Fanfics Brasil - 32 A Madiadora aya adaptada

Fanfic: A Madiadora aya adaptada | Tema: Ponny AyA


Capítulo: 32

185 visualizações Denunciar


 


Capítulo 12


— Ah, Any — disse mamãe, virando-se quando entrei na casa. — Olá, querida. Olha quem está aqui para te ver. O Sr. BEAUMONT    e o filho dele.


Só então notei que Tad também estava ali. Estava parado perto da parede onde ficavam todas as nossas fotos de família – que não eram muitas, já que éramos uma família só há algumas semanas. Eram principalmente fotos de escola, minhas e dos meus irmãos adotivos, e fotos do casamento de Andy e mamãe.


Tad sorriu para mim, depois apontou uma foto minha aos dez anos – em que faltavam os dois DENTES    da frente – disse:


— Belo sorriso.


Consegui dar-lhe uma repetição razoável daquele sorriso, sem os dentes faltando.


— Oi — falei.


— Tad e o Sr. BEAUMONT estavam indo para casa — disse mamãe — e pensaram em dar uma parada e ver se você queria jantar com eles esta noite. Eu disse que achava que você não tinha outros PLANOS. Não tem, não é, Any?


Dava para ver que mamãe estava praticamente babando com a ideia de eu jantar com aquele cara e o filho dele. Mamãe teria babado com a ideia de eu jantar com Darth Vader e seu filho, de tanto que queria me ver com um namorado. Tudo o que mamãe sempre quis foi que eu fosse uma adolescente normal.


Se achava que Red Beaumont era uma boa opção de sogro, cara, ela estava latindo para a árvore errada.


E por falar em latir, de repente eu me tornei objeto de considerável interesse da parte de Max, que tinha começado a farejar minha bolsa e a gemer.


— Hmm — falei. — Vocês se importariam se eu subisse e... Hum... Deixasse minhas coisas?


— De jeito nenhum — disse o Sr. Beaumont. — De jeito nenhum. Demore o quanto quiser. Eu só estava contando à sua mãe sobre o seu artigo. O que você está escrevendo para o jornal da escola.


— É, Any — mamãe girou em sua poltrona com um sorriso gigantesco. — Você não disse que estava trabalhando para o jornal da escola. Que empolgante!


Olhei para o Sr. Beaumont. Ele me deu um sorriso afável. E de repente eu tive uma sensação muito ruim.


Não que o Sr. Beaumont fosse se levantar, chegar perto e me morder no pescoço. Calma. Isso não. Mas de repente eu tive uma sensação muito ruim de que ele contaria a mamãe o verdadeiro motivo para eu ter ido visitá-lo na véspera. Não o NEGÓCIO da matéria do jornal, mas o negócio do meu sonho.


E mamãe suspeitaria instantaneamente de você sabe o quê. Se ela soubesse que eu vinha jogando papo de sonhos paranormais para magnatas imobiliários, eu ficaria de castigo daqui até a formatura.


E o pior era que, considerando a quantidade de encrenca em que eu me metia o tempo todo em Nova York, eu não estava muito ansiosa para deixar minha mãe saber que eu estava metida em mais coisas estranhas ainda deste lado do país. Quero dizer, ela realmente não fazia ideia. Mamãe achava que tudo aqui – o fato de eu chegar constantemente depois da hora marcada, meus entreveros com a polícia, minhas suspensões, as notas ruins – tinham ficado para trás, acabado, fim. Estávamos em outra costa, começando de novo.


E mamãe estava tão feliz com isso!


Portanto falei:


— Ah, é, o artigo que eu estou escrevendo — e dei ao Sr. Beaumont um olhar significativo. Pelo menos esperava que fosse significativo. E esperava que isso significasse para ele: não abra o bico, cara, ou vai pagar bem caro.


Se bem que não sei até que ponto um cara como Red Beaumont ficaria amedrontado com uma garota de dezesseis anos.


Não ficou. Ele lançou um olhar direto de volta para mim. Um olhar que dizia, se é que eu não estava enganada: não vou abrir o bico, garota, se você bancar a boa menininha.


Assenti para que ele soubesse que tinha recebido a mensagem, girei e subi correndo a ESCADA.


Bem, pelo menos Tad estava com ele, pensei enquanto subia com Max pulando nos meus calcanhares, ainda tentando alcançar minha bolsa. O Sr. Beaumont certamente não iria me morder no pescoço tendo seu próprio filho na sala. Eu tinha bastante certeza de que Tad não era vampiro. E ele não parecia o tipo de cara que ficaria parado vendo o pai matar a garota com quem estava saindo.


E, com sorte, o tal de Marcus estaria lá. Marcus certamente não deixaria o patrão enfiar os caninos em mim.


Não fiquei muito surpresa quando, ao chegarmos à porta do meu quarto, Max subitamente dar meia-volta e, com um ganido, correr na direção oposta. Ele não ficava muito empolgado na presença de Poncho.


E nem Spike ficaria, pensei. Mas Spike não tinha opção.


