Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

— Duvido, mas não vai demorar muito até que a no­tícia se espalhe. Eu só estou indo a esse evento para marcar território.

— Então era por isso que estava falando em testes de DNA e em contestar o testamento — disse ela. — Oh, e foi por isso também que a sua mãe...

— Minha mãe tem o jeito dela de lidar com as dificuldades — disse Alfonso, tomando mais um gole do seu suco. — Creio que não é exatamente Tabasco o que ela coloca no seu suco de tomate.

Anahí o olhou, solidária.

— Sua família é forte. Vocês vão superar as dificul­dades.

— Espero que você esteja certa.

— Tudo o que tem a fazer é se manter focado e con­tinuar administrando a rede da mesma maneira como vem fazendo até agora. Não pode permitir que isso o distraia.

Aquele conselho surpreendentemente preciso o to­mou de surpresa.

— Você tem razão, Anahí. — Ele sorriu e se inclinou na sua direção, sentindo-se inexplicavelmente atraído por ela. — Obrigado por ser tão compreensiva.

Ela sustentou o olhar dele por um momento, a pon­to de fazê-lo acreditar que a pista pela qual ele vinha esperando já estava a caminho, mas ela lhe entregou outro arquivo.

— Quando estiver pronto para repassar a agenda para a reunião com o pessoal do Marketing, é só avisar. Posso anotar qualquer e-mail que queira me ditar — acrescentou ela, mostrando o laptop. — Eu os enviarei assim que chegarmos a Londres.

Anahí Portilla estava decididamente focada em seu tra­balho, e como bom diretor-geral que era, Alfonso não achou muito prudente ceder à tentação de atravessar o espaço que os separava e soltar os cabelos dela só para ver como ela reagia. Ela era uma assistente muito va­liosa para se deixar escapar.

Eles trabalharam por quase nove horas seguidas, sem muita conversa paralela, até a aterrissagem.

Anahí não pareceu se cansar, não reclamou uma única vez e nem tirou o maldito blazer durante toda a viagem! Talvez por isso mesmo, Alfonso não tenha ousado fazer um único movimento para seduzi-la. O sexo poderia colocar tudo o que eles tinham a perder.

No táxi, a caminho do hotel, Alfonso já estava intei­ramente confortável com a ideia de manter o relaciona­mento com ela num âmbito estritamente profissional. Abandonou inclusive a ideia de levá-la para passear e conhecer a cidade no dia seguinte. Ele ia trabalhar du­rante o dia e à noite levaria Anahí ao evento e a apresen­taria como sua assistente.

Ela se deteve ao seguir o porteiro pelo ofuscante luxo do Ritz Carlton.

— Isso aqui é bem diferente da modernidade Herrera Grand de Miami Beach. — concordou Alfonso. — É a sofisticação do velho mundo. Ou você ama, ou se sen­te sufocado. Eu, pessoalmente, adoro.

— É fantástico — disse ela, com a voz um pouco abafada, enquanto admirava os entalhes de madeira no teto. Sorrindo ao notar o seu entusiasmo, ele se afastou para fazer o check-in.

Muito desconcertado, o rapaz da recepção lhe infor­mou que devido a um provável erro no sistema, o quar­to da srta. Portilla não estava disponível.

— Ainda não está pronto ou não está disponível? — perguntou Alfonso.

— Nós sentimos muitíssimo — disse o rapaz que obviamente não estava há tempo suficiente no ramo da hotelaria para reconhecer o sobrenome de Alfonso.

— Nós estamos superlotados com os eventos deste fim de semana.

Alfonso sabia que bastaria uma palavra sua com gerente para conseguir um quarto. Ele havia crescido no ramo da hotelaria e sabia que "não temos quartos disponíveis" significava, na verdade, que vários deles estavam reservados para hóspedes ilustres.

— A sua suíte é muito espaçosa, sr. Herrera. Ela tem três quartos. Se os senhores estiverem dispostos a divi­di-la, poderemos tentar conseguir uma vaga amanhã.

Alfonso torceu o nariz, tentando driblar o cansaço da viagem. Voltou-se para olhar Anahí, que ainda estava admirando o lobby, maravilhada. Havia realmente mui­to espaço naquela suíte. Ela ia adorar a decoração.

Quem sabe, num ambiente mais aconchegante...

Ele fez um meneio para o recepcionista.

— Ficamos assim, então.

Pouco depois, um camareiro pegou as malas e ALfonso se aproximou de Anahí.

— Houve uma pequena mudança de planos — disse ele.

— O que foi?

— Eles não têm um quarto para você.

Ela franziu a testa.

— Eu tenho certeza de que fiz as reservas. Seja como for, basta o senhor dizer que...

Ele ergueu uma mão, concordando.

— Eu posso brigar por isso, mas a minha suíte é com­posta de três quartos, todos com seu próprio banheiro. Há espaço suficiente para dar uma festa ali. — Ele sor­riu. — Acho até que já fiz isso há alguns anos.

Anahí deu de ombros, um pouco cansada — ou seria cautelosa?

— Está bem. Eu estou acabada mesmo. Só preciso de uma boa ducha e uma boa cama.

Ele inclinou a cabeça e pousou uma das mãos ca­sualmente sobre o seu ombro para guiá-la pelo lobby.

— Eu só tenho uma condição. Ela diminuiu o seu passo.

— Qual?

— Nada de cantoria debaixo do chuveiro.