Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

— Eu sei disso — disse Megan estendendo as mãos para a amiga —, e quero que você tenha muito cuidado com Alfonso Herrera.

— Você o conhece, Megan?

— Eu conheci todos eles quando fiz aquele trabalho. Eles têm o gene da traição em seu sangue.

— Traição? — Foi então que Anahí se lembrou do mais recente escândalo familiar. — Acho que você tem razão.

Ela se levantou e começou a arrumar as coisas en­quanto contava as últimas novidades sobre Cassie Sin­clair à amiga. Megan ouviu o relato completamente absorta e então perguntou:

— Quer dizer que essa mulher é a filha ilegítima de John Herrera?

— Parece que sim. E agora ela é dona de 20 por cen­to das ações da Herrera.

Megan ergueu a sobrancelha.

— Pelo menos ele fez algo pela filha.

O tom de voz de Megan fez Anahí se voltar na direção dela, mas a amiga escondeu a sua expressão por trás da xícara de café.

— Está vendo só? Lindos, todos eles, mas não se pode confiar em nenhum. E você tem de poder acre­ditar no homem que ama depois de tudo o que você já passou, Anahí.

A bandeja escorregou das mãos de Anahí, mas ela conseguiu segurá-la a tempo. Amor? Uau!

— Isso não é amor. É apenas uma paixonite patética da minha parte, e desejo da parte dele.

Megan se levantou da cadeira.

— Você acha mesmo? Como é que ele a tem tratado desde que você falou com ele?

— Bem, ele fez uma série de reuniões a portas fecha­das e fez as suas próprias ligações, me dando a impres­são de que estava querendo me evitar, mas para falar a verdade, quando nós ficamos juntos, há uma espécie de eletricidade no ar.

— Verdade? Uma espécie de choque que faz a meta­de inferior do seu corpo virar água e o seu cérebro virar uma geléia?

— Sim — disse Anahí rindo.

— E cada vez que a sua mão passa sobre a dele, casualmente, quando vocês trocam papéis, você treme e fica toda latejando?

— Precisamente.

Megan pegou uns biscoitinhos e meneou a cabeça, com um ar de quem entendia muito daquele assunto.

— E — acrescentou ela — quando ele ri de alguma coisa que você disse, tudo começa a girar, o seu cora­ção flutua e os seus braços ficam dormentes de neces­sidade de tocá-lo?

— Sempre.

— Você está apaixonada — sentenciou ela.

— Não, eu estou é enrascada.

— Dá no mesmo.

A última coisa que Alfonso queria fazer no domingo era jantar com a sua família. Ele não tinha conseguido fazer nada que prestasse desde segunda-feira, a menos que jogar com Anahí Portilla pudesse ser considerado tra­balho. Ele havia plantado três pistas falsas a respeito dos negócios, e nenhuma delas lançaram os Jefferies numa caça desenfreada e equivocada.

Havia tentado também fazer Anahí desistir de seu tom superprofissional, provocado-a com algumas piadinhas e eventuais contatos corporais, mas conseguira muito mais que algumas noites de agitação e uma excitação praticamente permanente.

E isso, pensou ele, tirando o CD de rock do aparelho, era um senhor problema.

Ele estava se interessando nela.

Talvez fosse a sua resistência ao seu óbvio interesse que tanto o excitasse ou quem sabe o fato de ele suspeitar que ela o estava espionando, mas não conseguir pegá-la em flagrante. Podia ser também a lembrança daqueles beijos e a promessa de tanta coisa mais, lá em Londres.

Alfonso se ajeitou no assento do carro, sentido aque­le familiar afluxo de sangue se manifestar novamente.

Qualquer que fosse o motivo, o fato é que Anahí Portilla tinha uma influência enorme sobre ele. Ele podia ten­tar se conter ou racionalizar o quanto quisesse, mas a verdade é que ele ainda a desejava. Muito. Seus dedos correram pela caixa de CD. Se não era rock, nem piano, o que ele queria ouvir, o que seria, então?

Canções da Broadway. A coisa estava feia mesmo. Ele girou o volante para a esquerda e atravessou o por­tão para entrar na mansão. Estacionou atrás do carro de Adam, e se olhou no retrovisor, passando a mão pelo cabelo em desalinho.

— Não se preocupe, você está lindo — disse Brooke, apoiando-se na janela do carona e sorrindo amigavel­mente para ele. — E enlouquecendo as garotas, como sempre.

Ele apertou a mão da irmã.

— Temo que esteja acontecendo justamente o con­trário.

Ela ergueu a sobrancelha, surpresa.