Fanfics Brasil - 35 A Madiadora aya adaptada

Fanfic: A Madiadora aya adaptada | Tema: Ponny AyA


Capítulo: 35

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Capítulo 15


Largada com quase tanta cerimônia quanto um jornal enrolado numa manhã de domingo, subi a entrada de VEÍCULOS . Tinha sentido um pouco de medo de Marcus mudar de ideia quanto a não fazer uma denúncia que nossa casa estivesse cercada de policiais que viriam me pegar por ter agredido o Sr. BEAUMONT .


Mas ninguém pulou em cima de mim saindo de trás dos arbustos com a arma apontada, o que era bom sinal.


Assim que entrei, minha mãe partiu para cima, querendo saber como tinha sido na casa dos BEAUMONT . O que tínhamos comido no jantar? Como era a decoração? Tad tinha me convidado ao baile de formatura?


Eu me declarei com sono demais para falar e fui direto para o quarto. Só conseguia pensar em como, diabos, provaria ao mundo que Red Beaumont era um assassino de sangue frio.


Bem, certo, talvez não de sangue frio, já que evidentemente sentia remorso pelo que tinha feito. Mas mesmo assim era um assassino.


Eu tinha esquecido, claro, de meu novo colega de quarto. Quando me aproximei da porta, vi Max sentado na frente dela, com a língua enorme pendendo.


Havia marcas de arranhões em toda a porta, onde ele havia tentado entrar a unhadas.


Acho que o fato de haver um gato lá dentro era mais forte do que o de haver também um fantasma.


— Cachorro mau! — falei quando vi os arranhões.


Instantaneamente a porta de MESTRE , do outro lado do corredor, se abriu.


— Você está com um gato aí dentro? — perguntou, mas não como uma acusação. Mais como se estivesse realmente interessado, de um ponto de vista científico.


— Hmm. Talvez.


— Ah. Eu estava pensando nisso. Porque geralmente Max, você sabe, fica longe do seu quarto. Você sabe por quê.


MESTRE  arregalou os olhos significativamente. Quando me mudei para cá, ele tinha se oferecido cheio de cavalheirismo para trocar de quarto comigo, já que o meu, pelo o que ele observou, tinha um ponto frio nítido, indicação clara de que era centro de atividade paranormal. Mesmo optando por ficar com o quarto, fiquei impressionada com o sacrifício pessoal de Mestre. Seus dois irmãos mais velhos certamente não seriam tão generosos.


— É só por uma noite — garanti. — O gato, quero dizer.


— Ah. Bem, isso é bom. Porque você sabe que Brad sofre de uma reação alérgica a caspa de gato. Os alergênicos, ou as substâncias que produzem alergia, causam a liberação da histamina, um composto ORGÂNICO    responsável pelos sintomas alérgicos. Há uma variedade de alergênicos, como os de contato – como sumagre venenoso – ou os que são transportados pelo ar, como a sensibilidade de Brad à caspa de gato. O tratamento padrão, claro, é evitar, se possível, o alergênico.


Pisquei para ele.


— Vou lembrar disso.


Mestre sorriu.


— Ótimo. Bem, boa noite. Venha, Max.


Ele arrastou o cachorro para longe e eu entrei no meu quarto.


E descobri que o novo colega tinha fugido da cadeia. Spike tinha sumido e a janela aberta indicava como ele havia escapado.


— Poncho — murmurei.


Poncho vivia abrindo e fechando minha janela. Eu a abria à noite e descobria de manhã que estava fechada. Em geral eu apreciava isso, porque a névoa da manhã que vinha da baía costumava ser gélida.


Mas agora suas boas intenções tinham resultado na fuga de Spike.


Bem, eu não iria procurar aquele gato estúpido. Se ele quisesse voltar, sabia o caminho. Se não, achei que tinha cumprido com meu dever, pelo menos com relação a Timothy.


Tinha achado seu bichinho desgraçado e o trazido para a segurança. Se aquela coisa estúpida se recusava a ficar, isso não era problema meu.


