Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

— Você não trouxe uma foto? — perguntou Anahí en­quanto servia uma xícara de café à amiga que ela não via há tempos. — Acho que não vejo uma foto da sua filha desde os seus dois anos.

Megan Simmons se ajeitou confortavelmente na co­zinha da casa de Anahí.

— Jade já está com três anos e meio. Ela está linda!

Anahí se deteve antes de perguntar com quem ela se parecia. Megan nunca havia revelado a ninguém quem era o pai de sua filha, e Anahí respeitava a sua decisão. Megan era uma amiga fiel. Ela havia deixado o seu trabalho em Miami, anos atrás, e voltado para Indiana quando Anahí precisou dela. Foi graças às relações dela com o diretor do Departamento de Recursos Humanos da Herrera que ela havia conseguido o seu emprego sem que sua carreira profissional fosse investigada.

— Como foi a reunião ontem?

— Foi uma entrevista, na verdade. Meu antigo chefe me ofereceu sociedade na sua firma de design.

— Parabéns! — disse Anahí, erguendo sua xícara num brinde. — Isso é maravilhoso, Megan.

— Obrigada. É realmente tentador.

— Eu ia adorar se você se mudasse para cá.

— Pode ser, mas eu não sei...

— Você adorava Miami quando morava aqui.

— Eu sei, mas Jade vai começar o pré-escolar neste outono.

— Essa é a melhor hora para se mudar — disse Anahí. — Ela pode começar na escolinha daqui. A Herrera faz doações para uma excelente escola particular. Acho que eu posso pedir a Alfonso para mexer uns pauzinhos e colocar Jade lá.

Megan sorriu para a amiga.

— Sabe que essa já é a sexta vez que você menciona o nome de Alfonso desde que cheguei?

Bingo!

— É mesmo? Eu não tinha percebido.

— Mas eu sim. Parece que você está muito feliz por ter sido promovida para o andar dos executivos.

— É muito diferente por lá — admitiu Anahí. — Mais excitante. Eu fico muito ocupada. Aquilo é toda a mi­nha vida.

— Aquilo é o seu trabalho — corrigiu Megan suave­mente, usando uma voz que ela provavelmente usava para falar com Jade quando a repreendia. — E eu não disse que você mencionou a empresa, mas sim, o seu chefe.

Como é que ela poderia explicar como era trabalhar para alguém como Alfonso Herrera?

— Ele é um Herrera — disse Megan, como se o nome tivesse um gosto ruim.

— É sim — concordou Anahí —, mas ele também é... — Ela estava se esforçando para não parecer muito idiota. — Muito...

— Arrogante.

— Bem, às vezes, mas também é...

— Exigente.

Anahí arregalou os olhos.

— Ele gosta que as coisas sejam feitas ao seu modo, mas também pode ser...

— Uma cobra.

Anahí ficou boquiaberta.

— Não, não acho que ele seja uma cobra. Ele é segu­ro de si. É um líder. Muito inteligente e...

— Lindo. Todos eles são. — Megan pousou a xícara sobre a mesa. — Não se iluda, Anahí. Eu já trabalhei o suficiente para os Herrera para saber como eles são.

— Você trabalhou para eles como decoradora de in­teriores, mas não os conhece profundamente. Não é a mesma coisa que trabalhar diretamente, dia a dia.

— Oh, trabalhei muito diretamente com eles — retrucou ela. — Não se esqueça do que lhe aconteceu, Anahí. Você é um exemplo vivo do que pode aconte­cer a uma mulher que cede a um homem que só quer usá-la.

— Ele não me usou — disse ela, defendendo-se en­quanto se levantava —, e eu já disse ao Alfonso que nós deveríamos ser apenas bons amigos, na semana passa­da, durante um jantar. Desde então não aconteceu mais nada.

— Quer dizer que as coisas já foram tão longe assim?

— Nem tanto — disse Anahí virando-se para pegar mais café. — Nós só nos beijamos uma vez, em Lon­dres. Isso foi tudo, eu juro.

Megan ergueu a sua xícara para que Anahí a en­chesse.

— Por quê?

— Por que isso foi tudo ou por que nós nos bei­jamos?

— Oh, eu sei muito bem por que vocês se beijaram. Vocês estavam num ambiente muito romântico, sentin­do-se loucamente atraídos um pelo outro, ele sussurrou alguma coisa em seu ouvido e você se derreteu.

Anahí teve de rir.

— Parece que você sabe de tudo.

— Tudo não, mas o suficiente.

Anahí queria muito compartilhar o que havia acon­tecido.

— Nós nos beijamos porque ele me disse que suspei­tava que havia um espião na empresa e eu me insinuei para desviar a atenção deste assunto.

— Um espião? — disse Megan arregalando os olhos. — Não é de admirar que você tenha ficado apavorada.

— Você pode imaginar o que aconteceria se ele des­cobrisse que eu fui suficientemente estúpida para dei­xar que o meu namorado se infiltrasse no computador do meu chefe e roubasse informações importantes, e que eu então fui acusada por isso.

— Você já está lá na Herrera há mais de quatro anos.

— Mas agora existe a Internet. Quanto tempo você acha que alguém precisaria para descobrir na rede os artigos do jornal de Indiana me acusando de ser uma espiã?

— Você foi considerada inocente, Anahí.

— Só eu e você sabemos disso, além do meu anti­go chefe, Megan. Michael confessou a sua culpa numa sala fechada.

— Barry Linch retirou todas as queixas.

— Sim, mas ninguém se importou em notificar a im­prensa.

Megan suspirou, sem ter como negar.

— Barry Lynch ainda está no comando da FiberTech. Por que você não liga para ele e pede que ele interceda por você?

— Eu não quero reviver histórias antigas. Ele ficou embaraçado com a companhia de seguros. — Anahí fe­chou os olhos. — Prefiro deixar isso tudo para trás.