Fanfics Brasil - Capítulo 86 Levyrroni: Quando o amor fere.

Fanfic: Levyrroni: Quando o amor fere. | Tema: Levyrroni


Capítulo: Capítulo 86

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No dia seguinte.
Helena bateu na porta do quarto de Maite, mas ela não atendia. Provavelmente, ela e o namorado ainda estavam dormindo. Mas o recado de Helena era urgente e ela precisava entregar. Teve que invadir a privacidade do casal.
Girou a maçaneta e entrou no quarto. Uma pequena abertura na janela, fazia o sol sair. Caminhando pelo quarto, ela desconfiou que "algo" havia acontecido a noite. Roupas dos dois espalhados pelo chão.
— Era para eles estar descansando, não se cansando mais. Essas crianças. — ela resmungava.
Sua até então suspeita, se confirmou ao se aproximar dos dois, que por sorte, estavam cobertos. Mas nem tão cobertos assim. O edredom, cobria apenas do umbigo de William até seus pés. Os braços dele, estavam em volta dela, na altura do quadril. E Maite estava dormindo com a cabeça no peito dele, e suas costas, completamente nuas, com as pernas sobre seu amado.
— Ei... William... Maite. — ela os chamava, e aos poucos iam acordando.
— Aconteceu alguma coisa, dona Helena? — William se sentou, coçando os olhos e tomando cuidado para o cobertor não cair.
— O que houve, mãe? — com voz de sono, ela perguntou.
— É que tem um casal lá na sala. Estão procurando por você William.
— É alguém da banda? — perguntou.
— Não. São um casal maduro já. 
William engoliu seco. Pensou em se esconder embaixo das cobertas, mas daí, lembrou que não tinha mais idade para isso. Era seus pais. Ele podia sentir! Com certeza. Não queria vê-los. 
— Pode mandar eles irem, por favor? — disse com medo. 
— Ué, mas você nem sabe quem é...
— Ela tem um sorriso largo, olhos como os meus e ele tem uma cara séria, cabelos grisalhos, não é?
— É sim! — Helena se surpreendeu. Ele descreveu perfeitamente o casal.
— Então são meus pais. Inventa qualquer coisa, mas pelo amor de Deus, não diz que eu tô acordado.
— Está bem, se você insiste. — Helena saiu e fechou a porta.
Maite olhou pra ele. Com ar de decepção. Não esperava aquele atitude.
— Até quando você vai continuar fugindo? William são seus pais. — ela parecia não entender aquela atitude.
— Maite, eu não consigo olhar para a cara deles e não lembrar de tudo. Será que você não entende?
— Não. — respondeu firme. — Não entendo mesmo. Isso tem que acabar. Vocês têm que voltar a ser uma família, poxa.
— Se dependesse de mim, nunca haveriamos deixado de ser... — ele bufou. — Olha, por favor! Não quero brigar com você, ainda mais agora, que estamos juntos, poxa...
— Hum. — ela não conseguia disfarçar sua decepção.
— Amoooor! Por favor. — ele pediu. — A única família que tenho agora, e estou formando, é com você. Deixa que eu me entendo com eles depois...agora, quero pensar apenas em cuidar de você e Nick.
Mesmo sem aceitar, ela não quis discutir. Abraçou William e os dois voltaram a deitar, agarradinhos. 
Helena desceu meio sem jeito por não ter convencido William a ver os pais.
— Desculpe-me, ele não está muito disposto a descer. Acho que logo mais, ele pode acabar procurando vocês.
— Oh, sinto muito por ter incomodado. Estaremos esperando ansiosos pelo contato dele. — Laura, mãe de William falou.
— Não precisa. Estou aqui. — William apareceu de short, e Maite estava ao seu lado com um vestido branco. Havia resolvido descer.
Laura e Carlos sentiram um balão de saudades explodir dentro de si. Há tempos, não viam o filho.
— Bom dia. — Maite falou sem jeito. — Me chamo Maite, sou namorada do William... vocês aceitam algo?
— Não, linda. Obrigada. Estamos bem! — Carlos respondeu.
— Mãe, vamos na cozinha, preciso pedir para você preparar algumas coisas... — ela não ia pedir nada, era apenas uma desculpa para deixá-los sozinhos.
Helena e Maite foram pra cozinha, e William não sabia o que fazer.
— Bom, vocês já me viram...
— Queriamos conversar com você...
Bufou. Passou a mão no cabelo e apontou pro sofá, onde os pais deveriam sentar. Se sentou no outro e os encarou.
