Fanfic: Recém-Formada AyA | Tema: Anahí e Alfonso.

Sentei-me na cama e liguei a TV do quarto. Comi metade da pipoca e nada de Alfonso aparecer no quarto, como calculado por mim.

O filme acabou, e Alfonso não apareceu. Revirei os olhos pela décima primeira vez hoje, e fui até a sala.

Ele continuava lá, sentado, olhando pro nada.

-Pon. – eu o chamei. Ele se virou e me fitou. – Vem?

Ele se levantou e me abraçou. Meu corpo pequeno se encaixou perfeitamente no seu, mesmo eu sendo mais velha que ele.

-Eu te amo. – sussurrou. – Não faça mais isso comigo, tudo bem?

Mesmo sabendo que não fiz nada de errado, assenti.

-Eu também te amo. – sussurrei em seu peito.

-Vamos dar uma volta? – sugeriu. Eu assenti, e com relutância, soltei-o.

Saímos do AP, ao som de Maite gritando e gemendo. Isso foi bem desnecessário, eu sei. Mas só queria deixar claro a minha cara envergonhada quando ouvimos aquilo.

-Nem adianta ficar com essa carinha vermelha. – começou. – Você geme mais alto. – arregalei os olhos, e ele assentiu, entoando sua ultima frase.

-Não é verdade. – falei indignada.

-É sim, Annie. Eu, você, todos sabemos disso.

-Alfonso! – o repreendi. Ele sorriu de lado e me abraçou. – Por que está falando essas coisas? – perguntei totalmente corada.

-Por que quero que saiba o quanto adoro ouvir você gemendo. – sussurrou em meu ouvido, me fazendo arrepiar.

-Vamos dar uma volta ou não? – perguntei fugindo do assunto. Ele sorriu e assentiu.

Saímos da copa do prédio, e caminhamos em direção a um parque.

-Podíamos ter trazido comida, né? – falou. – Está uma bela tarde pra um piquenique.

-É. – concordei, me sentando com ele na grama verde sob uma árvore. Ele se encaixou atrás de mim e me abraçou, me fazendo deitar-me em seu peito.

Olhei em volta, e vi uma senhora com um carrinho de bebê. Eu sorri, ao ver um homem retirar a criança do carrinho e começar a balançá-la no ar, fazendo o bebê gargalhar.

-O que foi amor? – Alfonso perguntou, vendo-me sorrir.

-Aquela família. – apontei com a cabeça em direção ao homem com o bebê no colo.

-Que bebê feio. – comentou, e eu ri. – Não, é sério. Tem cara de quem comeu e não gostou.

-Todos nascem assim, Pon.

-Não. – sorriu. – O nosso vai nascer lindo. – falou convencido.

-Já pensando nessas coisas, Herrera? – falei com a testa franzida.

Uma pequena expectativa nasceu em mim. Sei que nunca tive esse pequeno sonho de se casar e ter filhos, mas parece que agora algo está mudando.

Ele pareceu pensar um pouco, e sua expressão tornou-se indecifrável.

-Não. Acho que está muito cedo... Talvez mais pra frente.