Fanfic: Recém-Formada AyA | Tema: Anahí e Alfonso.

-Não vou sair e te deixar assim, Annie. – disse ele, esticando o braço pra acariciar meus cabelos. – Anahí, meu amor, foi uma vez só... Eu estava muito magoado pela história do aborto... Acabei encontrando um amigo meu aqui que não via há muito tempo... Ele me chamou pra um bar e eu aceitei. - fungou. – Lá tinha umas mulheres dançando... Só que o tempo todo eu via seu rosto nelas! Até que uma chegou e...

-Por favor, Alfonso. – sussurrei incapaz de falar mais alto. – Diz que é mentira!

-Não. – disse derrotado. – Porém me arrependo de cada segundo, Anahí. Cada momento me dá nojo de mim mesmo... Eu...

-Não diga mais nada! – pedi num tom mais alto. – Por favor, me deixe sozinha!

-Tudo bem. – respondeu, fazendo cara de dor ao levantar na cama e andar até a porta.

-Eu te amo, não se esqueça. – disse e saiu, deixando-me com minhas lágrimas.

Por que ele havia feito aquilo? Traído-me com uma mulher que julgava ser igual a mim. Eu adoraria que isso tudo fosse um sonho, sabe? Que eu não estivesse grávida, e que eu ainda fosse uma simples professora de musica em uma faculade de elite no centro do México.

Fechei os olhos com força, me perguntando se eu seri capaz de perdoar Alfonso. Eu sei que sim, sou capaz, mas será que seria a mesma coisa? Eu beijá-lo, sabendo que há algumas horas estava com outra?

Talvez eu esteja fazendo drama. Afinal, que homem é santo?

Ok, não consigo pensar assim. O único pensamento que ronda minha cabeça agora, são imagens de Alfonso e uma outra vadia fazendo sexo, enquanto eu, a mãe dos futuros filhos dele, estava aqui, sozinha.

Não que ele tivesse a obrigação de estar comigo. Até por que foi eu que estabeleci a distância. Porém acho que mesmo assim, eu merecia um pouco de respeito.

Enxuguei as lágrimas e levantei da cama, decidida a não ficar chorando por Alfonso. Acho que já chorei demais por ele.

Olhei-me na frente do espelho e sequei as lágrimas que teimavam em cair com um lenço de papel. Respirei fundo e saí do quarto, em destino á cozinha comer alguma coisa.

Porém, ao chegar á sala, vi Alfonso sentado no sofá, em posição de quem está orando, de cabeça baixa. Parecia chorar.

Tentei não sentir pena e manter a postura.

-O que faz aqui ainda? – perguntei fria, mas despedaçada por dentro.