Fanfic: Recém-Formada AyA | Tema: Anahí e Alfonso.

-Meio? — repeti incrédula. Maite sorriu amarelo.

-Desculpe! Ela não tinha dito que seria tão imediatamente antes deu te ligar. Ela só falou isso quando eu confirmei!

-Maite, ele será um garoto de...

-Cinco anos no meio de crianças de sete... — ela completou minha frase, como se adivinhasse meus pensamentos. — Foi exatamente isso que falei pra ela. Só que ela respondeu que Sam tem quase seis anos, o que é verdade.

-Isso não muda o fato dele ser mais novo. — falei irritada. 

-Não se preocupe. Se zoarem ele, nós vamos lá e processamos a escola e o indivíduo filho da puta. — ela disse sorrindo.

-Não fale essas palavras na frente do meu filho. 

-Desculpe... — ela riu e Sam também. Dei de ombros. — Vou indo. — anunciou. — Qualquer coisa, me ligue. 

-Certo. — eu assenti triste. Não quero ficar sozinha, não com dois homens (e meio) brigados comigo.

Ela foi embora, e então fiquei lá na sala conversando com Sam, dando algumas dicas de como se comportar na escola nova. 

Até que Alex apareceu. Ele parecia contrariado. Sabe quando a criança fica com aquele bico enorme, de quando você a obriga a fazer algo? Então.

-Oi, mãe. Queria pedir desculpas pelo que eu falei. — ele disse com o mesmo bico, me olhando por cima. 

-Tudo bem, amor. — falei triste. Eu sei que Alfonso o obrigou a isso. Está óbvio, na verdade. 

Ele sorriu e saiu de novo. E eu suspirei. 

-Não fica assim, mamãe. — disse Sam, beijando minha bochecha e sentando em cima das minhas pernas, envolvendo meu pescoço com seus bracinhos. — Eu te amo por ele. 

-Awn! - falei o apertando, um pouco demais, pra falar a verdade. — Eu queria que tudo voltasse ao normal, sabia? 

-Tudo vai voltar. — ele sorriu esperançoso. 

É o que eu espero.

...

-Vou dormir na sala. — anunciou Alfonso. Estou deitada na cama, lendo meu livro. Do nada entrou no quarto e disse isso.

-Tudo bem. — disse sentindo meu coração acelerar. Eu realmente achei que essa briga não ia durar mais que duas horas. 

Ele suspirou e pegou um cobertor no guarda roupas, saíndo do quarto. 

Senti as lágrimas descerem pelo meu rosto. Droga. Aqui estou eu, Anahí Portilla, chorando por um cara que está no cômodo ao lado.
Fechei os olhos, sabendo o quanto é ruim dormir chorando. 

Então ouvir a porta ser aberta. Prendi a respiração, como se ele fosse ouvir toda a minha angustia por meio dela. Percebi que, por uns segundos, abriu a porta e apenas ficou me olhando. 

Adentrou o quarto e pegou seu travesseiro, do lado da minha cabeça. O abraçou e ficou mais uns segundos lá, e logo em seguida, foi embora.