Fanfic: Sociedade Secreta lesbos - Adaptada | Tema: Portiñon

Capitulo 88

A madrugada foi longa para ambas, o desejo latente das duas provocava a insônia. Ao contemplar o rosto angelical de Anahi diante da fraca luz do abajur, Dulce não se conteve, lentamente levantou-se de sua cama, aproximando-se da cama de Anahi, sentou ao seu lado e acariciou seu rosto alvo, despertando a loirinha de seu sono leve.

-- Dul? O que houve?

Sem graça a ruiva retirou a mão rapidamente do rosto de Anahi e desconversou:

-- Você estava falando algo, pensei que estivesse com pesadelos...

As duas ficaram se olhando com o mesmo olhar apaixonado de sempre, Anahi se sentou na cama, ajeitando seus cabelos, e respondeu:

-- Não, está tudo bem. Você se levantou sozinha?

-- É... Sem os pontos me sinto mais segura para me movimentar.

-- Já tiraram seus pontos?

-- Hoje pela manhã, você não sabe por que não veio aqui o dia todo...

-- Ah desculpe-me, muita coisa na faculdade, depois fiquei na Gama-Tau, estava havendo uma comemoração pela vitória da Rachel nas eleições da fraternidade.

-- A Gama-Tau está em boas mãos.

-- Sim. Mas todas sentem sua falta lá.

-- Também sinto falta das meninas. Todas vieram me visitar, umas fofas...

-- Mas em breve você vai embora, e vai sentir mais falta ainda delas.

-- Não é só delas que sentirei falta.

Dulce falou isso encarando com paixão os olhos azuis de Anahi, que desviou o olhar tímido. A ruiva não desistiu, pelo queixo virou o rosto da loirinha em sua direção e continuou:

-- Eu vou sentir sua falta, Any.

-- Você sentirá falta por que escolheu isso, Dul.

Anahi falou num tom magoado, deixando a sua prima desconcertada. Dulce fez menção de levantar-se da cama, quando Anahi segurou sua mão:

-- Também vou sentir sua falta.

Os olhares faiscavam de paixão, na medida em que as bocas se aproximavam, as respirações ficavam ofegantes evidenciando o inevitável, até enfim os lábios se encontrarem e se entregarem num beijo quente e intenso. As mãos se procuraram ansiosas, os dedos de Dulce entrelaçados nos cabelos de Anahi os puxavam para mais perto do seu corpo eriçado.

Não ousaram falar nada, a pausa entre os beijos foi tomada de carícias cheias de volúpia. Anahi sugava os lábios carnudos de Dulce, esta deslizava sua língua quente pelo pescoço alvo de sua amada excitada pelos seus gemidos.

Delicadamente Anahi deslizou suas mãos pelo busto de Dulce até sua cintura, despindo a ruiva de sua camisola de cetim. A respiração acelerada de ambas contribuía para o aumento do tesão óbvio entre elas. Dulce também despiu o busto de Anahi, mergulhando seus lábios nos pequenos seios de sua amada que gemeu alto diante da investida da latina.

Sedutoramente Anahi foi se afastando, enquanto Dulce se deitava com cuidado. A loirinha deitou ao lado de sua amada, e suavemente deslizou suas mãos pela pele morena de Dulce, que sorria sentindo seu sexo encharcar-se diante do simples toque de Anahi. A loirinha não só sentia um imenso prazer em tocar a pele quente de Dulce como também se excitava ainda mais com a expressão de satisfação de sua amada, beijou então suavemente os seios e a barriga da ruiva, inclusive a cicatriz de sua cirurgia.

Dulce acariciava os cabelos de Anahi que não tardou em entender o chamado, ficando ao lado da ruiva beijando-a apaixonadamente enquanto Dulce explorava com seu tato a excitação do corpo da loirinha.

Viraram-se de lado uma para outra, com os olhos fixos, unidos, tocaram-se com suavidade, mais parecia uma carícia nos sexos, gesto que inundou seus corpos de um prazer inenarrável. Concomitantemente penetraram-se, trocando beijos e olhares apaixonados, com estocadas leves entregaram-se ao prazer, e gradativamente os movimentos foram ganhando força e velocidade até o ápice do go*zo.

-- Dulce você está bem? Machuquei você? Sentiu alguma dor?

-- Shi... Não poderia estar melhor.

-- Ninguém conhece meu corpo como você.

-- Meu corpo é que precisa do seu para sentir que está vivo e por que está vivo.

-- Você é maravilhosa... Mesmo doente, com essa barriguinha linda costurada, o calor do seu corpo provoca os meus desejos mais íntimos.

Dulce sorriu beijando com delicadeza os lábios de Anahi:

-- Posso dormir aqui no seu sofá cama?

Anahi sorriu, recostando sua cabeça nos ombros de Dulce e assim adormeceram.

O dia seguinte chegou tranquilo para o casal, ter Anahi nos seus braços de novo representou para Dulce o indício que ela podia estar errada e elas podiam enfim ficar juntas e serem felizes. Anahi abriu os olhos tendo a melhor visão que ela podia desejar: o sorriso de Dulce para ela.

-- Bom dia, meu amor -- disse Anahi beijando suavemente os lábios de Dulce.

-- Bom dia, minha loirinha... Ai...

Dulce retribuiu o beijo, mas Anahi se empolgou abraçando-a forte, provocando dor na ruiva.

-- Ai meu amor, desculpe-me, como sou desajeitada!

-- Está tudo bem, loirinha, dá só um beijinho que passa...

Anahi sorriu e com muito cuidado beijou a barriga de Dulce despertando risos na ruiva, quando Sandra entrou no quarto vendo a cena.

-- Oh meu Deus, meninas!

Ruborizada, Sandra cobriu os olhos, enquanto Dulce e Anahi puxavam o lençol para se cobrirem entre muitos risos.

-- Pode tirar a venda dos olhos mãe... Vem cá, sente aqui conosco.

Muito constrangida, Sandra se aproximou, esboçando um sorriso vendo a felicidade da filha e sobrinha:

-- Vejo que vocês duas se entenderam...

-- A senhora nem imagina o quanto... -- disse Anahi divertida.

-- Any! -- exortou Dulce -- Você não está vendo que sua mãe já está mais vermelha que um chilli?

As três gargalharam até Anahi sugerir:

-- Vamos à praia, meu amor? O dia está lindo e você está quase tão pálida quanto eu... Precisa de uma corzinha.

-- Mas Anahi, Dulce precisa de repouso!

-- Mãe, a praia é logo aqui em frente. Nós vamos devagarzinho, passear um pouco pela areia, vai fazer bem a nossa paciente...

-- Tudo bem, mas antes um café da manhã reforçado. Já vou pedir para Lucia trazer.

-- Não é necessário, Sandra. Se posso ir à praia, posso tomar café na sala não é?

A família reunida fez a refeição. Anahi cobria a prima de mimos, esbanjando sorrisos, o casal era só felicidade, o que contagiou Peter e Sandra. Passearam pela praia enquanto Sandra e Peter observavam sentados na varanda da casa. Almoçaram ali mesmo na varanda, durante o almoço Peter tocou num assunto delicado:

-- Dulce, li o contrato que Alicia deixou, cheio de vantagens para você, muito bem redigido, não há problemas em você assiná-lo.

Peter sentiu na sua canela o absurdo que acabara de falar, Sandra chutou-lhe por debaixo da mesa, enquanto a expressão de Anahi e Dulce que antes era descontraída tomou ares de preocupação, até a loirinha indagar:

-- Então Dul, há algum problema em você assinar esse contrato?