Fanfic: Recém-Formada AyA | Tema: Anahí e Alfonso.

-Não vai falar nada? — disse Alfonso, enquanto dirigia. Estamos há mais ou menos dois minutos nesse carro, sem falar nada um com o outro.

-O que quer que eu fale? — falei emburrada, olhando pra janela com um biquinho.
-Não sei. — respondeu. — Pedir desculpas, talvez. — sugeriu.

-Desculpas pelo que? — perguntei me virando para encará-lo. Revirou os olhos.
-Pelo que acabou de acontecer...?

-Diz como se fosse culpa minha você ser um ogro. — respondi voltando a encarar a janela.

-Eu sou um ogro? — disse inconformado. — Entro na sala e vejo você e aquele cara se pegando, e eu sou um ogro? 

-A gente não estava se pegando, Herrera. Você vê maldade onde não há.

-Ah, então se eu quiser me pegar com uma mulher qualquer, não vai haver problema nisso? - perguntou e o encarei.

-Claro que vai. 

-E por que você pode e eunão?

-Alfonso, primeiro, nós não estavamos fazendo nada, entendeu? — revirei os olhos. — E você não precisava ter me batido. — falei e ele suspirou.

-Eu não te bati, foi só um empurrão.

-Mas machucou do mesmo jeito. 

-Espera. — freiou o carro brutalmente, se não estivéssemos de cinto, acho que um acidente teria acontecido. — Te machuquei? Merda. Desculpe, estava descontrolado... Onde dói?

-Não... — ia começar falar, mas buzinas soaram em meu ouvido. — Acho melhor voltar a dirigir. — ele assentiu, e ligou o carro novamente, gritando pros motoristas de trás esperarem.

E, novamente em silêncio, chegamos em nossa casa. 

-Ôh, demoraram! — gritou Maite, como se fosse um alívio termos chegado. — Puxa, Alfonso! O que foi isso na sua cara? — perguntou apontando pro rosto machucado dele.

-Nada, não se preocupe. — respondeu. — Pode ir, não precisaremos mais de você hoje. — ele sorriu gentilmente, e ela também.

-Tudo bem! — alongou um pouco o "tudo", então saiu. — Tchau pra vocês! — gritou lá de fora.

-Ela estava desesperada. — comentou, cômico.

-Percebi. — então nós rimos e sentamos no sofá. 

Aos poucos paramos de rir e nos encaramos.

-Desculpe se te machuquei. — ele disse. — Onde dói?

-Não se preocupe, Poncho. Não machucou físicamente... Seu olhar naquela hora que doeu. 

-Desculpe, Annie. Estava realmente puto com você. Desculpe-me se fui um ogro, ou qualquer coisa relacionada. 

Engraçado. As mulheres tem um poder extraordinário, que é fazer toda a sua culpa, ser transferida para os homens. Quer dizer, eu estava errada. Era eu quem tinha que pedir desculpas, não? 

-E quem disse que não gosto de homens... Brutos? — eu sorri, e ele também.

Genteesss, á partir dos capítulos de amanhã já volto a responder os comentários, se nada imprevisto acontecer! 

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