Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

— Ele não ia querer nada comigo — insistiu ela.

— Não quando você faz de tudo para esconder os seus atributos debaixo daquelas roupas sem corte. Mas o seu segredo foi desvendado. — Ele aproximou ainda mais o seu rosto do dela e baixou a voz até quase trans­formá-la num sussurro. — Você é uma mulher muito bonita e sexy, Anahí.

Ela fechou os olhos, sentindo-se inundada pelo elogio.

— Obrigada — disse ela, tentando achar um jeito de tornar a conversa menos pessoal. — Como é que você sabe que os irmãos Jefferies são impiedosos e implacá­veis? Eu não me lembro de ter lidado com eles desde que comecei a trabalhar para você.

— Você com certeza sabe como estragar um gran­de momento — disse ele com um sorriso nos lábios.

— Eles não escondem de ninguém que querem botar as mãos no nosso dinheiro. E eu tenho de reconhecer que eles estão fazendo um bom trabalho.

— Você não me parece um homem preocupado com concorrência.

— É claro que eu me preocupo. Eu temo pelo destino da marca Herrera, pela qual, como você bem sabe, sou responsável. — Uma sombra encobriu a sua expressão.

— Ou pelo menos, era, até a leitura do testamento de meu pai.

— O que está acontecendo com a marca? — per­guntou Anahí, um pouco mais relaxada pelo fato de ter conseguido mudar de assunto.

— Nós estamos sendo atacados pela mídia, e alguns de nossos investidores, com os quais eu contava, re­cuaram de repente, sem nenhuma razão aparente. Pro­priedades nas quais eu estava interessado foram estra­nhamente vendidas para outras pessoas, geralmente alguém de sobrenome Jefferies. E — acrescentou ele, depois de um momento — eu tenho sérias razões para acreditar que alguém está passando informações para a concorrência.

Ela sentiu um arrepio na espinha.

— Passando informações?

— Um espião. Um informante. — Ele olhou para ela, enfurecido. — Mas eu vou descobrir quem é e ar­ruiná-los.

Ela viu luzes piscarem e não eram estrelinhas de ro­mance. Era o seu passado voltando a assombrá-la.

— Um espião — disse ela, percebendo o tremor em sua própria voz.

— Isso acontece com mais frequência do que você imagina.

Ela sabia muito bem disso. Tanto que chegava a doer.

— Eu já li alguma coisa a respeito.

O problema é que os artigos que ela havia lido tra­ziam o seu nome estampado.

O seu nome, e não o do homem que havia realmente cometido o crime. Não o nome de Michael Montgomery, um homem que ela acreditava amar e em quem confiava. Um homem que a havia usado para entrar no computador do seu chefe, outro diretor-geral.

O ar noturno pareceu-lhe repentinamente opressivo. Ela começou a suar na nuca. Se Alfonso soubesse de seu passado, da acusação que sofrera, ainda que injusta, de que ela havia deixado o seu amante acessar os arquivos do computador do seu chefe, ela seria demitida.

Quem lhe daria uma chance de se explicar? Seu an­tigo chefe não havia lhe dado, tampouco a imprensa, e ela tivera de fugir.

— Bastaria uma pessoa que estivesse a par dos meus acordos para passar essas informações a um dos Jeffe­ries — prosseguiu ele.

A voz dele parecia distante em meio ao som do seu próprio sangue que bombeava em seus ouvidos.

— Jordan e Emilio não iam comparecer a esse even­to. Eles não estavam na lista, mas apareceram de repen­te. Ninguém sabia que eu viria para cá, exceto alguns poucos funcionários da Herrera.

Inclusive ela. Ela sentiu um aperto na boca do estô­mago e a cabeça girar. Só que dessa vez sua reação não tinha nada a ver com a atração que sentia por Alfonso, mas sim com o medo de ser descoberta.

Ela era inocente e as queixas contra ela haviam sido retiradas, mas a mancha ainda estava lá.

Será que um homem que havia acabado de admitir que era impiedoso e implacável seria capaz de enxergar para além das aparências?

— Isso realmente me incomoda — disse ele, olhan­do para o vazio.

Ela tinha de mudar de assunto, e rápido.

— Para falar a verdade — prosseguiu ele —, eu ago­ra estou mais determinado do que nunca a descobrir quem está passando essas informações.

Anahí se aproximou e pressionou os seus lábios con­tra o rosto dele. Ele congelou e então se virou lenta­mente para ela.

— O que é que você pensa que está fazendo, srta. Portilla?

— O que é que você acha que eu estou fazendo, sr. Herrera?

Ele abriu um largo sorriso.

— Do que foi que você me chamou?

Ela ergueu o rosto num convite, formando as pala­vras que ela sabia, desviaria completamente os seus pensamentos daquele tema perigoso.

— Sr. Herrera.

Ele cobriu a boca de Anahí com a sua instantanea­mente, beijando-a exatamente como fazia todo o resto — intensa e magistralmente, com um controle e timing perfeitos.

Abrindo seus lábios, ela permitiu que a língua dele explorasse a sua boca. Um misto de calor e arrepios varreu a sua pele enquanto ele deslizava as mãos pelas suas costas nuas, enterrando os dedos sob a sua nuca.

Alfonso inclinou a cabeça e ele aprofundou o beijo, com um terno gemido. Ele a puxou mais para perto e murmurou o nome dela contra os seus lábios.

— Vamos voltar para o hotel — sussurrou ele, em meio ao beijo. — Agora. Eu quero você — disse ele, confirmando o que disse ao abraçá-la com firmeza, de modo que ela não tivesse dúvida do seu estado de ex­citação.

Ela se desmanchou no beijo, excitada ao perceber que era a causadora da rigidez que sentia contra o seu ventre, sentindo também um secreto horror de que ele descobrisse o porquê de ela ter feito aquilo.

Ela deu um passo para trás, recuperando o fôlego.

— Alfonso, eu...

— A menos que você queira continuar falando um pouco mais de negócios — disse ele, provocantemente, beijando a ponta de seu nariz.

— De jeito nenhum — disse ela.