Estava me preparando para entrar na banheira quente, soltando vapor – penso melhor submersa em água com sabão – quando o telefone tocou. Não atendi, claro, porque o telefone quase nunca toca para mim. Em geral é Debbie Mancuso – apesar dos protestos de Dunga, de que os dois não estavam namorando – ou uma dentre a multidão de garotas cheias de risinhos que ligavam procurando Soneca... Que nunca estava em casa devido à sua exaustiva programação de entregas de pizza.


Mas dessa vez eu ouvi minha mãe gritar ESCADA    acima que era o padre Dominic, para falar comigo. Mamãe, apesar do que você possa pensar, não considera nem um pouco estranho eu viver recebendo telefonemas do diretor da escola. Graças a eu ser vice-presidente da turma e chefe do comitê para a Restauração da Cabeça de Junipero Serra, na verdade há alguns motivos completamente inócuos para o diretor querer me ligar.


O padre Dom, porém, nunca me liga para discutir qualquer coisa remotamente relacionada à escola. Só telefona quando quer pegar no meu pé por causa de alguma coisa relativa à mediação.


Antes que eu atendesse pela extensão do meu quarto, me perguntei – irritada, já que estava usando apenas uma toalha e suspeitava que a água do banho estaria fria quando finalmente eu entrasse nela – o que tinha feito dessa vez.


E então, como se eu já tivesse entrado na banheira e descoberto que ela estava gelada, arrepios subiram pelas minhas costas.


Poncho.


Minha discussão apressada com Poncho antes de ir para a casa de Tad.


Poncho tinha ido procurar o padre Dominic.


Não, ele não teria feito isso. Eu disse para não fazer, a não ser que eu não estivesse de volta até a meia-noite. E eu tinha chegado em casa às dez. Antes, até. Quinze para as dez.


Não podia ser isso, disse a mim mesma. Não podia ser. O padre Dominic não sabia sobre Poncho. Não sabia de nada.


Mesmo assim, quando falei alô, estava hesitante.


A voz do padre Dominic saiu calorosa.


— Ah, olá, Anahi — falou num jorro. — Desculpe ligar tão tarde, só que eu precisava discutir a reunião do conselho de estudantes de ontem com você...


— Tudo bem, padre Dom, mamãe desligou o telefone lá de baixo.


A voz do padre Dominic mudou completamente. Não era mais calorosa. Na verdade era muito indignada.


— Anahi! Por mais que eu aprecie saber que você está bem, gostaria de saber quando você pretendia me contar sobre esse tal de Poncho, se é que ia contar.


EPA   .


— Ele disse que está morando no seu quarto desde que você se mudou para a Califórnia há várias semanas e que durante todo esse tempo você tinha perfeita consciência desse fato.


Tive de afastar o telefone do ouvido. Eu sempre soubera, claro, que o padre Dominic ficaria furioso ao descobrir sobre Poncho. Mas não imaginava que fosse pirar tanto.


— É a coisa mais ultrajante que eu já ouvi — o padre Dom estava realmente pegando pesado. — O que sua pobre mãe diria se soubesse? Simplesmente não sei o que vou fazer com você, Anahi. Pensei que você e eu tínhamos estabelecido certa confiança em nosso relacionamento, mas este tempo todo você vinha mantendo o tal de Poncho em segredo...


Felizmente naquele momento o sinal de chamada em espera soou. Falei:


— Ah, dá pra esperar um minuto, padre Dom?


Enquanto apertava o botão para receber a chamada, ouvi-o dizer:


— Não me ponha na espera enquanto estou falando com você, mocinha...


Eu esperava que Debbie Mancuso estivesse na outra linha, mas, para minha surpresa, era Maite.


— Ei, Any — disse ela. — Andei fazendo mais algumas pesquisas sobre o pai do seu NAMORADO...


— Ele não é meu namorado — falei automaticamente. Ainda mais agora.


— É, certo, seu futuro namorado, então. De qualquer modo, achei que você se interessaria em saber que depois que a mulher dele, a mãe de Tad, morreu há dez anos, as coisas realmente começaram a despencar morro abaixo para o Sr. Beaumont.