— Eu tô aqui, podem dizer. 
— Você não imagina a saudade imensa que sentimos de você. Ficar esses anos sem ve-lo pessoalmente foi um castigo... sua imagem em TV, e revistas, não são suficientes. — Laura, com seu jeito calmo dizia.
— Sei. Mas lá estava o Tiago... vocês tem a ele.
— Você é o nosso primeiro filho. — Carlos falou. — É normal sentirmos saudades, não acha?
— Não! — ele deu de ombros. — Não vejo motivo algum para vocês sentirem saudades de mim. Eu nunca fui muito... — pigarreou. — Importante na vida de vocês.
— Não diga algo assim! — Laura abaixou a cabeça. — Você não entende que...
— Que eu nunca fui muito desejado? Que vocês foram dois adolecentes irresponsáveis, que obrigatoriamente tiveram que amadurecer, por ter gerado um filho?
— Nós nunca nos arrependemos de ter tido você, filho. Só tivemos que atrasar nossos planos um pouco. — Carlos explicava.
— E isso contava com todas as vezes, que vocês se importavam mais com Tiago? O principe da família... Ah! Tiago isso, aquilo... numa hora eu cansei. — deu de ombros. — Fui embora, pra nunca mais ver a cara de vocês.
Antes que Carlos ou Laura continuassem a falar, Nick apareceu correndo em direção ao pai, com umas miniaturas de motos antigas, que havia ganhado na França.
— Papai, papai, vamos brincar comigo?
Laura e Carlos se olharam. Eram avós? Meu Deus! Que grande surpresa. William era pai, e eles não sabiam. Aliás, eles não sabiam absolutamente NADA dessa história toda. Suas mentes automaticamente, criaram uma ilusão, de achar que ele finalmente tinha achado uma mulher, e com ela ficou, desde o nascimento da criança.
— Um filho... — ela olhou para William.
— Sim, esse é Nick! Meu filho. Diz Bom dia pra eles, meu anjo... 
— Bom dia! — falou fofo, mostrando suas covinhas, que tinha ganhado da mãe.
— Meu Deus, que criança linda! — Carlos passou a mão no cabelo dele, que sorriu de volta.
— Filho, depois papai brincará o dia todo com você... agora, vai lá ajudar mamãe e vovó na cozinha?
— Tá! — o pequeno correu em direção a cozinha.
— Voltando ao assunto... nós te fizemos tão mal assim? Pra vocês nos odiar? — Carlos perguntava.
— Sim. Mas não odeio. Se odiasse... não enviaria 1500 reais todo o mês para vocês... 
— Nunca foi proposital. Apenas queriamos dar uma boa vida ao Tiago, pois... — ela ia dizer, mas foi interrompida.
— Pois ele era o filho preferido de vocês. E embora eu ter sido sempre o mais inteligente, ele sempre continuava em primeiro lugar.
— Não William! — Laura falou como mãe. — Tiago não era nosso preferido. Tiago nasceu com leucemia. Não ia viver tudo o que você viveu.
Naquele instante, com aquelas poucas palavras o mundo de William parou. Agora tudo se encaixava. Por qual motivo eles brincavam mais com Tiago. Estava perplexo. Tão peplexo que não conseguia dizer nada.
— Você era uma criança forte, saudável e cheia de energias, quando Tiago nasceu. Desde então, tivemos que passar muitas noites sem dormir, para cuidar dele. É tão frágil... não tinha força pra nada. Já você, se mostrava mais indepente. Achamos que se ficassemos um pouco mais com Tiago, isso não mudaria seu jeito. Seu irmão não ia viver muito... no máximo, chegaria até a adolescencia. Pois os médicos nem sempre, conseguiam controlar a doença. Esse foi o motivo por qual anos, ele dormiu com a gente,e você não.
— E-eu não sabia... vocês podiam ter me contado. — sentiu-se um monstro por não ter idéia do que os pais passaram.
— Você o salvou, meu filho! Mesmo de longe! — Laura tocou o ombro do filho.
— O salvei? Que papo é esse? Faz anos que não vejo Tiago.
— O dinheiro que você nos envia, nós usamos para pagar o tratamento. Dá e sobra, para comprar os remédios. Agora, graças a Deus, ele está bem! Quase curado... graças a você.
William tentava por suas idéias em ordem e só conseguia pensar: "Agora tudo faz sentido!". Entendeu que seus pais nunca fizeram isso por querer, e sim porque, se Tiago morresse, queriam que ele tivesse tido uma boa e linda vida aqui.



