Dito e feito. William chegou uma hora depois. Maite estava na sala quando a campainha tocou e foi correndo atender, mas parou no meio do caminho para se mostrar menos ansiosa.
Ela atendeu a porta com um sorriso alegre e ele correspondeu sorrindo de volta.
— Oi, entra. — ela disse.
Ele se aproximou dela e lhe deu um beijo no rosto.
— Demorei?
— Que nada... — riu suave. — Está pontual.
Helena apareceu na sala sorrindo. Viu que realmente o rapaz que sua filha idolatrava, era muito bonito.
— Olá, sou Helena. Mãe da Maite.
— Nossa, que mãe linda você tem, Maite! — ele sorriu, apertando com delicadeza a mão de Helena.
— Gentileza da sua parte. — Helena sorriu. — Fique a vontade, a casa é sua.
— Mãe, vamos fica lá em cima no meu quarto, ok?
— Ok, filha. Mas não deixa tudo fechado, pra não matar o menino. E daqui a pouco, desçam para lanchar.
— Tá bom, mãe. — Maite riu e olhou para William. — Então, vamos subir?
— Bora! — sorriu e seguiu Maite.
A casa dela não era grande, porém não era pequena. Era o suficiente para que as duas vivessem ali, e tinha espaço para visitas, se necessário.
Ela entrou no quarto e o puxou. O quarto era bem a cara dela. Alternativo. http://2.bp.blogspot.com/-XXaD1FZJidc/UQwuu0Ka0pI/AAAAAAAAMDY/ZdN4J67HroM/s1600/tumblr_la54rgnNEB1qe9swxo1_500_large_large.jpg
— Ual, quarto maneiro. — ele elogiou sincero.
— Uhum, economizei muito para reformar ele.
— Da hora...
Os dois ficaram ali por um tempo, conversando e se conhecendo mais. Maite falava dos seus gostos, e ele igualmente.
— Tá bom, vai... já sei que é fã dos Beatles. Mas agora quero que você cante e toque para mim. — ela pediu.
— Tá falando sério? E o que eu ganho se cantar?
— Hmmm, um beijo! — riu sem jeito.
— Opa, vale a pena! — pegou a guitarra e ficou alguns segundos distânte, mas logo ele começou a tocar.
"Você já se sentiu como estivesse desmoronando
Você já se sentiu como estivesse desmoronando?
Você já se sentiu deslocado?
Como se você não se encaixasse
E ninguém te entendesse?
Você já quis fugir?
Você se tranca em seu quarto?
Com o rádio ligado tão alto
Que ninguém te ouve gritar
Não você não sabe como é
Quando nada parece certo
Você não sabe como é
Ser como eu
Ser machucado, sentir-se perdido
Ser deixado no escuro
Ser chutado quando você está caído
Sentir-se maltratado
Estar à beira de entrar em colapso
E ninguém está lá para te salvar
Não você não sabe como é
Bem-vindo à minha vida"
Ao terminar de cantar... Não sorriu, não olhou para ela, não demostrou nenhuma reação além da saudade no olhar.
— Adoro essa música... — ela comentou e observou ele.
— Eu odeio. — disse seco.
— Então, por quê cantou?
— Eu nem sei ao menos o por quê compus...
— Acho que sei o motivo... seus pais né? — disse, com cuidado para tocar no assunto.
— Nem é... — mentiu.
— Eu sei que é. Sempre soube. William, não tem motivos para você ficar assim... eu conheço sua história e digo que seus pais te amam.
— Que jeito de amar! — disse irônico. — Por isso que eu não quero ser pai nunca.
— Não diga isso, seus filhos não terão culpa de nada.
— E eu tive? — olhou para Maite.
— Ahm não... mas olha...
— Maite... — ele suspirou e olhou para ela. — Se incomoda se eu não falar disso? Deixei no passado, não quero saber deles.
— Por mim, tudo bem...
Ele a olhou, esperando algo que ela estava devendo. Aquela cara de safado, Maite sabia reconhecer. Ela balançou a cabeça negativamente e sentou sobre ele, lhe dando um beijão.
William correspondeu o beijo e deitou na cama, passou a mão por dentro da blusa de Maite e a apertou.
— É isso que você quer ver? — ela falou baixo e tirou a blusa, revelando seu sutiã. Estava sentada no colo dele, bem em cima de "algo".
— Hmmm — ele sorriu. — Que bonitos... e grandes... — deu um beijo e deslizou a mão para abri-lo.
— Nada disso, mocinho. Não vai fazer isso!
— Eu não ia fazer nada! — sorriu com cara de anjo.
— Não sou tapada. — disse e o beijou novamente.
Um tempo de amassos e beijos rolou ali. Óbvio que a porta estava trancada, mesmo sabendo que nada rolaria, Maite não achou muito confortável a mãe entrar e ver ela e ele sem blusa em cima da cama.
Ela deitou a cabeça no peito dele e pegou o controle remoto. Ligou o som, no baixo, apenas para os dois ouvirem. Eles curtiam a música aos beijos, quando o telefone dele tocou.
— Um instante. Deve ser um deles... Alô?
Mas não, não era Chris, Poncho e muito menos Ucker. Era Pauliana, que estava muito brava com ele.
— Posso saber onde você tá? — exigiu a resposta.
— Ah... Oi. Ahm, pra que quer saber?
Maite olhava a cena sem se meter ou nada disso.
— Para que eu quero saber? William, tá achando que eu sou sua cachorra, que você chama quando tá solitário? Venha para casa AGORA!
— Eu não vou agora não, tô ocupado! — tentava se manter tranquilo, mas sua vontade era de mandá-la pro espaço.
— Não me interessa. Se eu não te ver hoje, considere seu contrato cancelado. — desligou.
William colocou o celular no mudo e o guardou no bolso novamente.
— Desculpa, o Ucker perguntou se eu ia dormir em casa.
— Hum, entendi... Agora volta para mim. — ela riu e o puxou novamente, lhe dando mais um de muitos beijos.