Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

— Não me diga que alguém conseguiu finalmente se infiltrar sob essa sua pele grossa e espessa?

— De jeito nenhum — assegurou-lhe Alfonso, saindo do carro para abraçá-la. — E você? Com quem é que tem andado ultimamente?

O rosto costumeiramente rosado de Brooke empa­lideceu.

— O quê? — disse ela, com um meio sorriso, en­quanto o abraçava. — Você deve ter me confundido com a minha irmã, bem mais social do que eu.

Ele desfez o abraço, mas continuou segurando-a pe­los ombros, olhando-a diretamente nos olhos.

— Você está bem? — perguntou Alfonso, sem intenção de soltá-la. — Stephen me disse que você tinha ficado muito mal depois dessa história de Cassie Sinclair.

Seus olhos ficaram cheios d`água, mas ela impediu que as lágrimas caíssem.

— Está sendo difícil para mim — respondeu ela.

— O que o papai fez foi imperdoável. Fazer-nos saber disso durante a leitura do testamento.

Alfonso seguiu com ela até a grande porta de vidro e madeira da casa de estilo espanhol.

— Sei como você se sente — compadeceu-se Alfonso.

— Furiosa, magoada e desiludida. E nós ainda estamos no período de luto. Não consigo acreditar que nós va­mos entrar nessa casa e ele não vai estar na varanda, admirando a vista e pronto para discutir a semana an­terior de trabalho nos mínimos detalhes, e planejar as futuras estratégias.

Ela ergueu o seu queixo de modo que a luz do sol atingiu a sua covinha em cheio.

— Esse trabalho agora é seu, Alfonso.

— Esse é um fardo e tanto — disse ele, sentindo o peso do patriarcado sobre seus ombros.

— Mas você é forte.

Antes mesmo de chegarem ao último degrau, as por­tas se abriram e Lisette Wilson, a pessoa que realmente cuidava daquela casa, apareceu no seu costumeiro uni­forme branco e azul-marinho que a fazia parecer um pouco mais velha do que os seus 55 anos.

A perda de John Herrera havia marcado muito a governanta, mas Alfonso sabia que existia algo mais preocupando-a.

— Olá, Lisette — cumprimentou-a Alfonso, pousando a mão carinhosamente sobre o seu ombro enquanto ela fazia um meneio de cabeça para ele e beijava Brooke no rosto. — Como você está?

— Eu estou bem, sr. Alfonso, mas não posso dizer o mesmo da sua mãe. Ela começou a beber às 11 horas da manhã.

Ele sentiu sua irmã afundar.

— Oh! Obrigada por nos avisar — disse Brooke. Adam surgiu por trás da governanta com a cara fe­chada.

— Eu estou indo embora. Sinto muito, mas prefiro estar em qualquer outro lugar a ficar aqui ouvindo ela falar de Ava Sinclair.

— Ava quem? — perguntou Brooke. — É esse o nome da mãe de Cassie?

— Sim — respondeu Alfonso. — Brandon Washing­ton andou investigando para mim. A, bem... A amante de papai morreu um mês antes dele.

— E eu por acaso devo ficar triste com isso? — per­guntou Bonita, segurando-se cambaleante numa coluna que marcava a entrada para a espaçosa sala. Ela balan­çou o rosto para tirar uma mecha de cabelo do rosto, deixando ver a maquiagem borrada em torno dos seus olhos. — Vai ver que seu pai ficou com o coração par­tido por causa da morte da sua amante e acabou mor­rendo também.

Alfonso sentiu um aperto no coração. Sua mãe estava falando alto e rudemente.

Lisette foi imediatamente para o lado dela.

— O que acha de eu acompanhá-la lá para cima para se refrescar um pouco enquanto seus filhos não che­gam, sra. Herrera? — disse ela gentilmente, como se estivesse falando com uma criancinha desobediente. — O sr. Stephen deve estar chegando e talvez a d. Brittany venha também. Vamos ter casa cheia esta noite. Eu fiz rosbife.

— Eu não gosto de rosbife — gritou a mãe, mas aceitou ser conduzida, ainda que resmungando.

Adam expirou consternado e disse:

— Eu estou fora.

— Espere — disse Brooke indo atrás dele. — Va­mos, Adam. Nós precisamos manter a família unida.

— Vocês precisam de família — replicou ele. — Eu preciso estar em outro lugar. — Ele abriu a porta para sair e viu Stephen subindo os degraus. Sem dizer uma palavra, Adam passou pelo irmão com Brooke seguindo-o.

— Não vá, Adam, por favor. Ela vai ficar sóbria.

— Sim, o bastante para insultá-la.

— Espere, Adam.

Stephen deu um passo para o lado para deixar seus irmãos passarem e lançou um sorriso divertido para Alfonso.

— Pelo que vejo, esse vai ser mais um daqueles do­mingos no paraíso.

— E eu que deixei de trabalhar para vir aqui. Stephen soltou um risinho e deu um tapinha nos om­bros do irmão.