Levantei as SOBRANCELHAS   .


— Morro abaixo? Tipo o quê? Não financeiramente. Quero dizer, se você visse onde eles moram...


— Não, não financeiramente. Quero dizer que depois de ela ter morrido (câncer no seio, diagnosticado tarde demais; não se preocupe, ninguém a matou) o Sr. Beaumont meio que perdeu o interesse por todas as suas muitas empresas e começou a se isolar.


Ahá. Provavelmente foi quando começou sua “doença”.


— Mas aqui está a parte realmente interessante — disse Maite. Eu podia ouvi-la batucando no teclado. — Foi mais ou menos nessa época que Red Beaumont repassou quase todas as responsabilidades para o irmão.


— Irmão?


— É. Marcus Beaumont.


Fiquei genuinamente surpresa. Marcus era irmão do Sr. Beaumont? Eu tinha achado que ele era um mero lacaio. Mas não. Era o tio de Tad.


— É o que diz. O Sr. Beaumont, o pai de Tad, ainda é a figura de proa, mas esse outro Sr. Beaumont é quem realmente comanda as coisas nos últimos dez anos.


Congelei.


Ah, meu Deus. Será que eu entendi errado?


Talvez não tivesse sido o Sr. Beaumont que matou a Sra. Fiske. Talvez tivesse sido Marcus. O outro Sr. Beaumont.


“O Sr. Beaumont matou a senhora?” foi o que eu perguntei à Sra. Fiske. E ela disse que sim. Mas para ela o Sr. Beaumont poderia ter sido Marcus e não o coitado do aspirante a vampiro Red Beaumont.


Não, espera. O pai de Tad tinha me dito na bucha que lamentava ter matado todas aquelas pessoas. Que sua motivação para me convidar tinha sido essa o tempo todo: ele esperava que eu o ajudasse a se comunicar com suas vítimas.


Mas o pai de Tad tinha claramente alguns parafusos a menos. Não acreditava que ele pudesse ter matado uma barata, quanto mais um ser humano.


Não, quem quer que tivesse matado a Sra. Fiske e aquelas outras pessoas tinha inteligência suficiente para cobrir os próprios rastros... e o pai de Tad não era nenhum Daniel Boone, vou lhe contar.


O irmão dele, por outro lado...


— Eu estou tendo uma sensação bem estranha com isso tudo — estava dizendo Maite. — Quero dizer, sei que nós não podemos provar nada. E, apesar do que Christian diz, é muito improvável que qualquer contribuição de minha tia Pru seja aceitável no tribunal. Mas acho que temos uma obrigação moral...


O sinal de ligação em espera soou de novo. O padre Dom. Eu tinha esquecido do padre Dom. Ele havia desligado em fúria e estava ligando de volta.


— Maite — falei, ainda me sentindo meio atordoada. — A gente fala amanhã sobre isso na escola, certo?


— Certo. Mas só quero dizer, você sabe, Any, acho que a gente esbarrou numa coisa grande.


Grande? Experimente formidolosa. Mas não era o padre Dominic na outra linha, como descobri depois de apertar o botão. Era Tad.


— Ana? — disse ele. Ainda parecia meio grogue.


E ainda parecia ter apenas uma leve ideia de qual era o meu nome.


— Hmm, oi, Tad.


— Ana, eu sinto muito. — Tontura à parte, ele parecia sincero. — Não sei o que aconteceu. Acho que eu estava mais cansado do que pensei. Você sabe, nos treinos eles pegam muito pesado com a gente e algumas noites eu apago antes dos outros...


É, disse comigo mesma. Aposto que sim.


— Não se preocupe — falei.


Tad tinha muito mais coisas com que se preocupar do que com cair no sono durante um ENCONTRO.


— Mas eu quero compensar — insistiu ele. — Por favor, deixe-me compensar. O que você vai fazer no sábado à noite?


