Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

— Para derrubar uma espiã — lembrou Stephen. — Eu também tenho este programa no meu computador. É sempre uma proteção a mais. Você sabe que isso foi inventado por um detetive particular?

Espionar a mulher cujo único pecado era ter pernas perfeitas não melhorava em nada a sua sensação. Per­nas perfeitas e um sorriso de matar. E um cabelo lindo. E aquele jeito doce de rir. E uma inteligência privile­giada.

— Você está pensando em outra coisa.

Alfonso tomou mais um gole da cerveja que estava lhe parecendo choca. __Eu estou a milhas de distância daqui.

— Ei, se ela for mesmo uma espiã, essa vai ser a sua jogada mais esperta. Você vai se tornar um herói por conseguir pegá-la.

Alfonso, porém, se sentia mais como um vilão. Havia mantido Anahí por perto o dia todo, tinha lhe passado informações erradas para ver se ela ia repassá-las à concorrência, e durante todo esse tempo, cada vez que ela se movia, respirava, ou olhava para ele com todo aquele indisfarçável desejo em seus olhos, ele tinha que lutar com todas as suas forças para não tomá-la em seus braços e asfixiá-la com seus beijos.

— E se outra pessoa tiver acesso ao meu computador sem ser Anahí? — disse ele. — E se ela for acusada por uma coisa que não fez?

— Quais são as chances de isso realmente aconte­cer? — perguntou Stephen.

— Poucas. Nenhuma.

— Relaxe. Aí vem Brittany. Vamos torturá-la um pouco.

Alfonso, porém, não estava disposto a provocar a irmã. Deixou os dois falando sozinhos e se pôs a admirar o horizonte.

Uma linda modelo de cabelos ruivos passou por ele e lhe lançou um sorriso insinuante, mas ele só olhou através dela, pensando numa única mulher. Pouco de­pois, Brittany o apresentou à sua mais nova garçonete, Tiffany, e ele mal notou o seu belo colo, por isso ela se voltou para Stephen. Nem mesmo a chegada de duas lindas líderes de torcida do Miami Heat atraiu a sua atenção.

Brittany lhe trouxe outra cerveja.

— A primeira acabou esquentando — disse ela ao pegar a tulipa praticamente intocada. — Se eu não sou­besse que você é um senhor do universo arrogante, di­ria que você está sofrendo de amor esta noite.

Alfonso desviou os olhos do mar para olhar para a irmã.

— Eu não estou sofrendo de amor, Britt. Ela riu.

— Nenhuma objeção quanto ao fato de eu tê-lo cha­mado de arrogante, pelo que vejo. Qual é o problema então?

Ele engoliu a respostinha malcriada que costumava dar à irmã e disse:

— Negócios, é claro.

— É claro — repetiu ela. — Nunca se trata de nada além disso com você, não é?

— O que você está querendo dizer? — perguntou ele.

Brittany deu de ombros.

— Só me pergunto se existe um coração nesse seu peito largo, ou se é só uma calculadora.

Era essa a imagem que ele passava? Para ela? Para todos? Para Anahí? Aquele pensamento fez o seu peito doer. Um freguês chamou Brittany e ela se levantou, apertando o ombro do irmão.

— É uma pena você ser assim tão mecânico, Alfonso. Se você relaxasse um pouquinho, eu gostaria bem mais de você.

Ele ergueu o olhar, pronto para lembrar à sua irmã que ela tinha o direito de ser desmiolada porque era a caçula, enquanto ele, por outro lado, tinha o peso dos Herrera sobre os seus ombros de primogénito, mas ela já havia ido embora e Stephen estava flertando.

— Chega!

— Onde é que você vai? — perguntou Stephen ao ver o irmão se levantar.

— Vou embora — disse ele vagamente.

Stephen franziu a testa.

— Você mudou de ideia?

Alfonso abriu a boca para discutir, mas acabou apenas erguendo a mão na direção de Stephen.

— Eu vou cuidar disso do meu jeito — e foi embora.

Se ela era a espiã, ele a pegaria no ato. Nada de se­guir as teclas. Ele ia até lá e a pegaria em flagrante antes que ela pudesse fechar qualquer arquivo que estivesse roubando.

Ele a despediria e ela iria embora sem chances para desculpas.

Essa história de pegá-la com o programa simples­mente não combinava com o seu estilo.