Fanfic: Menina Perigosa aya (Finalizada) | Tema: anahi y alfonso

- Pouca coisa... Oh, ele foi gentilíssimo. Confessou-me que confiava no bom gosto de dulce e que esperava que ela fizesse esse tipo de coisa. Se soubesse que ela não conseguia ajudá-la direito, a teria chamado para conversar. De qualquer maneira, por enquanto não pretende julgá-la...

- Oh, Marion! Na certa ele está pensando que lhe pedi para conversar com ele.

- Mas você não pediu...

- alfonso não vai acreditar nisso.

- Escute, você me contou a verdade sobre a discussão que tiveram?

- Sim, claro que sim. Nada a ver com você. Nada a ver com ninguém. Se não se importa, preferia nem falar a respeito.

- Naturalmente - disse Marion, aceitando a vontade dela. - Está bem, agora vou indo porque preciso arrumar minhas coisas. Greg e eu partimos às quatro horas. Nós nos veremos antes disso?

- Claro - respondeu any, tentando se recompor. - Se alfonso não está em casa, posso me levantar. Sabe, no fundo, não estou querendo encontrar com poncho.

- Compreendo - disse Marion, dirigindo-se até a porta. - Mas se posso lhe dar um conselho... não leve poncho  tão a sério. Ele se preocupa com você, se preocupa muitíssimo. Por isso, às vezes diz e faz coisas erradas...Ele deseja o melhor para você.

- Tem certeza? any perguntou com amargura. - Cada vez mais eu acredito que não sou bem-vinda aqui.

- Bobagem! poncho  sempre foi como um pai, não foi?

any baixou a cabeça.
- Não preciso de pai - murmurou.

Marion franziu a testa.
- O que quer dizer?

- Nada, nada - any respondeu, sentando na cama. - Mais tarde nos veremos.

- Está bem. - Marion examinou há detidamente por alguns segundos e então acrescentou: - Nos nos veremos mais tarde. E fechou a porta atrás de si.

   Um banho frio pareceu trazer de volta a vida ao corpo de any. Quando terminou de escovar os dentes já começava a sentir-se mais disposta. Recusou-se a pensar em poncho e nas coisas que poderia ouvir dele. Recusou-se mesmo a antecipar as conseqüências daquela cena humilhante em seu quarto. Mas não conseguiu ignorar os efeitos da loucura de alfonso  ao constatar as manchas avermelhadas no corpo...

    O ar ainda estava úmido e mais quente, e any resolveu pôr o vestido sem gola que comprara no dia anterior. Era agradável sentir a nudez do colo e dos braços, a nuca recebendo a brisa deliciosa, já que prendera os cabelos num coque.
     A primeira pessoa que encontrou ao descer foi a Sra. Gittens, que ergueu as sobrancelhas, surpresa ao vê-la de pé.

- Sente-se melhor?

any fez que sim com a cabeça.
- Aposto que a Sra. Marsden lhe disse que o Sr. herrera não estava em casa - acrescentou a mulher. - A srta. Dulce está sentada no jardim, lendo o jornal.

- Obrigada, Sra. Gittens - disse any, nada interessada em saber de dulce. Entretanto, via-se na obrigação de procurá-la.

    dulce estava sentada no banco do caramanchão, usando blusa e calça de algodão leve. Como sempre, seu penteado era impecável. Ao comparar se com ela, any sentiu-se de novo a mulher mais relaxada do mundo!

- Oh, bom dia - disse dulce, baixando o jornal e dobrando-o Afastou-se no banco, num convite a any para sentar-se. - Demorou descobrir que seu tio não estava em casa...

- Do que está falando?

- Você sabe do que estou falando - retrucou calmamente. - alfonso demonstrou-lhe o que estava pensando da situação, não? Pela sua fisionomia, vejo que sim. Não pude deixá-lo pensar que fui eu a responsável por aquela roupa medonha.

any percebeu o quanto era difícil permanecer indiferente à prepotência e à maldade daquela mulher.

- Mas alfonso gostou da roupa "medonha"... Só tinha que gostar porque, afinal, a camisa é dele.

- anahi-alfonso é um homem educado... É sempre educado, já notou?

any enfiou as mãos nos bolsos do vestido.
- Desde quando o chama de alfonso? Inquiriu, arrependendo-se ao perceber o sorriso malicioso de dulce.

