— O que ela tá fazendo aqui? — William sussurrou com raiva para Ucker.
— Eu também não sei, mas fico feliz em vê-la. — ele afirmou.
— Bom, como vocês me conhecem. Me chamo Maite, cantora, compositora e agora empresária. Solicitei a banda de vocês numa lista enorme, sendo que eu poderia ter escolhido qualquer outra.
— Foi um grande erro termos aceitado vir aqui. — William encarou Maite, que se debruçou sobre a mesa e riu.
— Com linçensa, e o senhor quem é? — ela perguntou, olhando para William com seu olhar desafiador.
— Sou William e você me conhe...
— Você? — perguntou autoritária. — Em que momento lhe dei liberade para me chamar de você?
William ficou calado, tentando entender o que aquilo tudo significava. Seus amigos estavam observando a cena, e eles não entendiam tabém.
— Escuta aqui, então... Senhorita. Nós não temos nada para fazer aqui.
— William, cala a boca e senta aí. — Chris ordenou e William sentou, mirando seu olhar cheio de ódio em Maite.
— Bom, — Maite continuou. — Eu escolhi essa banda pois tenho ótimas propóstas para melhorá-la. Algo que aposto que vocês nunca tentaram.
— Com licença senhorita, tipo o que? — Ucker a questionou.
— Senhorita? Olha Christopher, nos conhecemos muito bem, você pode me chamar de você.
William arregalou os olhos e balançou a cabeça. Aquele definitivamente não estava sendo um dia legal.
— Oh, desculpe. Maite... que tipo de propóstas?
— Ora, divulgaremos mais a banda. Trabalharemos dia e noite para que Dope possa crescer mais e mais.
— Exatamente. — Eugenio interrompeu Maite. — Podemos criar um novo disco, e pagar para que as rádios toquem.
— Pagar pra ser famoso? — William perguntou. — A fama deveria nos dar dinheiro e não nos tirar.
— Exatamente, mas é gastando dinheiro que ganhamos dinheiro, nunca parou para pensar nisso? — Maite explicava. — Ou você não percebe que o pouco que você tem hoje é em conta do dinheiro que você investiu para comprar instrumentos e afins?
— Sim, eu compreendo, vossa senhoria. — disse com deboche. — Mas eu não sei se pagar as rádios para tocarem mais a nossa música seria algo honesto.
— Honesto? — Maite soltou uma gargalhada. — Você conhece essa palavra, William? Nossa, que surpresa, viu.
— NÃO SE FAÇA DE ENGRAÇADINHA. — gritou.
— ABAIXA seu tom de voz para poder falar comigo. Eu estou a cima de você agora, será que não notou? Então se não quiser prejudicar a sí mesmo e nem ao seus amigos, é melhor ficar quietinho. Pois eu adoro eles, será com muita dor que eu mandaria vocês para a casa sem assinar contrato algum.
William via outra mulher em Maite. Definitivamente ela não era a garota que ele tinha conhecido a um tempo atrás. Essa era forte, determinada. A outra, nem comparando daria a metade das coisas que essa é.
— Bom dia, pessoal. — Helena entrou no estúdio segurando Nick. — Maite, amor, o Nick tá com fome.
— Aaaaawn, liçensa, pessoal. — Maite sorriu como a menininha que era antigamente. Pegou Nick no colo e beijou seu rostinho.
Poncho olhou para o menino e olhou para os amigos, que olharam para William. Aquele bebê era a cara do William, por mais que ele negasse, aquela aparencia revelava tudo. William olhou pro bebê por uns instantes, mas logo ignorou.
Maite entrou numa sala com Nick, abaixou uma parte do vestido. Ele sentiu o cheiro da mãe, e levou a pequena boquinha até o seio, começando a se alimentar. Ela passava a mão em seus cabelos loiros, enquanto era observada pelos pequenos pares de olhos azuis do seu amado filho.
— O que você pretende? — ouviu uma voz e se virou rapidamente. Era William, parado na porta, de braços cruzados.
— Acho que não entendi. — ela arqueou uma sobrancelha.
— Eu acho que você entendeu sim. O que você quer de mim?
— Você está com algo que é meu, William.
— O que?
— Minha dignidade.
— E por isso você armou toda essa pegadinha?
— Não é nenhuma pegadinha, seu inútil. Eu sou sócia do dono daqui e escolhemos a sua banda para administrar.
— E se eu não quiser?
— Isso não depende de você, William. Não percebe? O olhar deles entregam tudo. Eles querem. Se você não concordar, pode sair da banda.
— Essa banda é minha. — indagou.
— É dos 4. Apesar de você não fazer tanta diferença.
— Isso é o que você pensa. — bateu na mesa.
— Isso é a verdade. Agora você pode me dar licensa? Estou alimentando meu filho.
— Tooooda licensa. — falou com ironia se retirando.
Maite deixou um suspiro escapar. Ver William tinha a balançado. Apesar de toda dor, de todo recentimento. Ela o amava ainda, e admitia para si mesmo.
— Sai do meu coração, William... — suspirou baixinho. — Por favor, sai. Faça isso se tornar mais fácil. Não quero te amar mais. Tenho que te odiar, você me fez sofrer. Não consigo deixar de te amar...
Alguns minutos depois, ela saiu com Nick no colo e encontrou a Banda Dope alí. Eugenio tinha ido levar Helena em casa, deixando a empresa em total confiança na mão de Maite.
Ela colocou Nick no carrinho, e despertou novamente a atenção de William, que olhou para o menino. Ele sentiu um friozinho vindo de dentro, só que dessa vez era algo forte e bom que não sabia dizer o que era. Nick olhava para ele, chupando uma chupeta preta com simbolo do Rock. Os olhinhos de Nick brilhavam. Tadinho, era tão inocente que mal sabia que aquele homem que estava em sua frente, era seu pai. O homem que tinha lhe dado a vida. Na pequena mãozinha, ele segurava um chocalho, que acabou caindo por ele não ter forças o suficiente para controlar objeto na mão. William se abaixou e pegou o brinquedo, devolvendo a mão do bebê, que ignorou o chocalho e segurou o dedo de William, que sem notar, deixou brotar em seu rosto um breve sorriso.
Maite explicava as condições, e William não prestava atenção em nada. Só olhava fixamente para Nick.
— E então? — ela disse finalmente. — Vamos assinar o contrato?
— É claro que sim, Maite. — Poncho pegou o papel, falando por todos.
Os três assinaram, se comprometendo a cumprir as normas. William olhou diversas vezes para o papel. Os amigos pediam "por favor" com seus olhares perdidos.
— A decisão está em suas mãos, William. — Maite falou, esperando a decisão dele.
Ele assinou. Sem saber, concordando com a vingança de Maite.
emile: UUUUUUUUUUUi, vai ser tipo isso mesmo! :D :D Haha, beijos. <3