Fanfic: Desejo Incontrolável - Adaptada AyA TERMINADA | Tema: Anahí y Alfonso

Alfonso estava imerso em sua raiva, mas ainda assim pôde perceber aquela troca de olhares, além de ouvir aquele nome pronunciado pelo estranho. Sabia que algo estava acontecendo e que lhe era desconhecido.

—O senhor está equivocado — ele disse para o outro homem. —E, por favor, desculpe-nos — acrescentou friamente, saindo com Anahí, antes que algo mais acontecesse com eles.

Fora, o Quadrilátero estava repleto de passantes. O carro de Alfonso estava estacionado em uma rua lateral não longe dali. No trajeto, manteve-se calado, procurando se recompor.

Abrindo a porta do passageiro, ajudou-a a se sentar no assento de couro preto. Depois, inclinou-se para ajustar o cinto de segurança. Ela nem notou. Irritado, ele segurou-lhe o queixo e a obrigou a olhar para ele. Os olhos de Anahí estavam escuros, sua pele pálida e os lábios completamente sem sangue. Parecia frágil como uma peça de vidro veneziano, prestes a se quebrar.

De fato, ALfonso desejava que ela se quebrasse, para que ele pudesse descobrir a mulher real, já que aquela se tornara uma completa estranha para ele!

Com um suspiro, soltou-a, ergueu-se e fechou a porta. Foi se sentar à direção e deu partida no carro. Com o rosto contraído, dirigiu pelas ruas de trânsito caótico de Milão.

Estava com muita raiva! Raiva de Kranst e das suas artimanhas. Raiva da imperdoável atitude da sua mãe! E raiva de Anahí por permitir que ele acreditasse que a pintura que tinha no apartamento fosse dela!

E agora havia acontecido aquele incidente na porta da galeria. Apesar de ter demonstrado o contrário, ele havia reconhecido aquele homem. Seu nome era Anton Gabrielli, um rico industrial recluso, que raramente se via em público, desde a morte da mulher, havia alguns anos.

Ele podia ter chamado Anahí de Anastasia, mas o erro era irrelevante. O que importava era que ele a conhecia! E, o mais relevante, Anahí o havia reconhecido!

—Como você conheceu Anton Gabrielli? — ele perguntou.

Era como se estivesse falando com um fantoche.

—Eu nunca o encontrei antes em minha vida — ela respondeu baixinho.

—Não minta! — ele gritou. —Ele pode tê-la chamado pelo nome errado, mas vocês se reconheceram. O espanto mútuo foi muito revelador.

—Já disse que nunca o encontrei antes! — ela gritou descontrolada.

Diante da flagrante mentira, ele a olhou de soslaio. Ela estava tremendo tanto que o diamante do seu colar reverberava. Dando um pequeno soluço, ela virou o rosto para o outro lado, para que ele não a pudesse ver.

Mantendo-se calado, ele voltou a atenção para o tráfego, enquanto mais suspeitas começavam a surgir. Anton Gabrielli era da mesma idade de Kranst. Se ela apreciava ter Kranst como amante, por que não Gabrielli? 

Afinal de contas o que sabia da vida de Anahí antes do seu caso com Stefan?

Absolutamente nada, ele percebeu.

Quando o monstro do ciúme já começava a tomar-lhe o coração, finalmente chegaram à garagem do apartamento. Desligou o motor do carro e, com a mão pesada sobre a coxa de Anahí, impediu-a de soltar o cinto de segurança.

—Espere — ele ordenou. Ela não iria deixá-lo ali, para se dirigir sozinha para o elevador, como fizera anteriormente.

Ela se recostou no assento, ainda sob a pressão da mão em seu colo. Com um suspiro de satisfação, ele saiu do carro, contornou-o e foi abrir a porta para que ela saísse. Antes, inclinou-se e a ajudou a soltar o cinto de segurança. 

O elevador os levou para cima. Anahí tremia, e Alfonso se continha para não agarrá-la e sacudi-la ainda mais! Quando chegaram, Alfonso abriu a porta já que Anahí não parecia capaz de fazê-lo. Dentro, os poucos segundos que ele levou para desatiVar o sistema de alarme, foram suficientes para ela escapulir para dentro de seu quarto.

Alfonso ficou onde estava, tempo suficiente para se acalmar antes de ir atrás dela, desejando que ela não houvesse trancado a porta.

A porta não estava trancada, e o que ele viu quando a abriu fez com ficasse parado de espanto.