Fanfic: Recém-Formada AyA | Tema: Anahí e Alfonso.

-Poncho...? — falei soltando-me lentamente de Aaron, como se fizesse alguma diferença me soltar rápido ou não.

-Vai dizer que quer brigar com ela de novo? — disse Aaron, revirando os olhos.

-Já pedi pra não se meter na nossa vida. — disse Alfonso. Não parecia bravo... Estranhei. — Aliás, lembro de ter pedido que não se aproximasse dela. 

-Como se eu fosse obedecer uma ordem sua. — retrucou Aaron. 

-Por favor. — interrompi Alfonso, quando ia responder. — Já são dois adultos, parem de ficar brigando. 

-Tudo bem. — falou o Poncho com cara entediada. — Quer entrar no carro direto, ou vamos discutir antes? — parecia meio que "foda-se" pro que estava acontecendo.

-Vamos pro carro. — falei com voz baixa. Dei um tchauzinho pro Aaron, que respondeu com o mesmo gesto.

-E então. - disse ele, quando deu a partida. — Vai começar a se explicar, ou...

-Alfonso, por que está agindo como se não ligasse? — o interrompi.

-Sei lá. Devo ter me acostumado, ou qualquer coisa assim. — deu de ombros. Isso doeu lá no fundo da alma.

-Alfonso, acabo de descobrir que não trabalho mais na universidade, e Aaron só estava me dando apoio. Não há nada demais num abraço entre amigos!

-Ok. — disse parando o carro numa calçada qualquer e me encarando. — Vou te contar do meu dia. — ia falar algo, mas ele me interrompeu. — Primeiro, levanto com a notícia que minha mulher irá trabalhar com um cara extremamente... "Bonito", aos olhos das mulheres. Logo depois, chego no trabalho e descubro que meu melhor amigo contratou outro funcionário pra trabalhar comigo. Você sabe o que isso significa, Anahí? — perguntou. Parecia magoado com Will.

-Não...

-Significa que ele não confia nos meus atos naquela empresa. E você sabe o quanto, pra um homem, vale uma amizade, Anahí? — repetiu.

-Não... — repeti, me encolhendo.

-Muito. Muito mesmo. 

-Poxa, eu não... — ele me interrompeu novamente.

-Não acabou ainda. — falou duro. — Quando saio da empresa, chego na Universidade e vejo minha mulher se pegando com um cara filho da puta. Diga, srta. Portilla, diga se não tenho motivos o suficiente pra sair agarrando as mulheres, como a srta. fez. 

-Alfonso, sinto muito tudo isso. Ele só me abraçou, e eu estava sensível... — eu estou chorando. — Desculpe-me!

-Tudo bem, Anahí. Eu te entendo perfeitamente. — falou acelerando o carro de novo. 

-Então... Vai me perdoar? — sequei as lágrimas.

Ele não respondeu.