Fanfic: Prazer Total - Adaptada Anahí y Alfonso TERMINADA | Tema: AyA

Ela se pôs a ouvir as mensagens. Dezessete recados para Alfonso.

Dezessete? O que estava acontecendo?

Ao receber a mensagem de número cinco, porém, ela já havia compreendido que algo muito sério ocorrera na reunião da manhã. Os diversos irmãos de Alfonso e seus advogados não forneceram detalhes muito preci­sos, mas o tom de voz de cada um, acrescido de algu­mas pistas como "o que dizia aquele testamento", dava a entender que o caso era grave.

A porta da sala de Alfonso permanecera fechada desde o momento em que ela havia feito o seu melhor para atravessá-la com alguma dignidade, sabendo que ele a estava olhando e que ele havia acabado de ver tudo o que ela vinha tentando esconder até então. Desde que chegara à Rede Herrera de Hotéis, quatro anos atrás, Anahí tinha feito de tudo para não chamar a atenção de ninguém e fazer um bom trabalho.

Ela foi tão bem-sucedida em seu intento que acabou conseguido a promoção de seus sonhos, passando do Departamento de Recursos Humanos para a função de assistente administrativa de Alfonso Herrera. Pensando bem, talvez ela devesse ter recusado o cargo, conside­rando o seu passado.

Mas ela não pôde resistir à possibilidade de subir de cargo, ganhar mais e obter os benefícios da nova posi­ção. Além do mais, ela já havia passado quatro longos anos escondida no subsolo e o passado, a esta altura, já havia ficado para trás.

Ela, porém, não abrira mão do seu estilo mais recatado.

Até alguns minutos atrás, quando ela fora tudo, me­nos recatada. Alfonso, na verdade, a havia visto quase nua.

Anahí fechou os olhos mais uma vez, sentindo uma nova onda de calor se aproximar. Tentou ignorá-la com todas as suas forças enquanto anotava as ligações. Não, definitivamente não se tratava de embaraço, nem era uma resposta feminina à apreciação de Alfonso pelo seu corpo quase nu. A onda de calor que se apoderava dela, apesar do ar condicionado, era fruto do mais puro terror.

A única coisa que ela queria daquele trabalho, da­quela cidade, daquela vida, era paz e anonimato. Ela não queria chamar a atenção de ninguém — nem dos homens nem da mídia. Não queria saber de relaciona­mentos com seus chefes ou os sócios deles. Não queria saber de problemas. Nunca. E, no entanto, era exata­mente o que ela havia acabado de provocar!

Anahí terminou de anotar os recados, tentando se acalmar com a ideia de que, o que quer que estivesse ocorrendo na vida dele, era certamente suficientemente grave para desviar a sua atenção de Alfonso dela.

A comunicação interna soou.

— Sim, sr. Herrera?

— Eu preciso de você.

Ela sentiu o coração acelerar.

— Já estou indo, sr. Herrera.

— Anahí, eu acho — disse ele, com a voz baixa o suficiente para fezê-la agarrar o fone com mais força e apertá-lo ainda mais contra o ouvido — que você pode me chamar de Alfonso agora.

Agora que eu a vi em trajes mínimos. Seu coração deu um salto.

— Certamente, senhor... Alfonso. — Ele ainda estava rindo quando ela desligou o telefone.

Vamos lá, Anna, sussurrou para si, pegando a agenda e a caneta. Alfonso não lhe parecia o tipo de homem que gostava de provocar e torturar mulheres, ou que iria su­por que só porque ele a havia visto quase nua poderia se engraçar com ela.

Anahí se ergueu e ficou surpresa ao perceber o quanto aquele pensamento a havia deixado com as pernas bam­bas. Ora, vamos! E daí se ela havia visto um lado forte de um homem que ela achava atraente? Tudo bem, ma­ravilhoso. Está bem, um verdadeiro pecado ambulante! Ela, contudo, continuava sendo a sua assistente e sabia, de cor e salteado, que casos amorosos no am­biente de trabalho eram apenas para quem gostava de viver trocando de emprego. Além disso, Alfonso tinha em seu poder uma agenda com os celulares particula­res das maiores modelos, debutantes e executivas de Miami, enquanto ela não passava de uma simples funcionária da empresa que ele dirigia. E ponto final. Fim da fantasia. Ela bateu na porta e entrou. Sempre agia assim, mas esta manhã, algo a estava fazendo se sentir como uma intrusa. Alfonso estava de pé, na janela, com o telefone sem fio colado ao ouvido, admirando a vista, embora, na opinião de Anahí, ao menos, o que havia de mais belo para se apreciar estivesse mesmo lá dentro. Alfonso havia tirado o paletó, revelando a camisa branca bem cortada, que cobria seus músculos torneados, e en­fiada para dentro das calças escuras, feitas sob medida, moldando perfeitamente o seu adorável traseiro.

Aquele homem era um verdadeiro deus!

Ele se virou e ela desviou o olhar antes de ser pega em flagrante reverenciando seus atributos.