Fanfic: Recém-Formada AyA | Tema: Anahí e Alfonso.

Anahí

"Se arrependimento matasse..."

O que diabos ele quis dizer com isso? Será que se arrependeu de falar comigo daquele jeito? Se arrependeu de ter salvo nossos filhos, naquele caso de aborto? Se arrependeu de casar comigo? Se arrependeu de me conhecer?

Sei que é culpa minha tudo isso. Se eu não tivesse abraçado Aaron, nada disso teria acontecido hoje. Agora, estou eu aqui, uma mulher de quase trinta e quatro anos, chorando na frente de um garoto de cinco.

-É verdade, mãe? — perguntou uma voz conhecida, atrás de mim. Soltei Sam, e vi Alex com aqueles olhinhos quase verdes cheios de lágrimas. Olhei pra morena atrás dele, Maite. Ela não estava com uma cara muito boa, e isso me fez ter certeza que eles ouviram a briga.

-Não, meu amor. — em cinco anos que Alexander está vivo, nunca o vi chorar. A não ser quando era bebê, mas mesmo assim, foram raras as vezes que ele chorou. — Eu amo vocês dois. Igualmente. — afirmei.

-Então por que o papai disse aquilo? - falou magoado. Levantei do sofá e fui até ele, agachei do seu lado e acariciei seus cabelos castanhos, por um breve momento, já que ele se afastou.

-Papai está magoado comigo, Alex. Por isso falou o que você ouviu. — falei e ele sacudiu a cabeça.

-Você sempre gostou mais do Sam. Isso sempre ficou na cara, mas eu não me importo, por que tenho o papai. Ele me ama de verdade! — e ele saiu correndo pro meu quarto, onde Poncho havia entrado. 

Suspirei me levantando do chão. Maite me abraçou, e Sam também. 

-Poxa, amiga. Sua situação não está boa mesmo. — disse ela, óbvia.

-Obrigado, isso era tudo o que queria ouvir. — ironizei. Ela sorriu amarelo. 

-Dê tempo pra eles, vão mudar de ideia. Você verá, mamãe. — disse Sam. Eu sorri pra ele e Maite revirou os olhos. 

-Ô garoto, se sua mãe precisasse que você a aconselhasse, ela não precisaria de uma melhor amiga, não é? — eu ri fraco, e Sam fez um biquinho. — Vai, some. Deixe as adultas conversarem. — ela falou fazendo um sinal com a mão, pra ele ir embora. 

-Não fale assim com meu bebê. — falei pegando ele no colo e o segurando como uma criança.

-Ah, falando em criança, ele irá pra primeira série depois de amanhã, ta bom? — falou ela.

-O quê?! — falei incrédula, colocando-o no chão. — Não era ano que vem? 

-Bem... Eu meio que entendi errado, sabe...? — tentou se explicar.