- Desde ontem à noite. Já que todos o chamam assim, por que não eu? Interrompeu-se para estudar Dulce e então continuou: - Por falar nisso, se eu fosse você não colocaria um vestido desse sem sutiã. Seus seios são grandes e não fica bem. Olhou para si mesma com satisfação. Eu não uso... Meus seios são pequenos e firmes. Mas os seus... Bom, é só uma opinião.
any corou, quase não resistindo ao impulso de esbofetearndulce . Olhou disfarçadamente para os próprios seios e nada viu neles que merecesse restrições. Eram cheios, sem dúvida, mas não flácidos, como ela acabara de insinuar. dulce apenas se comprazia em provocá-la. Não, pensou, não poderia continuar se resignando daquele modo.

  Como Marion havia previsto, Greg e alfonso voltaram pouco depois das duas. As mulheres haviam almoçado, mas a Sra. Gittens deixara a mesa preparada para os dois. Marion juntou-se a eles e any de vez em quando captava algumas frases da conversa. Estava na biblioteca e planejou ficar ali até a hora do jantar, mas evidentemente teria de se despedir dos Marsden.

- Comporte-se, querida - disse Marion afetuosamente, beijando-a no rosto. - Se cansar da rotina de Matlock Edge, pode ir para nossa casa em Londres.

- Obrigada, Marion.

any, sob olhar tenso de poncho, retribuiu o abraço de Marion e então se despediu de Greg.
- Não cresça muito depressa - observou ele, beijando-a também. - O que seria dele, se você não estivesse aqui? Comentou, referindo-se a alfonso.

    Era apenas uma observação casual e any procurou não atribuir qualquer sentido àquilo. Evitando o olhar de alfonso, foi até o pátio e despediu-se do casal pela última vez. Nesse momento, desejou poder acompanhá-los, apenas para escapar do tio e ter tempo de pensar melhor sobre sua própria vida.
   alfonso, após a partida dos Marsden, fechou-se no escritório. any, decidindo que não faria companhia a dulce, subiu e trancou-se no quarto. Ligou a vitrola e colocou um disco de um grupo de rock new wave, o único ritmo que se harmonizava com seu estado de espírito naquele dia. Ainda se sentia ferida e vulnerável, principalmente agora quando ficara claro que alfonso jamais se desculparia pelo que tinha feito. Definitivamente, rejeitava qualquer manifestação afetiva de sua parte. Não a via como mulher, decerto não como uma mulher pela qual pudesse se sentir atraído, e era inútil acreditar que um dia ele fosse amá-la.
   Angustiada com esses pensamentos, dominada por fortes emoções any fez um esforço sobre-humano para se animar para o jantar. Ignorando as peças de roupa que comprara com Marion naquele sábado escolheu um dos vestidos indicados por dulce, que destacou-lhe os contornos acentuados do corpo.
    Quando desceu, alfonso e dulce  estavam na biblioteca. Hesitou um pouco antes de interromper a conversa dos dois, mas reuniu a coragem que lhe restava e entrou decidida. alfonso recebeu-a com surpresa.

- Quer um drinque? Perguntou, após estudá-la por um momento.

Ela assentiu com um sinal de cabeça.
- Um licor, por favor. - Sem dar atenção à dulce, que não parava de encará-la, escolheu a poltrona que ficava perto da janela.

- Conhece os Marsden há muito tempo? Indagou dulce, durante o jantar.

poncho, que parecia absorto em seus pensamentos, demorou um instante para responder.
- Mais ou menos há uns vinte anos, creio - disse afinal, como se esperasse que any respondesse por ele. - Freqüentávamos a mesma escola. Quando papai faleceu, ele veio trabalhar para mim.

- Com computadores? Perguntou dulce, tentando manter-se interessada no assunto.

- No começo, não. Como Greg é um bom contador, trabalhou como meu assessor financeiro.

- Compreendo... Comentou dulce e acrescentou: - A Sra. Marsden me pareceu bem mais velha que ele.

any ergueu a cabeça, pronta para dar uma resposta. Conteve-se, entretanto, porque não desejava participar daquela conversa desagradável.

alfonso, ao responder, encolheu os ombros com indiferença. 

-Não, acho que não é - afirmou pausadamente. Marion deve ter a mesma idade que ele.