Fanfic: Sociedade Secreta lesbos - Adaptada | Tema: Portiñon

Capítulo 8

Algum tempo depois, Anahi despertou. Talvez, nem tenha se passado tanto tempo assim, ainda ouvia o barulho da música e a movimentação de pessoas no jardim. Descalça ainda, colocou a máscara e saiu pela festa buscando à ruiva que a enlouquecia. Foi até o jardim, depois no quintal, viu casais se pegando. Viu irmãs atracadas com outras nas portas dos quartos quando voltou ao seu, mas nada de Dulce.

Pensou que certamente Dulce estava catando alguma menininha... Sentiu tristeza, ciúme, revolta... Subiu mais um andar, na esperança de encontrar Angelique já em seu quarto. Quando chegou ao segundo andar, ainda nas escadas ouviu um som de música não compatível com a que tocava na festa, era suave. Levada pela curiosidade, foi subindo mais um lance de escadas em direção ao terceiro andar, o domínio de Dulce.

Seguiu para o salão da cobertura, viu a ruiva sentada junto ao piano, concentrada na música que tocava. A loirinha aproximou-se com passos calmos, lentos, a fim de não interromper nem a canção, nem a concentração de sua irmã guia. Pôde notar nos olhos de Dulce uma lágrima prestes a cair, ficou tocada com a imagem. Talvez por isso, ficou mais nervosa, acabou tropeçando em um puf, chamando a atenção da ruiva.

-- Desculpa, Dulce, não quis interromper...

-- Shii... Vem cá...

Dulce tinha outra expressão, mais calma. Isso fez com que Anahi caminhasse em sua direção, sem medo. A ruiva a puxou pela cintura, posicionando-a entre ela e o piano, o corpo de Anahi deslizou pelas teclas até sua barriga ficar na altura da boca de Dulce, que permanecia sentada no banco. As mãos de Dulce subiram por baixo da capa que cobria Anahi, desatou os laços do vestido, deixando a loirinha apenas de calcinha. O corpo da novata tremia inteiro sentindo as mãos quentes da ruiva que percorriam a pele alva e macia com um tesão quase pulsante. Dulce comia Anahi com os olhos, seu olhar deixava a loirinha ainda mais excitada. Assim, entregava-se às mãos da ruiva, oferecendo ainda mais sua barriga e pernas.

Os lábios de Dulce se uniram àquela pele que de tão arrepiada parecia suplicar um contato mais íntimo, e quando isso enfim se concretizou, Anahi jogou seu corpo para trás num gesto de entrega. Percebendo isso, Dulce se levantou e se deliciou entre os seios firmes da loirinha, que gemeu alto em resposta ao prazer que aqueles lábios estavam lhe dando.

Anahi, então, colocou seus dedos em meio às madeixas vermelhas de Dulce puxando sua cabeça para junto de seu rosto. A ruiva mordia seus próprios lábios explodindo de vontade de tomar a boca de Anahi. O contato dos olhos das duas faiscava de desejo até se entregarem, enfim, lábios, bocas, línguas, se unindo em um só movimento sincronizado, molhado, ardente. O corpo de Dulce se curvava ainda mais sobre o da novata, extraindo som das teclas do piano. A ruiva segurou firme nas nádegas de Anahi, suspendendo seu corpo. A loirinha imediatamente envolveu suas pernas na cintura de Dulce. Não separando suas bocas, a veterana levou Anahi até o sofá de couro deixando seu corpo cair sobre o dela. Anahi não conseguia manter um compasso em sua respiração, seu coração parecia romper sua carne tamanha era a pulsação em seu peito. Nunca experimentara aquele conjunto de sensações prazerosas, ela só sabia que seu desejo era demais, queria muito mais de Dulce, e seus olhos diziam isso.

Olharam-se por alguns segundos, um sorriso verdadeiro surgiu nos lábios de ambas, depois, entregaram-se novamente a um beijo urgente, quente. Dulce alternava o beijo com pequenas mordidas nos lábios de Anahi, sugava sua língua como se fosse a fruta mais saborosa de estação, enquanto as mãos da novata exploravam cada curva do corpo latino definido, por baixo do vestido que Dulce se esforçava para tirar, se entregando ao toque delicado e quente de Anahi. Os corpos de ambas estavam colados, nus, sentindo o calor que emanava de cada uma. Dulce movimentava seus quadris entre as pernas de Anahi, roçando os sexos molhados. A loirinha tentava acompanhar aqueles movimentos até que eles ficaram sincronizados, no início lento, depois mais forte, mas em um ritmo absolutamente incrível. De tão intenso, os gemidos se propagavam naquele ambiente abafando qualquer outro barulho externo.

A ruiva desceu uma de suas mãos penetrando dois dedos no sexo encharcado de Anahi. Com o peso de seu corpo, continuou a penetração alternando entre estocadas leves e superficiais, com algumas mais profundas e fortes. Num frenético vai-e-vem, as duas atingiram o ápice. Dulce deitou-se sobre Anahi que a abraçou na tentativa de recuperar seu fôlego, ainda sentindo suas pernas trêmulas. Acariciou seus cabelos vermelhos macios, enquanto a ruiva ouvia a batida acelerada do coração da loirinha com sua cabeça junto ao peito.

Ficaram ali, alguns minutos, abraçadas, sem nada dizer. Anahi nunca esperou que o sexo com uma mulher fosse tão intenso, tão prazeroso, tão completo. Não tinha uma larga experiência sexual com rapazes, mas nunca go*zou daquela forma, muito menos, desejava tanto alguém como a Dulce.

A ruiva, pelo contrário, conhecia o que era sentir e dar prazer a uma mulher, mas o desejo por Anahi era mais do que físico. Tomar aquele corpo e estar nos braços dela era uma sensação inédita de conforto, de bem-estar, um prazer que se estendia desde o sexo incrível que tiveram, até aquele momento de tranquilidade entre seus corpos que se procuravam com carinho e excitação.