Fanfic: Apenas melhores amigos... (Adaptada Vondy) | Tema: Vondy

Dul`s P.O.V.

Você acha que fugir é a melhor coisa? - ele perguntou de novo. 
- Tá, agora você tá querendo me aproximar do Pablo pra...? 
- Não é isso, Dulce. Se você não lembra, nós todos somos amigos acima de tudo, hoje você pode até fugir, mas e depois quando nos reunirmos, só nós sete? Ou oito, dependendo se o Christian tiver alguém, mas você entendeu. - engraçado que ele não pensou nisso na hora de me cortar do círculo social dele. 
Temporariamente, mas foi. 
- Amores, a Bel está pedindo pra vocês irem até a sala de jantar, a comida vai ser servida. - a mãe da Bel falou, sorrindo com aquela cara de plástica dela. 
Não é que eu não vá com a cara dela, mas ela é uma pessoa muito inconveniente quando quer. E acredite, ela sempre quer. 
Chegamos à sala de jantar e as pessoas estavam espalhadas pela mesa. Eu sentei ao lado da Anahí e Christopher ao meu lado. E o que eu fiz a noite inteira foi em vão, porque Pablo estava bem a minha frente. Sorte que a mesa era grande e nossas pernas nunca que se tocariam. Ele me olhou, acenando com a cabeça e eu também acenei com a mesma e logo virei pra Anahí, perguntando o que tinha pra comer. 
- Antes de começar a comer, eu quero falar umas coisas. - todas as pessoas da mesa se viraram pra Bel, parada na ponta dela. Olhei pra Christopher que deu de ombros e voltou a atenção pra Bel. - Como vocês sabem, a ideia inicial desse jantar era pra comemorar os seis anos de namoro com o Pablo e era pra ser surpresa, mas esse espertinho - ela colocou a mão sobre a dele - descobriu tudo! - algumas pessoas deram risadas e Pablo sorriu sem graça. - Mas tudo bem, resolvi aproveitar que segunda é meu aniversario e vamos comemorar tudo junto! - o pai dela gritou um uhul e mais risos. – Obrigada, papai. Bom, eu queria agradecer a todos que vieram, aos meus amigos, - ela olhou em nossa direção - meus familiares e agradecer ao Pablo por ter entrado na minha vida. Foram os melhores seis anos que já passei, apesar das brigas, mas acho que isso é normal, né? Obrigada por ser muito além de apenas um namorado, ou melhor, noivo! - ela apontou pra aliança em seu dedo - E bom, já que já chegamos até aqui, tenho certeza que merecemos oficializar tudo, não é? 
Outch. 
- Você me pediu em noivado, mas até hoje não marcou a data do casamento! - ela colocou as mãos na cintura e as pessoas começaram a rir. Olhei pra Pablo e não consegui definir a expressão que ele tinha. - Não vou me ajoelhar na sua frente, nem começar a criar ideias mirabolantes de igreja, vestido, madrinhas. Isso não é a nossa cara, nunca foi. Mas acho que ser casada no papel e tudo é algo que sempre merecemos. - ela sorriu de lado e Pablo levantou a abraçando. Ele sussurrou algo em seu ouvido e logo deram um selinho. Os pais dela, a irmã e a mãe dele começaram a gritar `discurso, discurso` e a bater palmas. 
Tentei não olhar aquela cena que estava fluindo paixão e olhei pra Christopher, que me olhou de lado como se ele tivesse se desculpando por eu ter que ver aquilo e voltou a prestar a atenção. 
E o prêmio de pessoa mais patética, idiota e ingênua vai para... Dulce Maria! Claro, a espertinha que nunca achou que fosse presenciar aquilo. 
- Eu não tenho nenhum discurso a fazer, ainda mais depois disso. - ele abraçou Bel de lado. Até aquele momento eu não sabia mais o que tava sentindo. Acho que raiva, inveja, tristeza e confesso, felicidade por eles. 
É, eu sou patética mesmo! 
- Mas sabe, vou pensar mais uns seis anos pra aceitar o seu pedido. - ele falou sério e Bel deu um tapa no braço dele. 
- Quem disse que eu fiz um pedido? - ela riu e o abraçou de novo. - Ah, também esqueci de agradecer a Anahí, já que ela me incentivou e me encorajou a fazer isso. 
Agora tudo o que eu estava sentindo se transformou em vontade de matar aquele ser ao meu lado. 
Anahí sorriu, piscou e acenou com a cabeça. Logo começou uma barulheira, pessoas falando, parabenizando, batendo palma. As pessoas se levantaram e só eu fiquei ali, sentada igual uma idiota. 
Joguei a guardanapo que estava no meu colo em cima da mesa e saí. Quem iria reparar a minha ausência?