Fanfic: Menina Perigosa aya (Finalizada) | Tema: anahi y alfonso

♥αмαη∂α♥●•ツ αяαυנσ♥●•ツ-postado

vanessap-seja bem vinda...feliz que esteja gostando bj


ponnymym-pois e tomará...haha bjos

iza-postado....bj

Tal como any previu, o jantar transcorreu numa atmosfera deprimente.

Reuniram-se na sala de jantar da família, um dos menores cômodos de Matlock Edge, em cujo centro havia uma mesa circular datada do século XVIII. As paredes eram forradas com painéis de madeira de carvalho, ornamentada com pequeninos botões de rosa. O teto era de estuque alto e, embora sustentasse um imenso lustre de bronze e cristal, eles comeram à luz de candelabros, como poncho preferia quando recebia visitas.

Dulce sentara-se do outro lado, em frente à any, usando um vestido de chifon azul-gelo que lhe deixava os ombros expostos. Tinha a pela clara, ao contrário da de any, o que sugeria não estar acostumada a tomar sol. Talvez fosse mais branca e macia que algodão, pensou any.

Agora que enfrentava a rival, sentia-se péssima com sua blusa branca e a saia plissada azul-escura. Devia estar parecendo uma tola colegial. Por que não tinha vestido uma roupa mais vistosa?

Recriminava-se. Pelo menos poncho a teria notado.

Dulce, como any pôde perceber, soubera aproveitar as horas que ante­cederam o jantar. Ela e  poncho pareciam dar-se muito bem, relacionando-se com certa intimidade, apesar de ela ainda chamá-lo de Sr.herrera

- Foi bom ter ido à reunião de Mau Hodge - observou poncho, enquanto any tentava engolir o pedaço de carneiro que estivera mastigando por longo tempo. - Não somos exatamente amigos mas colegas de profissão, e só resolvi ir porque precisávamos conversar sobre um pedido de exportação.

- Para mim também foi bom - disse Dulce. - Quero dizer, eu estava meio perdida. O aluguel do meu apartamento estava vencido e, como sabe, minhas qualificações não me preparam para qualquer tipo de trabalho. Sua proposta veio em boa hora.

- Quais são as suas qualificações, srta. Dulce? Perguntou any polidamente.
poncho segurou a respiração, enquanto Dulce sorriu com tolerância.

- Oh, é que... Como você, imagino, cresci esperando não precisar trabalhar. Papai era escritor de livros técnicos, muito bem-sucedido, por sinal. Mas, quando morreu, deixou tantas dívidas que eu fiquei praticamente sem recursos financeiros. Restou-me o suficiente para me vestir bem e cuidar da beleza!

any ficou tão embaraçada, que quis desaparecer. Mas, Deus do céu! Pensou irritada, Dulce esperava realmente convencê-los com aquela história? Qualquer um pensaria duas vezes antes de fazer afirmações tão inconsistentes. poncho, entretanto, aparentemente acreditou.

- Em minha opinião... Esse é o tipo de mudança de vida necessário para qualquer um. Sinto-me culpado em relação à any- continuou - ela me convenceu de que se sentia feliz aqui em Matlock, onde nada fazia a não ser andar feito doida com aquela moto barulhenta. Creio ter chegado o momento de ela começar de fato a demonstrar que é minha sobrinha, e passar a agir como tal. De certa maneira, mamãe acertou ao dizer que a criava para crescer e viver como uma cigana.

Dulce any engoliu em seco, mas antes que pudesse responder Dulce acrescentou:

- Bem, espero que ela se disponha a me ouvir... Só se pode ensinar quem tem vontade de aprender.

- Oh, tenho certeza de que ela não vai decepcioná-la - observou poncho levando o copo de vinho à boca.

any rangeu os dentes. Falavam dela como se não estivesse presente e nesse momento sentiu o desejo - o infantil desejo - de fazer uma cena e deixar a sala. Conseguiu se conter. Permaneceu sentada e levantou o copo, numa espécie de saudação sarcástica a poncho, embaraçando-o pela segunda vez.

- Sua casa é maravilhosa! - Dulce observou como se quisesse continuar sendo o centro das atenções. - Há muitos anos pertence à sua família? É que reparei numa estranha inscrição na escada. Algo no estilo de Grinling Gibbons...

- Um contemporâneo dele, creio eu - comentou poncho recompondo-se e tentando sustentar um sorriso. - A casa foi comprada por meu avô no início deste século. Antes dele, pertenceu à condessa de Starforth.

- Uma história bem interessante! - disse Dulce, terminando de comer. - Papai e eu tínhamos uma casa em Comwall, Trenholme. Comprou-a depois que mamãe faleceu. Segundo ele, trabalhava melhor lá do que em Londres, onde os amigos viviam à sua volta. Foi por esse motivo que mudamos. Papai só conseguia escrever em completa solidão.

- É curioso que nenhum dos amigos de seu pai pudesse lhe oferecer um emprego. - Interveio any, determinada a não facilitar as coisas para a outra. - Quero dizer, amigos são para essas coisas, não são? Para ajudar a gente quando estamos numa situação difícil.

Dulce apertou os lábios.

- any, eu não estava numa situação difícil... De fato, ofereceram-me muitas oportunidades. Mas eu queria encontrar o emprego certo. O senhor entende, não, Sr. herrera? Uma moça com a minha formação... Bom, só valeria a pena um emprego onde eu me sentisse realmente à vontade.

- Compreendo - disse poncho meneando a cabeça.

- Em outras palavras, não aceitaria limpar o chão ou controlar o estoque de um supermercado; é isso?

Dulce procurou respondeu com polidez.

- Nunca me vi às voltas com propostas de emprego como essas ­afirmou, lançando outro olhar de tolerância a poncho

- Pois então não vejo o que você seria capaz de fazer. - any apoiou o rosto nas mãos. - Quer dizer então que suas qualificações não a preparam para nenhum tipo de emprego.

-  any, agora já basta! - bradou  poncho - Você entendeu perfeitamente o que a srta. Dulce quis dizer ...

- Oh, Dulce, por favor!

- Está bem, any, está bem...

- any- poncho,continuou a propósito, gostaria que tratasse nossa hóspede com mais cortesia e respeito. Já a desculpei por tê-la apanhado no Land Rover, e  também a desculpou. Mas prometa-me que não fará mais coisas dessa naturez a... Estou sendo claro?

- Muito claro - retrucou any, enrubescendo. - E agora, caso queiram discutir meus defeitos, se me permitem, vou me recolher. Estou cansada.

- any! - exclamou poncho, num tom de advertência.

any levantou, puxou a cadeira para trás e o encarou.

- Está bem! Vá para o quarto. Amanhã cedo conversaremos.
- Boa noite, srta. Dulce- disse any num esforço sobre-humano e, mantendo a cabeça erguida, saiu da sala.

Quando chegou ao quarto, as lágrimas saltaram-lhe dos olhos. O jantar tinha sido um desastre! Tudo fora um desastre! E receava que o dia seguinte, assim como todos os outros, se transformasse num verdadeiro inferno.