Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

— Sim?

— Sr. Herrera, meu nome é Barry Lynch. Sou o diretor-geral da FiberTech de Indianápolis.

Alfonso franziu a testa olhando para Stephen, enquan­to processava o que havia acabado de ouvir.

— Pode falar — respondeu ele.

— Fui contatado por um detetive particular e acho que não vou conseguir dormir se não falar com o se­nhor ainda hoje.

— O que foi?

Ele se recostou, fechou os olhos e ouviu tudo o que o homem tinha a dizer. Quando terminou, ele fechou o aparelho, olhou para o irmão e disse:

— Ela não estava mentindo e acabei de perder a me­lhor mulher que já tive na vida.

Ele colocou a cabeça entre as mãos e maldisse a vida baixinho.

— Eu não quero perdê-la.

Stephen deu de ombros.

— Você vai ter que rastejar, pedir perdão, gastar di­nheiro. Isso ou abraçar o celibato.

— Estou falando sério. Eu tenho... — Que dizer a ela o que ela significa para mim. — Tenho que fazer alguma coisa.

— Odeio ter de lhe dizer isso, Alfonso, mas acho que aquela mulher nunca mais vai falar com você.

Alfonso pegou o PDA e se ergueu, já com um plano na cabeça.

— Como é que você sabe?

— Experiência própria.

Anahí entrou no escritório às escuras, sem fazer um único barulho. Seu corpo ainda latejava por conta do confronto com Alfonso.

Não que a cena no Estate pudesse realmente ser clas­sificada como tal. Isso implicaria em uma disputa entre dois lados, e ela realmente havia sido a dona da situa­ção.

Anahí desligou o alarme do escritório e tirou as san­dálias de salto alto que a estavam torturando.

Olhou então para a mesa perfeitamente arrumada de Sheila. Ela certamente não perderia tempo para espalhar os boatos sobre a saída abrupta da assistente/namorada do seu chefe, mas isso não importava mais agora.

Ela tinha adorado ver aquele misto de desejo e tris­teza nos olhos castanhos de Alfonso. Aquilo, sim, tinha sido muito bom. Ao chegar à sua mesa, ela se deteve. Não tivera a intenção de magoá-lo. Tudo pelo que an­siava era fazer a verdade vir à tona. Só não esperava que o seu coração ficasse novamente em frangalhos e seu corpo consumido por aquele louco desejo.

Com um suspiro, ela se sentou e abriu a gaveta de cima. Ela tinha alguns itens pessoais, fotografias da sua família em Indiana, bijuterias e alguns prendedores de cabelo.

O romance de suspense que costumava ler na hora de almoço ainda estava na gaveta de baixo, junto com alguns arquivos pessoais. Ela olhou ao redor à procura de uma caixa ou uma sacola em que pudesse guardar seus pertences, mas não encontrou nada. Quem sabe na cozinha dos executivos?

Lá, acendeu a luz e encontrou uma pequena vasilha de plástico que Mário usava para distribuir o correio. Ela a pegou, desligou a luz com seu cotovelo e voltou para a sua mesa.

E congelou ao ver Alfonso Herrera balançando as suas sandálias no dedo.

— Você deixou isso cair, Cinderela.

— Elas machucam.

— Eu sei. Quase me mataram.

Ela se recusou a reagir ao elogio.

— O chuveiro fica nos fundos, Alfonso. O registro da direita é o da água fria. Eu só estou levando objetos pessoais. Fique à vontade para checar todos os itens ou chamar a segurança para me acompanhar.

Ele estendeu a mão para segurar a dela, mas ela o evitou violentamente.

— Anahí, sinto muito.

— É tarde demais, Alfonso.

— Estou falando sério. Eu sinto muito mesmo.

— Posso imaginar o quanto lhe dói ter de reconhecer isso. Mas se é perdão o que você quer, veio à pessoa errada.

— Você vai ficar?

Ela quase engasgou com uma risada sarcástica.

— Não.

— Você vai ficar na empresa?

— Não.

— Você vai ficar em Miami?

— Não.

Ele suspirou e aquele som triste ecoou por todo o escritório.

— Você poderia se afastar para que eu possa ir até a... minha mesa. Quero acabar o que eu estava fazendo e sair daqui.

— Se você ficasse, teríamos uma chance.

— Chance de quê, Alfonso? De fazer um sexo selva­gem?

Seus lábios se curvaram num meio sorriso.

— Você faz isso parecer tão ruim.

Ela bateu no braço dele para tirá-lo do caminho. Foi seu erro. Num movimento rápido, ele a segurou com sua mão grande.

— Por favor, Anahí. Ela fechou os olhos.

— Certo, você está perdoado. Agora saia da frente. Quero ir embora daqui.

— Não acredito em você.

— Este parece ser o nosso problema.

Ele a puxou para mais perto, a ponto de ela poder sentir o cheiro de sua loção após barba. Perto o sufi­ciente para ver os pêlos de sua barba cerrada e imaginar como seria senti-los contra o seu rosto. Perto demais, na verdade.

— Anahí, nós podemos consertar tudo. Sei que co­meti um engano ao pensar o pior de você.

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