Fanfic: Recém-Formada AyA | Tema: Anahí e Alfonso.

-Alfonso! — ela gritou, e ignorei. — Alfonso! Pare de ser criança e me escute, por favor! — parei de andar, e semicerrei os olhos. Ela me chamou de criança?

-Eu sou criança? — perguntei muito alto, quase gritando, parando de andarbruscamente, a fazendo parar a poucos centimetros de mim. — Eu sou criança, Anahí? — falei mais alto ainda, a fazendo recuar um pouco.

-Sim. Ignorar-me não ia resolver isso, Poncho, e era exatamente isso que estava fazendo. — ela disse, muito mais baixo que eu, parecia hesitante. Isso não me comoveu.

-Quer que eu faça o que? Sorria e te beije por eu ser corno? — falei ironicamente. Ela estreitou os olhos. 

-Eu nunca te traí, Alfonso! Nunca! — agora ela estava gritando, quase tanto quanto eu.

-Não grite, quem tem que estar puto sou eu! — rosnei. — E quanto á me trair, não se preocupe em negar, senhorita Herrera. — falei com mágoa evidente na voz.

-Puta que me pariu! Eu não te traí, porra! — ela gritou e me virei, voltando a ignorá-la e ir em direção ao carro.

-Eu já entendi. — murmurei abrindo a porta do carro.

-Não estávamos fazendo nada demais, Alfonso! Viu algum beijo? Algo que pudesse chamar de traição? — estreitei os olhos e senti minha raiva aumentar, muito.

Anahí

Após eu dizer aquilo, me arrependi amargamente. Por que sempre falo as coisas erradas nas horas erradas? Merda.

Ele parou, e vi suas costas largas subirem e descerem, como se estivesse respirando pesadamente. Então ele se virou lentamente. Seus olhos vermelhos, parecia com raiva. Punhos cerrados, narinas dilatadas, dentes trincados... É, fodeu.

-Saia da minha frente, Anahí. — disse abrindo a porta do carro. Agarrei seu braço, pedindo pra ele parar. 

Então ele me empurrou. Não foi um empurrãozinho, não. Foi um empurrão. Caí no chão, de costas, e senti muita dor, não dor física, dor emocional.

-Anahí! — ouvi alguém gritar. Senti lágrimas em meus olhos, ao constatar que aquela voz não era de Alfonso. — Está bem? 

Aaron. Ele parou do meu lado e me ajudou a levantar.
-Estou sim. Obrigado. — falei e olhei pro Poncho, que olhava pra mim de um jeito inexplicável. 

-Idiota! Não sabe como tratar uma mulher? — disse Aaron pra Alfonso, que o olhou com desprezo. 

-Cale a boca. — respondeu entrando no carro.

-Entrar no carro e fugir é fácil, não? Agora vir aqui como homem é a parte difícil. — respondeu. Puta merda. 

Alfonso saiu do carro e bateu a porta com toda a força, que juro, achei que ia quebrar a porta e o carro.

Ok, vamos analisar. Aaron, alto, forte, ombros largos e braços musculosos.

Alfonso, é alto, mas não tanto quanto Aaron. Forte, braços malhados e ombros largos também.

Vai dar merda.