Fanfic: Fame! - Justin Bieber | Tema: Justin Bieber, Fama, Romance
Justin’s P.O.V
“Acredite, o túnel pode acabar. Acredite que seu corpo pode se recuperar. Eu sei que você pode conseguir porque eu acredito em você. Então levante e vamos à luta.”
Meu corpo clamava para sentir o prazer proporcionado pela droga, o Twist tinha ido busca-la e até então não havia voltado, minha raiva transbordava pelo meu olhar, minhas pupilas se dilataram imediatamente quando vi o mesmo se aproximar com as minhas preciosidades.
Cocaína. A minha tão preciosa cocaína, me proporcionava um prazer de posse, de superioridade, no momento em que eu a inalava em meu singelo camarote eu pude me sentir a pessoa mais influente daquele local. Justin Bieber sentia-se o todo poderoso neste momento.
Eu não quero ver ninguém, eu apenas quero inalar tudo o que eu puder dessa cocaína que permanecia em minhas mãos, a fitei por alguns instantes e coloquei-as em cima de uma mesa de vidro que estava por perto, montei as carreiras do pó da mesma e peguei um canudo próximo de mim, inalando-a com toda a vontade que meu corpo pedia.
Fiz isso com todas as três carreiras de pó e meu corpo relaxava no mesmo momento, um sorriso maroto surgiu em meu rosto transbordando prazer, meu subconsciente gritava pedindo mais, mas eu não podia exagerar. Meu organismo nunca foi acostumado a receber tanta droga em poucos minutos.
Aos poucos o prazer que percorria cada milímetro do meu corpo ia se esvaindo como areia caindo de minha mão, o desespero começava a aparecer, o medo novamente percorria pelo meu sangue e o meu olhar já não era mais de prazer, era de desprezo, não de ninguém, mas de mim mesmo.
Eu queria morrer.
Me autodestrui de uma forma tão sórdida e suja, eu me odiava naquele momento, acabei não só com a minha própria vida, mas com a vida de todos aqueles que se importavam comigo. Me deixei levar pela fama e pelo poder.
E nos últimos meses quis mais, mais do que tudo aquilo que já tive um dia. E hoje eu nem sei mais o que é ter algo, dinheiro? Dinheiro eu tenho de sobra, mas eu não tenho quem me apoie, quem me ajude ou quem venha aqui e me dê um abraço dizendo que tudo ficaria bem.
"Não se preocupe, porque tudo vai ficar bem..."
Era o que eu sempre diria aos outros.
A raiva me consumia, joguei tudo o que via, quebrei a mesa de vidro que estava posta em minha frente, os cacos de vidros era tudo que se encontrava ao meu redor. Eu estava transtornado. Precisava focar toda aquela raiva em algo, porque se fosse alguém... O fim não seria agradável à ninguém.
- Justin, cara, se controla. Olha a merda que você está fazendo. – Twist agarrou meus braços imprensando-me contra a parede daquele camarote que parecia como eu estava neste momento, quebrado.
- Some da minha frente ou eu acabo com a sua raça. – disse ríspido.
- Ah, então a princesa vai dar uma de rebelde para querer chamar atenção? – ele debochou irritando-me ainda mais.
- Sai da minha frente, agora! – gritei.
- Ok, mas me aguarde. – ele saiu mexendo no celular dele, como ele podia ser tão calmo? Será que ninguém percebe que eu não estou chamando atenção intencionalmente? Eu apenas quero liberar toda essa fúria que corre pelo meu sangue. Quero me libertar de tudo que é ruim na minha vida.
As lágrimas acumulavam-se no fundo dos meus olhos aclamadores, ninguém mais circulava perto do camarote, talvez, por medo mim. Eu não tiraria a razão de ninguém, porque eu sentia o mesmo agora.
[...]
- Justin, cara, o que aconteceu aqui? – aquela voz me soava familiar, levantei meu rosto e olhei a face preocupada de Ryan, meu amigo. Talvez o Twist tivesse ligado para ele.
- O que você está fazendo aqui? – tentei fazer com que minha voz saísse forte e ela saiu como um sussurro. Eu precisava de ajuda, mas não hoje, não agora.
- Eu vim te ajudar, olha o seu estado. Olha essa mão Justin Drew Bieber! – exclamou. Até então eu não tinha percebido o corte que eu havia feito nela, sorri pelo nariz, chorando novamente. – Vem comigo, vamos para casa. – eu não pude nem se quer responder, Ryan me deu suporte para que eu pudesse levantar e guiando-me até o seu carro. – O Twist depois leva o seu carro. – assenti.
- Obrigado cara. – ele sorriu de canto e colocou a mão em meu braço. – De verdade, eu estou sendo a pior pessoa desse mundo e você foi o único que veio me ajudar, ou pelo menos tentar. – sorri calmo.
- Eu não sou o único, tem muita gente querendo te ajudar, mas você simplesmente se afastou. Começou a agir dessa maneira degradante. Você não é assim Justin, você é forte, guerreiro, tem as pessoas certas ao seu lado, mas de uma hora para outra decidiu virar essa pessoa monstruosa.
- Autodestruição. – o interrompi. – Essa palavra vem gritando no meu subconsciente não é de hoje Ryan. Eu estou com medo do que possa acontecer daqui a alguns minutos, tenho medo de ficar só, eu já estou só. – enxuguei algumas lágrimas que insistiam em cair, com a costa da minha mão.
- Ei não fala assim. – Ryan me abraçou, um abraço reconfortante, que eu esperei há meses receber, não era falso, jamais. Era só o abraço sincero de um irmão. – Você é meu irmão, eu vou cuidar de você sempre.
- Obrigado!
Fomos o caminho inteiro conversando sobre assuntos aleatórios e gargalhei muito, talvez eu estivesse precisando de umas boas gargalhadas para relaxar meu corpo e minha mente sem que fosse com a droga. Ryan dirigia a quilômetros por hora deixando os resquícios das imagens das ruas transparecerem no vidro do carro.
Poucas horas depois do acontecido eu já estava em casa, Ryan me empurrou para o banho e me esperou no quarto. Aquilo era ridiculamente engraçado.
- Obrigado Ryan, mas acho que você já pode ir. Eu não irei fazer nada, prometo.
- Antes eu preciso conversar com você. – ele me olhou sério e sentei-me na borda da cama – Vamos direto ao assunto. – continuou pairando seu olhos em mim – Eu acho que você deveria voltar a compor...
- Ryan... – o interrompi –
- Calma Justin, você compõe de uma forma única, você inspira tanta gente, não faça isso por mim, faça apenas por você. Coloque tudo o que você está sentindo no papel, crie, inove, seja você.
- Ryan eu não sei se isso é o certo. – abaixei minha cabeça atordoado – Eu não consigo mais compor. – uma lágrima insistiu em sair, mas eu precisava me controlar, respirei fundo e o fitei. – Eu não sou mais o mesmo, acho que você já deve ter percebido isso.
- Já percebi, mas é isso Justin. Exatamente isso, coloca toda a sua dor no papel, componha, deixa o seu talento voltar de novo. Você não acabou totalmente com a sua carreira, eu garanto.
- Como assim? Todos sabem que Justin Bieber, o astro pop mais famoso e odiado, acabou.
- Você que pensa. – ela saiu com um sorriso no rosto deixando-me confuso.
O que será que ele quis dizer com “Você não acabou totalmente com a sua carreira, eu garanto.”- pensei. Talvez ele que estive enganado.
Não eu. Ou não?
Autor(a): sttardancs
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).