressou-se em ir ao referido bar, curiosa para saber qual irmã gama teria descumprido as ordens e saído sozinha. Na saída de casa, encontrou Dulce chegando com uma aparência abatida, ansiosa a ruiva perguntou:

-- Você sabe se Any está em casa?

-- Sinto muito Dulce, a mãe dela esteve procurando-a também, mas não a vi o dia todo. Algum problema?

-- Uma grande confusão Angelique... Mas obrigada de qualquer forma.

-- Se eu puder ajudar pode contar comigo...

-- Obrigada, mas ei... Onde você está indo sozinha?

-- Ao Prescott’s. O garçom camarada me ligou dizendo que uma de nossas meninas está protagonizando a cena por lá... Estou indo resgatá-la.

-- Oh meu Deus é Any!

-- Any? Como assim Dulce?

-- Vamos no seu carro Angelique, explico no caminho!

Dulce dirigia angustiada, explicando superficialmente o que acontecera entre ela e a Anahi, Angelique não se conteve e deixou escapar um comentário:

-- Você não merece mesmo o amor de Anahi, Dulce!

Dulce franziu a testa, interrogando-se qual o motivo do comentário da loira. Angelique percebeu que se excedeu no comentário e tentou se justificar:

-- É que... Dulce, desde o começo você enganou e maltratou a Anahi...

-- Tudo bem Angelique, entendi, você é amiga da Anahi e testemunhou o que ela sofreu por minha causa, vamos tirá-la daí o mais rápido possível.