Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

Anahí viu a silhueta de Alfonso antes de discernir o seu rosto. Ele se movia como um atleta, com contro­le total sobre cada um dos seus músculos. Caminhava com a cabeça erguida, os ombros largos eretos, usando roupas de caimento perfeito.

Quando é que ela ia parar de perder o fôlego por causa dele? Ela havia aceitado o cargo de assistente sa­bendo muito bem que o achava atraente, mas isso na época não lhe pareceu um problema. Ela achou que um chefe bonitão poderia dar uma nova dimensão ao seu trabalho. Ela só não contava com o fato de ele ser terrivelmente atraente, nem podia imaginar que ele a convidaria para acompanhá-lo numa viagem a Londres a beijaria daquela maneira insana. Agora, porém, eles haviam voltado ao esquema estritamente profissional, que ia protegê-la do perigo de querer vasculhar segredos que deveriam permaner enterrados.

Alfonso olhou-a rápida, mas atentamente, erguendo as sobrancelhas num cumprimento silencioso.

— Você trocou de roupa — disse ele com um sorri­so. — Gostei desse vestido.

Ela havia escolhido alguma coisa preta, simples e sóbria, mas o modo como ele a havia inspecionado lhe deu a sensação de que ele queria ver através dela.

— Eu não consegui correr de manhã, por isso com­pensei no final do dia.

— Há quanto tempo você corre? — perguntou ele. Do passado? Há malditos cinco anos.

— Eu comecei no ginásio — disse ela. —Acabei me viciando na endorfina.

Seus lábios se curvaram num sorriso.

— Conheço a sensação.

— Mas você a obtém com o seu trabalho — respon­deu ela.

— Eu a obtenho de várias formas — disse ele com uma voz baixa, cheia de implicações.

— Dentro ou fora, sr. Herrera? — perguntou a ge­rente, lançando-lhe um olhar intenso que ele pareceu não perceber.

Ele pousou a mão confiante nas costas de Anahí e lhe disse:

— Eu sugiro que o jantar seja lá dentro. A menos que você prefira o ar fresco.

— Lá dentro está ótimo para mim — disse ela.

— É mais reservado — acrescentou ele, aproximan­do-se um pouco mais —, já que você quer conversar comigo.

Ela queria, e não podia deixar que aquele brilho nos seus olhos cor de chocolate ou que aquele cheiro sexy almiscarado a desviassem do que ela havia decidido di­zer a ele.

Em poucos minutos, eles foram conduzidos a um pe­queno nicho, isolado por uma fina cortina. A mesa era tão baixa que praticamente os obrigava a se deitarem para comer.

— Isso é mesmo privado — disse ela, puxando a saia que subia enquanto ela tentava se ajeitar.

— Nós podemos deixar a cortina aberta se você preferir -— disse ele, tirando o seu paletó e afrouxando a gravata.

Anahí tentou replicar mas sua garganta ficou terrivel­mente seca e suas mãos começaram a coçar, ansiosas por soltar aquela gravata ainda mais.

— Precisando de um drinque, Anahí? — perguntou ele, como se tivesse se dado conta do problema.

— Só água, por favor. Eu não vou beber esta noite. Você é próximo de Brittany? — perguntou ela, subita­mente curiosa. — Ela não liga muito para você.

— Nós temos nossos bons momentos — disse-lhe Alfonso com um sorriso sedutor. — Ela é a gémea de génio mais forte.

Ele lhe contou uma história de infância, algo que provava a diferença entre as duas. Anahí tentou se con­centrar nos detalhes, mas de quando em quando, sua mente vagava e ela começava a estudar as formas dos seus lábios e a covinha do seu queixo.

Alfonso prosseguiu com a história, mas o olhar dela seguiu vagando pelos seus cabelos e pelas suas mãos que ela tanto adorava. Elas eram grandes e fortes como os seus pés. Ela observou os dedos dele se fecharem em torno da taça de água e se lembrou da sensação de tê-los sobre a sua coxa, fazendo o seu corpo arder de desejo.

— Você pode imaginar uma garota de sete anos fazendo uma coisa dessas? — perguntou ele.

Uma onda de pânico secou a sua garganta novamen­te. Ela não tinha a menor ideia do que ele estava falan­do.

— Não — disse ela, na esperança de que aquela fos­se a resposta certa.

Seu sorriso foi provocante.

— Não pode imaginar ou não ouviu uma palavra do que eu disse?

Ele tinha de ser tão charmoso? Aquilo não facilitava em nada a sua missão.

Antes que ela pudesse responder, ele tocou a sua mão, a que estava perigosamente perto do seu quadril, e lhe lançou aquele olhar quente que parecia desman­chá-la.

— No que é que você está pensando, minha querida?

Querida. Aquilo a deixou ainda mais dividida. Ti­nha reunido todas as suas forças para dizer "nós temos de ser amigos" quando Brittany Herrera chegou com uma bandeja de sushis.

— Desculpem-me por interromper esta importante reunião de negócios, mas o meu chef se superou em sua homenagem.

Alfonso pegou um rolinho de atum e piscou para ela.

— Lembra-se da minha assistente, Anahí Portilla? Anahí estendeu a mão para cumprimentá-la.

— Olá, Brittany.

— É claro que nós já nos conhecemos — disse ela calorosamente. — Mas você só trabalhava para ele na época. Há quanto tempo vocês estão namorando?

— Nós não estamos na...

— Vá embora, Brit — disse Alfonso. — Não é de bom tom ficar incomodando os fregueses.

— Eu preciso saber que noite você vai querer re­servar para a festa surpresa de 60 anos da mamãe. Eu tenho que saber quando para que eu possa ou não fazer outras reservas.