Entrei no quarto, tirei a CAIXA DE AREIA da enorme sacola do Safeway e enfiei debaixo da pia do meu banheiro, depois enchi de areia. Do centro do meu quarto, onde tinha deixado a bolsa de livros, vinham uns uivos fantasmagóricos. Aquela pata ficava saindo do BURACO que Spike tinha aberto a mordidas, tateando em volta e procurando algo para arranhar.


— Estou indo o mais rápido possível — resmunguei enquanto colocava água numa tigela e depois abria uma lata de comida e deixava num prato no chão, junto da água.


Depois, me certificando de que puxava o zíper para longe de mim, abri a bolsa.


Spike saiu rasgando tudo como... Bem... Mais como o Diabo da Tasmânia do que como qualquer gato que eu já tinha visto. Girou pelo quarto três vezes antes de ver a comida, parar escorregando subitamente e começar a comer.


— O que é isso? — ouvi Poncho dizer.


Ergui os olhos. Não via Poncho desde a briga da noite anterior. Ele estava encostado no balaústre da CAMA – mamãe tinha viajado na maionese quando decorou meu quarto, pondo a penteadeira cheia de frescuras, a cama com dossel, a coisa toda – olhando para o gato como se fosse algum tipo de vida alienígena.


— É um gato — falei. — Não tive muita opção. É só até eu achar uma casa para ele.


Poncho olhou Spike cheio de suspeitas.


— Tem certeza de que é um gato? Não parece com nenhum gato que eu tenha visto. Parece mais... como é que chamam? Aqueles cavalos pequenos. Ah, sim, um pônei.


— Tenho certeza de que é um gato. Escute Poncho, estou meio encrencada.


Ele assentiu para Spike.


— Posso ver.


— Não tem a ver com o gato — falei rapidamente. — Tem a ver com Tad.


A expressão de Poncho, que tinha sido bastante agradável, provocadora, ficou subitamente sombria. Se eu não tivesse certeza de que ele não dava a mínima para mim, a não ser como amiga, juraria que estava com ciúme.


— Ele está lá embaixo — falei rapidamente, antes que Poncho começasse a gritar comigo de novo por ter sido fácil demais num primeiro encontro. — Com o pai dele. Os dois querem que eu vá jantar com eles. E não vou conseguir me livrar dessa.


Poncho murmurou alguma coisa em espanhol. A julgar por sua expressão, o que quer que ele tenha dito não foi exatamente um lamento por não ter sido convidado também.


— O NEGÓCIO — continuei — é que eu descobri umas coisas sobre o Sr. Beaumont, coisas que meio me deixaram... Bem, nervosa. De modo que você poderia... hmm... Fazer um favor?


Poncho se empertigou. Pareceu bem surpreso. Realmente eu não costumo pedir favores a ele com frequência.


— É claro, hermosa — disse ele, e meu coração deu um ligeiro salto mortal dentro do peito diante do tom carinhoso que ele sempre dava a essa palavra em espanhol. Eu nem sabia o que ela significava.


Por que é que sou tão patética?


— Olha — falei, com a voz mais esganiçada do que nunca, infelizmente. — Se eu não voltar até a meia-noite, será que você pode dizer ao padre Dominic que ele talvez devesse chamar a polícia?


Enquanto estivera falando, eu havia apanhado uma bolsa nova, da Kate Spade, e estava colocando dentro as coisas que normalmente uso no trabalho de caça-fantasmas. Você sabe, minha LANTERNA, LUVAS   , o rolo de moedas que sempre mantenho no punho desde que mamãe achou e confiscou meu soco INGLÊS   , spray de pimenta, faca de caça, e, ah é, um LÁPIS   . Era o melhor que eu tinha conseguido no lugar de uma ESTACA de MADEIRA. Eu não acredito em vampiros, mas acredito em estar preparada.


— Você quer que eu fale com o padre? — Poncho pareceu chocado.


Acho que não pude culpá-lo. Ainda que eu nunca o tenha proibido exatamente de falar com o padre Dom, também nunca encorajei.


Certamente não lhe tinha dito por que era tão relutante em apresentar os dois (certamente o padre Dom teria uma embolia ao saber que morávamos no mesmo quarto), mas eu exatamente não lhe tinha dado sinal verde para entrar na sala do padre Dominic.


— É. Quero.


Poncho ficou confuso.


— Mas Anahi... Se ele é tão perigoso, esse homem, por que você...


Alguém bateu na porta do quarto.


— Any? — chamou mamãe. — Você está vestida?


Peguei minha bolsa.


— Estou, mamãe.


Então lancei um último olhar implorante a Poncho e saí correndo do quarto, com cuidado para não deixar Spike sair, agora que tinha acabado de comer e estava fuçando seriamente o quarto em busca de mais comida.


No corredor, mamãe me olhou cheia de curiosidade.


— Está tudo bem, Any? Você ficou aqui em cima tanto tempo...


— Ah, está. Escuta mamãe...


— Any, eu não sabia que as coisas estavam tão sérias com esse garoto — mamãe pegou meu braço e começou a me guiar ESCADA  abaixo. — Ele é tão bonito! E um doce! É uma coisa linda ele querer que você jante com ele e com o pai.


