Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

— Olhe, sei que você não vai gostar de ouvir isso — disse Megan —, mas ele é só mais um.

— Não é não. Gosto dele de verdade. Não teria dor­mido com ele se não fosse assim. Você sabe que não tive mais ninguém desde que Michael...

— Ele é só mais um canalha.

— Alfonso não é o que ele aparenta, Megan. Ele tam­bém tem um lado vulnerável.

Megan ergueu a sobrancelha advertindo a amiga.

— Assim como você, Anahí. — Depois olhou o relógio, preocupada: — Oh, não. Tenho que chegar à minha reunião daqui a doze minutos.

— Pode deixar o almoço por minha conta. E obriga­da por me ouvir.

Megan já estava de pé com a bolsa a tiracolo.

— Obrigada, Anahí, e boa sorte com a sua investiga­ção secreta, embora ainda ache que você devia abando­nar essa canoa furada. Tchau! — disse ela, mandando um beijo para a amiga.

Ao procurar o garçom, Anahí bateu os olhos num gru­po de pedestres do outro lado da calçada entre os quais ela pôde reconhecer Stephen Herrera. Ele atravessou a rua com confiança e determinação falando ao celular. Quando fechou o aparelho seus olhares finalmente se cruzaram.

Ela o cumprimentou com um meneio de cabeça.

— Pelo que vejo, a reunião já terminou — disse ela quando ele se aproximou.

— Sim — disse ele, vendo o sanduíche pela metade do outro lado da mesa. — Estava almoçando com al­gum funcionário da Herrera, srta. Portilla?

Ela engoliu em seco ao ouvir aquele indefectível tom de suspeita em sua voz. O mesmo tom que ela ouviria na voz de Alfonso quando ela lhe contasse o que havia acontecido em Indiana. Ela pensou em se defender e dizer que estava com Megan, de quem ele talvez se lembrasse da época em que ela prestou serviços para a Rede Herrera, mas ela apenas deu de ombros. Ia guar­dar os seus argumentos para o irmão que realmente lhe importava convencer.

— Não era ninguém do trabalho — disse ela.

— E onde ele está? — perguntou Stephen, olhando ao redor.

Anahí se ajeitou na cadeira.

— Ela acaba de sair.

— Ah, entendo — disse ele com um sorriso amarelo. — É melhor eu ir também. Até logo.

—Até logo — disse ela, vendo-o se afastar e se dan­do conta do quanto ele se parecia com o irmão, aquele com quem ela havia passado a noite anterior e o qual não queria perder.

Será que ela deveria mesmo cair fora ou reivindicar a sua inocência. Ela não tinha nada a perder, a não ser Alfonso.

Seu celular tocou, mostrando o número da empresa.

— Alô?

— Aqui é Sheila McKay.

— Alguma coisa errada?

— Eu é que pergunto. O sr. Herrera saiu daqui bu­fando assim que acabou a reunião, dizendo que tinha um compromisso.

Ela tentou visualizar a sua agenda do dia, mas não conseguia se lembrar de nenhum compromisso para a tarde.

— Certo. E ele está precisando de mim?

— Não de dia, pelo menos — disse Sheila, cheia de segundas intenções. — Mas ele me pediu para lhe dizer que a encontraria às sete horas no Herrera Grand.

Seu coração deu um salto.

— Está bem. Sheila riu.

— Não importa o que você tenha lhe dito, deve ter funcionado, querida.

— Tenho certeza de que ele só quer falar de negócios — disse Anahí, no seu melhor tom profissional.

— Claro, no salão de jantar privado que acabei de reservar.

— Quer dizer que ele não vai mais voltar esta tarde?

— Creio que não.

— Está bem, então. Obrigada.

Ela tinha uma chance de fazer Alfonso acreditar e confiar nela. Será que ela conseguiria descobrir alguma coisa numa única tarde?

Alfonso caminhava de um lado para o outro esperando para ser atendido por Ace Martin, o detetive particular.

O escritório tinha um aspecto elegante e a recep­cionista parecia respeitável, com alguns funcionários suficientemente bem vestidos para que Alfonso pudesse concluir que a firma ia bem.

A ligação urgente de Ace, ocorrida pouco depois de Alfonso tê-lo encarregado de investigar Anahí Portilla, o havia deixado preocupado.

— Desculpe-me por tê-lo feito esperar — disse Ace, entrando na sala com as mãos repletas de papéis. — Fico feliz que você tenha vindo. Eu não queria le­var isso tudo até o seu escritório. Não com o criminoso bem ali.

Alfonso sentiu um nó no estômago.

— Quer dizer então que você tem más notícias sobre Anahí, não é?

A expressão de Ace ficou tensa ao se sentar diante de Alfonso.

— Eu temo que sim.