Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

Será que ela já estava dormindo ou estava apenas disfarçando?

— Anahí — disse ele, com uma voz dura e exigente.

Ela se ergueu na cama num sobressalto, cobrindo-se com o lençol.

— O que você quer?

Ele percebeu o tremor em sua voz. Será que ela havia concluído que eleja tinha descoberto o seu jogo sujo?

— Por favor, Alfonso. Eu sinto muito se deixei as coi­sas irem longe demais.

Ele ficou indignado. Então ela achava que ele tinha ido ate lá para forçá-la a fazer sexo com ele?

O lençol caiu de suas mãos trémulas e a luz da lua deixou-o ver que ela estava usando algo muito minús­culo e rendado, algo bem fácil de tirar.

Indo contra tudo o que ele podia chamar de controle, seu corpo reagiu violentamente, mas ele não era burro. Sabia que não lucraria nada acusando-a desse modo. Afinal ele podia estar enganado.

Engolindo em seco, ele agarrou a maçaneta.

— Eu só queria me certificar de que você estava bem.

— Eu estou bem — respondeu ela, tirando uma me­cha de cabelo do rosto. — E você, como está?

O fato de ela ter perguntado o atingiu em algum lu­gar profundo, onde ele decididamente não desejava ser tocado por uma mulher em quem não confiava mais.

— Estou bem. Boa noite.

Depois fechou a porta e ainda ficou parado ali por uni bom tempo.

Se ela gostava de jogar, ele também poderia fazê-lo. Agora que ele sabia que ela era a espiã, bastava fornecer-lhe falsas informações para apanhá-la em flagrante.

Alfonso Herrera poderia ter sido feito de bobo por ela esta noite, mas isso com certeza não voltaria a acon­tecer. Da próxima vez, ele ia conseguir tudo o que que­ria. Tudo.

E ele queria Anahí. Se ele pudesse esmagar Jordan e Emilio no processo, tanto melhor. Mas ele não poderia permitir que ela descobrisse que eleja sabia de tudo.

Anahí ia descobrir, da pior maneira possível, que não se podia brincar com ele.

— Eu não esperava vê-la aqui hoje — disse a re­cepcionista, na cozinha dos executivos, na segunda de manhã.

— Mas é claro que eu estou aqui — disse Anahí.

— Achei que você ia tirar uma semana em Londres — acrescentou Sheila, com uma piscadela. — Algumas pessoas ligaram esta manhã, inclusive o editor da Luxury Travel.

— Certo — disse Anahí, anotando o recado. — Mais alguma coisa?

— A secretária da companhia aérea ligou para saber se o sr. Herrera e a srta. Portilla haviam feito boa via­gem. O que devo dizer a ela?

— Pode informar que correu tudo bem.

— Não esconda o jogo — disse Sheila. — Conte, va­mos. Ele é tão exigente na cama quanto no escritório?

Anahí conseguiu forjar um olhar muito contrafeito, apesar da lembrança do momento em que Alfonso ha­via entrado em seu quarto ainda estar muito presente em sua mente. Ele poderia ter exigido o que quises­se naquele momento, mas não o fizera e ela não havia conseguido mais dormir depois que ele fechou a porta, deixando-a sozinha e ansiando por mais.

— Eu sinto muito desapontá-la, Sheila, mas foi ape­nas uma viagem de negócios.

Infelizmente. Ou felizmente. Deus, ela estava real­mente muito confusa.

— Quer dizer que é assim? — disse Sheila, com um sorriso simpático. — Venha cá enquanto eu preparo café. Você parece estar precisando conversar.

Será que estava tão óbvio assim? Anahí não sabia que pensar da frieza com que Alfonso a tratara no vôi de volta. Ela estava magoada, mas também aliviada por saber que poderia voltar a trabalhar sem que algun poucos beijos ardentes colocassem o seu emprego em risco.

Ele devia ter pensado melhor e se recriminado por ter se envolvido com uma funcionária, decidindo-se fi­nalmente por não perder a sua boa assistente. Ou talvez ele simplesmente não estivesse mais interessado nela.

Aquele pensamento fez seu estômago revirar com uma decepção que ela, na verdade, não tinha o direito de sentir..

— Você já tinha se envolvido com algum chefe an­tes, Anahí? — perguntou Sheila, trazendo-a de volta para o presente.

— Não — respondeu ela com honestidade, pois na verdade havia se envolvido com o seu maior rival. — Isso seria muita estupidez.

Sheila revirou os olhos.

— Eu sei muito bem. Já fui Playmate, sabia?

Toda a empresa sabia. Sheila havia trabalhado como coelhinha num extinto Miami Beach Playboy Club.

— Ouvi falar.

— Eu me envolvi com o gerente de operações. 

Anahí não pôde deixar de perguntar.

— E o que foi que aconteceu?

— O de sempre. Ele se deu bem e eu me dei mal.

— Oh.

Sheila fez um meneio de cabeça.

— Mas pelo menos foi bom enquanto durou. Aquele cara me ensinou alguns truques que toda mulher deve­ria conhecer.

— E por acaso atender o telefone está entre eles? — disse Alfonso sarcasticamente, surpreendendo a ambas.

Anahí piscou, desconcertada.

— Desculpe-me, sr. Herrera. — Ela seguiu em direção à porta, tomando cuidado para não encostar em uma única fibra do seu terno. — Eu vou atender ime­diatamente. — Ela fez uma voz de aço e chegou à mesa assim que o telefone tocou novamente. — Escritório do sr. Herrera.