Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

Foi nesse momento que ela se virou. O impacto da­quele lindo rosto cuidadosamente maquiado e a inten­sidade de seus olhos verdes nocautearam o coração de Alfonso no ato. Seu cabelo escuro caía em cascatas so­bre seus ombros nus, contrastando com o seu vestido branco. Um vestido que lhe cobria o corpo como uma segunda pele e que terminava na altura das coxas, exi­bindo aquelas pernas espetaculares.

O PDA caiu sobre a mesa. Stephen se reclinou e riu.

— Vai ser divertido.

— Você não precisa ficar aqui, Stephen — disse Alfonso entre os dentes.

-— Ela é nossa inimiga — disse Stephen. — Você precisa de retaguarda.

— Não preciso de nada.

Ela caminhava como uma gata selvagem, com seus olhos fixos nos dele e uma expressão que não deixava dúvidas de que sua chegada não era mera coincidência. Aquela mulher estava numa missão.

A multidão se abriu para deixá-la passar e a tensão de Alfonso foi aumentando a cada passo que ela dava. Um fogo o consumia por dentro só de olhar para ela.

Ela se deteve ao chegar à mesa deles, sem esboçar sequer um sorriso ameaçador. Alfonso não conseguiu se conter e olhou-a de cima a baixo.

Colocando a mão no quadril, ela ergueu o queixo como se soubesse exatamente o quanto estava incrí­vel.

— O que é que você está fazendo aqui? — perguntou Stephen. — Espionando?

— Stephen — disse Alfonso, com a atenção ainda pre­sa em Anahí. — Eu cuido disso.

— Não — disse ela, com a voz baixa. — Eu cuido disso.

Pousou então a ponta dos dedos na mesa e se incli­nou, o suficiente para guiar os olhos de Alfonso até o seu decote avantajado.

Ela não estava usando sutiã.

A garganta de Alfonso ficou seca. Ele pigarreou e ten­tou se impor a ela com um olhar poderoso, mas foi em vão. A verdade é que ele estava mais excitado e rijo do que a mesa que os separava.

Droga!

— Sr. Herrera — disse ela, pronunciando com des­prezo o seu nome —, nós ainda não terminamos a nos­sa conversa.

Stephen começou a dizer alguma coisa, mas Alfonso ergueu a mão para detê-lo.

— Deixe que ela termine ou saia daqui.

Stephen não se mexeu, Anahí respirou fundo e olhou para Alfonso.

— Não sou a espiã que você está procurando, e não me importo se você acredita em mim ou não, porque muito em breve, quem quer que seja o espião, e eu esta­va tentando descobrir quando você me acusou hoje, vai agir novamente e você vai se dar conta de que cometeu um erro.

— Estou disposto a correr este risco.

— Sei que está. Mas não é por isso que estou aqui. O autocontrole de Alfonso vacilou um pouco, bem como o seu olhar.

— Então por que é que você está aqui?

Para provar que podia reduzi-lo a um adolescente enlouquecido por sexo?

— Para lhe dizer que há quatro anos, fui usada por um homem muito parecido com você. Ele era meu na­morado. Exalava poder e controle sobre todo mundo.

Na verdade, não era bem assim que ele estava se sentindo no momento, mas sim enfeitiçado por aquela mulher fria e segura à sua frente.

— Eu tinha algo que ele queria, e que ele conseguiu tomar de mim.

— E o que era? Ela sorriu.

— A minha senha. Ele a roubou, acessou o computa­dor do meu chefe e deixou um rastro que conduziu diretamente a mim. Ele não veio em meu auxílio quando fui acusada do crime. Não me ajudou quando os jornais publicaram a matéria. Não me apoiou quando fui demi­tida. Quando a verdade finalmente veio à tona, o mal já estava feito.

— E por que é que o meu detetive particular não sabe disso?

— Porque a queixa foi retirada e o assunto não in­teressou mais aos jornais. Eu estava muito assustada e fugi sem sequer me preocupar em limpar o meu nome.

— E conseguiu um trabalho sob falsas alegações. — Esforçou-se para fazer sua voz parecer firme, mas estava completamente traído pelo poder de Anahí sobre os seus sentidos.

— Consegui um trabalho em uma empresa onde passei os quatro anos seguintes sendo uma funcionária exemplar — retrucou ela. — E foi então que cometi um enorme erro.

— Além de acessar o meu computador?

— Confiei em você. Acreditei que havia um coração de verdade batendo nesta caixa de aço. Acreditei que havia um homem de verdade neste corpo escultural. Achei que se fosse colocado contra a parede, talvez, apenas talvez, você pudesse colocar algo ou alguém na frente da sua preciosa, lucrativa e todo-poderosa empresa.

Ele tentou respirar, mas não conseguiu.

— Você pensou errado — disse Alfonso, odiando cada palavra proferida.

Que outra coisa ele poderia fazer? Seu irmão estava bem ali, ao seu lado, além da metade da população de Miami. Ele não podia simplesmente se levantar, passar os braços em torno dela e dizer que ela estava certa.

Ainda que fosse exatamente isso o que ele quisesse fazer.

Ela se empertigou e cruzou os braços, parecendo ainda mais poderosa e sexy.

— Não vou mais esconder esses fatos no meu próxi­mo emprego. Não tenho nada do que me envergonhar. Já você... — Ela arqueou as sobrancelhas e explicitou a piedade, o desprezo e o nojo que sentia por ele com apenas um movimento. — Adeus, sr. Herrera.

Ela se virou e foi embora, dançando ao ritmo do ba­timento cardíaco de Alfonso. Ao seu lado, Stephen bebia.

— Você acha que ela está mentindo?

Seu PDA tocou. Sem tirar os olhos da segunda pele branca que subia as escadas, ele atendeu.

Quem será que está ligando pra ele? Amanhã tem mais