Imaginei como ela teria achado doce se soubesse sobre a Sra. Fiske. Mamãe era jornalista de televisão há mais de vinte anos. Tinha ganhado uns dois prêmios nacionais por algumas de suas investigações e quando começou a PROCURAR EMPREGO na costa oeste praticamente pôde escolher onde trabalharia.


E uma albina de dezesseis anos com UM LAPTOP  e um MODEM sabia muito mais sobre Red Beaumont do que ela.


Isso é para mostrar que as pessoas só sabem o que querem.


— É — falei. — Quanto ao Sr. Beaumont, mamãe. Não acho que eu realmente...


— E que negócio é esse de você estar escrevendo uma matéria para o jornal da escola? Any, eu não sabia que você se interessava por jornalismo.


Minha mãe pareceu quase tão feliz como no dia em que ela e Andy finalmente se casaram. E considerando que isso foi o mais feliz que eu já a vi (pelo menos desde que meu pai morreu), era felicidade de montão.


— Any, sinto muito orgulho de você. Você realmente está se encontrando aqui. Sabe como eu me preocupava em Nova York. Você sempre parecia estar arranjando encrenca. Mas parece que as coisas estão realmente mudando... Para nós duas.


Era então que eu deveria ter dito: “Escute, mamãe, sabe o Red Beaumont? Certo, definitivamente ele não presta, ele pode ser um vampiro. Pronto, já disse. Agora, será que pode falar a ele que eu estou com enxaqueca e não posso ir jantar?” Mas não disse. Não podia. Só fiquei lembrando aquele olhar do Sr. Beaumont.


Ele ia contar à minha mãe. Ia contar a verdade. Sobre como eu tinha entrado em sua casa com motivos falsos, sobre aquele sonho que eu disse que tive.


Sobre como eu falo com os mortos.


Não. Não, isso não ia acontecer. Eu finalmente tinha chegado a um ponto da vida em que mamãe estava começando a sentir orgulho de mim, até mesmo a confiar em mim. Era meio como se Nova York tivesse sido um pesadelo muito ruim, do qual ela e eu tivéssemos finalmente acordado. Aqui na Califórnia eu era popular. Era normal. Era maneira. Era o tipo de filha que mamãe sempre quis, em vez do fardo social que constantemente era arrastada para casa pela polícia por ter invadido lugares e criado problemas. Eu não era mais obrigada a mentir para um terapeuta duas vezes por semana. Não estava cumprindo detenção permanente. Não precisava ouvir mamãe chorando no TRAVESSEIRO à noite, nem ver que ela começava a pegar pesado no Valium, escondida, é claro, sempre que chegava a época das reuniões de pais e professores.


Ei, com a exceção do sumagre venenoso, até minha pele havia melhorado. Eu era uma garota totalmente diferente.


Respirei fundo.


— Claro, mamãe. Claro, as coisas estão mudando para nós.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): ponnymym

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Capítulo 13 Ele não comeu. Ele me convidou para jantar, mas não comeu. Tad comeu. Tad comeu bastante. Bem, os garotos sempre comem. Quero dizer, olha só a hora das REFEIÇÕES    no lar Ackerman. Era como uma coisa saída de um romance de Jack London. Só que em vez de Caninos Brancos e do resto dos c&atil ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 39



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • maryangel Postado em 20/03/2015 - 17:15:12

    Continuaaaaa! Amooo essa fic, leio á muito tempo e é uma das minhas prediletas.

  • colucciwake Postado em 19/08/2014 - 19:51:29

    Continua pf eu n tive muito tempo essa semana e entro sempre que posso :)

  • colucciwake Postado em 08/08/2014 - 23:34:49

    ñ exclui ññññññnññññ ;~continua pf

  • bedlens Postado em 08/08/2014 - 19:59:56

    NÃOOOOOOOOOO!!! NÃO EXCLUA, POR FAVOR!!! EU AMO ESSA FIC <3

  • bedlens Postado em 04/08/2014 - 20:41:01

    Pressinto fortes emoções... POSTE MAAAAIS

  • bedlens Postado em 30/07/2014 - 21:55:04

    Por favor, poste maaaaais

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 23:31:20

    AAAAAAH! EU AMO O PONCHO <3 Algo me dizia que ele iria aparecer. Adeus Tad! Olá possível possibilidade de Ponny finalmente acontecer! Estou ansiosa para saber o que vai acontecer durante essa temporada da Dulce na Califórnia

  • colucciwake Postado em 28/07/2014 - 20:08:38

    eeeeee !!!! Dulce vai vim agora ss começa a ficar interessante

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 14:51:00

    Esse cara é um psicopata O.O Cadê o Poncho para salvar a Any? Cadê? Cadê?

  • bedlens Postado em 27/07/2014 - 16:41:46

    E eu que pensava que o Marcus era bonzinho. Cadê o Poncho para salvar a Any do tio maluco do Tad? Posta maaaaaais


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais