Eugenio entrou sem saber o que tinha acontecido. Mas esperava uma clara explicação vinda de Maite. Ela estava sentada no sofá, morrendo de vergonha pelo que ele acabara de presenciar.
— O que foi isso, Maite? — Eugenio perguntou, se aproximou e passou a mão no rosto de Maite.
— Será que dá para esquecermos isso?
— Não. Além se sócio eu quero ser seu amigo. Quem era ele?
— Um infeliz. — disse com ódio.
— E o que aconteceu?
— Deixa isso pra lá. — ela pediu e olhou para ele. — Precisamos conversar seriamente.
— Estou ouvindo.
— Minha vida, tomou um rumo diferente de tudo o que eu planejei. Não sei se você ainda vai me querer como sua sócia, sabe. Mas, se não quiser, eu vou entender perfeitamente.
— O que está dizendo? — a preocupação com Maite veio. Ele chegou a pensar que ela poderia estar doente.
— Eugênio, me perdoe por ter estragado tudo. Mas estou grávida.
A notícia se repetiu diversas vezes no ouvido do Eugenio. Ele realmente não esperava, mas as coisas acontecem de surpresa nas nossas vidas. O pobre bebê não tinha culpa de nada, e essa culpa também não cairia sobre Maite. Ele via garra nela, vontade de por aquilo que por tanto tempo se dedicou em prática. Nada mais certo, ele estaria ganhando e ganhando mais com ela alí, e ganhando junto com ela. Poderia seguir o que seu pai tanto lutou para levantar.
— Que maravilha, Maite! — deu um pequeno abraço. — Parabéns.
Maite sorriu um pouco sem jeito, não esperava que essa fosse a reação dele.
— Não está bravo, nem desapontado? Ou algo assim...
— Não. — riu. — É maravilhoso ter um filho, não acha?
Ela hesitou por uns segundos e passou a mão na barriga que até agora não apresentava nenhum volume.
— É, é maravilhoso. — suspirou.
— Aposto como o pai está tão feliz quanto você.
Maite sentiu seu rosto esquentar. Provavelmente ela estaria corando com essa frase errada, num momento errado.
— Disse algo errado? — ele perguntou.
— O pai do bebê morreu.
— Morreu?
— Pra mim morreu.
— Entendi. Desculpe, sou ótimo para entrar em assunto desagradáveis.
— Não tem problema.
— Bom, vamos mudar de assunto. Que tal irmos pra gravadora? Assim, você conhece seu local de trabalho.
Ela mostrou um sorriso radiante e topou na hora aquele convite. Trocou de roupa, deixou um bilhete para a mãe e foi com ele, bastante contente e ansiosa.
O estúdio era no centro da cidade, só que um pouco afastado da movimentação. No alto da gravadora, um letreiro dourado escrito "Siller`s Recordings". Maite ficou admirada pelo luxo do lugar. Quando entrou, se sentiu num lugar mágico. Sempre quis entrar num daqueles e gravar ao menos uma música.
— Então, gostou? — Eugenio perguntou, observando os olhos dela brilharem.
— Preciso dizer que esse lugar é de outro mundo de tão fantástico que é? MEU DEUS! — ela passava a mão.
— Sabia que ia gostar. E no entanto, meu pai começou gravando em casa, sabe. E eu acidentalmente me apeguei ao dom dele e deu no que deu. — ele riu.
— Que fantástico, Eugenio. Estou sem palavras.
— Se incomoda de ficar um tempinho sozinha? Preciso pagar uma coisa, em uns 10 minutos eu volto.
— Pode ir lá, eu fico aqui conhecendo o ambiente.
— Tá bom, eu volto. — ele pegou a carteira e saiu.
Maite andava pelo estúdio. Era enorme e muito bem decorado. Passou a mão nos equipamentos e a cada detalhe, um novo sorriso brotava em seu rosto.
Ela entrou na parte da gravação do estúdio, pegou o fone e colocou em seus ouvidos. Se aproximou no microfone e começou a cantar:
Tento me levantar, acabei de acordar
Tão confusa estou, sem saber onde vou
E fui, uma menina apaixonada por teus carinhos
Sou, sou um carro sem motor
Buscando sem saber, alguém pra conhecer
Mas logo fico a pensar que com outra estás ficando
E vou, arrumando cicatrizes no coração
Que não segue noutra direção
E não posso entender, nem quero compreender
A razão dessa situação
Mas não posso seguir, dependente do seu amor
Se o amor acabou, a paixão terminou
E as lembranças não fazem bem
Mas o ontem passou, hoje logo vai passar também
Já não busco calor, o detalhe da cor
E me nego a pensar, que eu posso te esquecer
E vou, arrumando cicatrizes no coração
Que não segue noutra direção
E não posso entender, nem quero compreender
A razão dessa situação
Mas não posso seguir, dependente do seu amor
Se o amor acabou, a paixão terminou
E as lembranças não fazem bem
Mas o ontem passou, hoje logo vai passar também
Mas não posso seguir assim,
Porque ainda te tenho em mim
E não posso entender, nem quero compeender
A razão dessa situação
Mas não posso seguir dependente do seu amor
Se o amor acabou, a paixão terminou
E as lembranças não fazem bem
Mas o ontem passou, hoje logo vai passar também
E não posso entender, nem quero compreender
A razão dessa situação
Mas não posso seguir, dependente do seu amor
Se o amor acabou, a paixão terminou
E as lembranças não fazem bem...
Eugenio voltou, foi mais rápido do que ele tinha pensado. Ouviu uma voz doce e linda cantando dentro do seu estúdio. Só podia ser de Maite. Porém, ela estava de olhos fechados e não tinha notado que ele a observada.
— Meu Deus! — ele disse e ela abriu os olhos sorrindo. — Que voz fantástica você tem, Maite.
— Desculpa, eu só... fiquei... me imaginando cantando aqui. — ela respondeu sem graça.
— Não, que isso! Tudo bem! Canta o refrão novamente?
— Ca-cantar novamente?
— É, por favor...
Maite respirou fundo e cantou:
"E não posso entender, nem quero compreender
A razão dessa situação
Mas não posso seguir, dependente do seu amor
Se o amor acabou, a paixão terminou
E as lembranças não fazem bem
Mas o ontem passou, hoje logo vai passar também!"
— Que voz de anjo. — ele estava encantado.
— Que nada, nem me aqueci.
— Imagina se tivesse aquecido, meu Deus. Essa música, foi você que compôs?
— Ahm, sim... faz umas três semanas. Por quê?
— É fantástica a letra! Dá a visão que você tá realmente vivendo isso que canta.
Ela preferiu ficar calada. Ele não sabia que ela realmente estava vivendo aquilo que cantou.
— Já pensou em ser cantora?
— Muitas vezes, é um sonho desde que eu era criança.
— Eu posso realizar esse sonho. Você será meu primeiro projeto. Uma empresária e cantora. Já pensou em juntar os dois?
— Siiim! — Maite sorriu e seus olhos brilharam intensamente.
— Você tem um dom, que eu não vou ofuscar. Se prepare! Vou te transformar numa cantora profissional!
amandamaloste2014: Sim, haha um menininho A CARA DO WILLIAM! Se chamará Nícolas, mas é chamado como Nick!!!
eternalevyrroni: Ela está muito certa mesmo! Nenhum escritor pode se menosprezar assim. Você é muito talentosa, flor! >< Continue assim!
vverg: Ué, ele só devolveu o tapa! euheuheuehueh, calma, ele sofrará também. Já está adicionada! :D Não me ache louca nas coisas que posto u_u KKKKKKKKK
Opa! O dom da voz de Maite foi revelado e agora ela irá produzir seu próprio CD. UHHHHHHHH *O* Maiteee, você merece. Arraza!!!!!