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Autor(a): Thayná Silva

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O sol brilhava forte no céu naquela tarde de domingo. William, sua agora noiva e filho, estavam na sua casa de infância, junto com Poncho, Chris Ucker e suas namoradas. Era uma festa, comemorando os 30 anos de casados de seus pais. Mesmo sem ter acompanhado esses ultimos anos, Will se sentia orgulhoso de ver que seus pais eram tão firmes até hoje. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 147



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  • bibi_herroni Postado em 28/12/2016 - 11:19:20

    Tah poha,essa fic é Maravilhosa

  • lara_fics Postado em 10/12/2014 - 22:49:22

    Olá pessoal, nova por aqui mas já li a fanfic toda, inclusive a "Amor Blindado", e essas fanfics são um show. Parabéns para a escritora. Espero um dia escrever como você... Vou postar uma fanfic de minha autoria, espero que leiam e gostem. Bjos e obrigada pela atenção!

  • eternalevyrroni Postado em 06/11/2014 - 23:01:39

    Nossa eu nem to acreditando que já acabou ;'(, ja estou sentindo falta dessa perfeição, por favor não demore muito de postar a proxima, e quando se tornar uma escritora famosa eu vou querer o livro autografado. bjooos

  • tauckerroni_ponny Postado em 06/11/2014 - 21:03:43

    FanFic perfeita *-* vou ficar com saudades dela T-T <3

  • eternalevyrroni Postado em 30/10/2014 - 15:21:51

    Ultimo Capitulo postado*...

  • eternalevyrroni Postado em 30/10/2014 - 15:20:38

    Relendo o Ultimo capitulo agora, me dei a oportunidade de chorar, foi muito lindo este capitulo, e foi uma reviravolta bem grande, pena que essa história está acabando eu a amo assim como a outra que você postava, e já quero outra vc é uma excelente escritora.

  • talitabnasc Postado em 24/10/2014 - 23:40:07

    Eitaaaaaaa q o hot, foi fogo puro, mais estou na duvida, será q a May vai dar uma chance pro Will

  • tauckerroni_ponny Postado em 24/10/2014 - 20:39:45

    Sobre o capitulo 30:::::::: porto alegre <3 &#9834;

  • talitabnasc Postado em 24/10/2014 - 14:45:58

    To adorando esse Wil, 'PAI FOFO&quot; esse hot vai ser demais, anciosaaaaa

  • eternalevyrroni Postado em 23/10/2014 - 14:34:13

    Que bom que vc voltou eu ja estava ansiosa, e agora estou mais ainda pelo Hot. rsrsrs... Posta logo


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