Fanfic: Recém-Formada AyA | Tema: Anahí e Alfonso.

Alexander

A vida sem a mamãe está um desastre. O papai não sabe arrumar meu lanche, então me dá dinheiro pra ir ao barzinho da esquina comprar algo pra comer. 

Além disso, estou morrendo de saudade dela. Pode até ser que ela goste mais do nerdizinho do que de mim, mas ela é a mulher mais importante da minha vida.

Por isso, vou até a casa da tia visitá-la hoje. Se passaram três dias desde que ela foi embora, e em todo esse tempo, ela só me ligou quinze vezes. Parece até que realmente não gosta de mim.

Vou na hora do lanchinho na casa da tia Maite. Pra isso, não vou o resto da tarde na creche. Então pro papai não desconfiar, eu volto quando for hora da saída.

Eu e meu amigo, Jack, bolamos esse plano. E será infalível. (Não faço a mínima ideia do que signifique essa palavra, só disse por que ouvi Sam dizer uma vez).

Agora, estão liberando as crianças pra irem com os pais almoçar. Saí correndo, me camuflando entre as crianças, em direção ao outro lado da rua.

Ok, agora só tenho que descobrir onde fica a casa da tia Maite. Deve ser aqui por perto, né?

Andei por uns minutos, sem ter a mínima idéia de onde estou indo.

-Oi, a senhora sabe onde fica a casa da tia Mai? — perguntei a uma mulher. Ela me olhou como se eu fosse assaltá-la, e negou com a cabeça. — Obrigado. — falei rabugento. Ela nem respondeu.

Então continuei andando. Dei voltas e voltas, durante quase uma hora. 

Quando cansei de andar, sentei e fiquei olhando em volta. Eu conheço esse lugar... É o bairro da tia Mai! 

Comecei a correr, procurando sua casa. Até que eu achei!

-Mamãe! — gritei parando na frente da casa dela. — Sou eu, mãe, atende! 

Uns segundos depois, porta se abriu. Era a mamãe, parecia surpresa.

-Alex?! O que você faz aqui?! Seu pai te trouxe?! Não deveria estar na escola?! Onde está ele?! — ela começou a falar muito, me deixando confuso.

-Não, eu vim sozinho. — falei orgulhoso. Ela parou de falar, e me encarou.

-O que você tem na cabeça?! O que Alfonso tem na cabeça?! Deixa um garoto de cinco anos andando sozinho por ai... É muito irresponsável! Eu deveria saber que ele não seria capaz de te criar sozinho nem por uma mísera semana! — e ela voltou a falar.

-Não... Papai acha que eu estou na creche. — falei e ela parou de falar de novo.

-Como te deixaram sair?! Ah, meu Deus! Você está bem? Te fizeram algo, Alex? 

-Não, mãe! Eu saí na hora do lanche, ninguém viu. 

-O que ele ta fazendo aqui, Annie? — disse a tia, chegando lá atrás.

-Eu tava com saudade da mamãe, e vim. — falei. Ela já ia voltar a falar de novo, mas então ela sorriu com o que eu falei.

-Oh, amor! Devia ter me ligado, eu ia te buscar! — disse e eu dei de ombros.

-Você quase não ligou pra mim esses dias. 

Seus olhos brilharam.