Sábado à noite? Esqueci tudo sobre esse cara ser parente de um possível assassino em série. O que isso importava? Ele estava me convidando para sair. Um ENCONTRO . Um encontro de verdade. No sábado à noite. Visões de luz de vela e beijos de língua dançaram na minha cabeça. Eu mal podia falar, de tão lisonjeada.


— Eu tenho um jogo — continuou Tad — mas achei que você poderia me ver JOGAR, e depois a gente poderia ir comer uma pizza com o resto dos caras ou alguma coisa assim.


Minha empolgação teve uma mortezinha rápida.


Será que ele estava brincando? Queria que eu fosse vê-lo JOGAR basquete? Depois ir com ele e o resto do time? Comer pizza! Eu nem era digna de um hambúrguer? Puxa, nesse ponto eu aceitaria até um croquete, cara.


— Ana — disse Tad quando eu não falei nada imediatamente. — Você não está com raiva de mim, está? Quero dizer, eu realmente não pretendia dormir na sua frente.


O que eu estava pensando, afinal? A coisa nunca daria certo entre nós. Quero dizer, eu sou uma mediadora. O pai dele é um vampiro. O tio dele um assassino. E se a gente se casasse? Imagine como nossos filhos iriam sair... Confusos. Muito confusos.


Meio tipo Tad.


— Não é que você estivesse me chateando nem nada — continuou ele. — Verdade. Bem, quero dizer, aquela coisa que você estava falando era meio chata, o NEGÓCIO    da estátua com a cabeça que precisava ser colada de volta. A história, quero dizer. Mas você não. Você não é chata, Anan. Não foi por isso que eu caí no sono, juro.


— Tad — falei, irritada por quantas vezes ele tinha sentido necessidade de garantir que eu não o havia chateado, sinal claro de que tinha sido chata a ponto de apagá-lo, e, claro, pelo fato de que ele não conseguia lembrar meu nome. — Cresça.


— O que você quer dizer?


— Quero dizer que você não caiu no sono, certo? Você apagou porque seu pai colocou Seconal ou alguma coisa assim no seu café.


Certo, talvez esse não fosse o modo mais diplomático de dizer ao cara que o pai dele precisava aumentar a potência dos remédios. Mas, EPA   , ninguém vai ficar me acusando de ser chata. Ninguém.


Além disso, você não acha que ele tinha o direito de saber?


— Ana — disse ele depois de um momento. A dor latejava em sua voz. — Por que você está dizendo uma coisa assim? Quero dizer, como é que você pode ao menos pensar isso?


Acho que eu não podia culpar o pobre coitado. Era bem difícil acreditar. A não ser que você tivesse visto do modo íntimo e pessoal como eu vi.


— Tad. Estou falando sério. Seu pai... o cérebro dele parece ajustado permanentemente em “atordoado”, se é que você está me entendendo.


— Não — disse Tad meio carrancudo (pelo menos eu achei). — Não sei do que você está falando.


— Tad... Qual é? O cara acha que é vampiro.


— Não acha! — percebi que Tad estava enfiado até o pescoço numa tremenda negação. — Você está doida!


Decidi mostrar a Tad até que ponto eu estava doida.


— Sem querer ofender, mas na próxima vez em que estiver colocando um desses seus cordões de ouro, pode se perguntar de onde veio o dinheiro para pagar por ele. Ou melhor ainda, por que não pergunta ao seu tio Marcus?


— Talvez eu pergunte.


— Talvez você devesse mesmo.


— Então vou perguntar.


— Ótimo, então faça isso.


Bati o telefone. Depois fiquei ali sentada, olhando para ele.


Que diabos eu tinha acabado de fazer?




 


bedlens:postado e daqui para frente tudo fica bem melhor e o Poncho vai... fazer algo bom para Any



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Autor(a): ponnymym

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Capítulo 16 Apesar de eu ter quase matado um homem naquela noite, não tive muito problema para dormir. Sério. Bem, então eu estava cansada, certo? Olha, vamos encarar: eu tive um dia difícil. E não que aqueles telefonemas que eu recebi logo antes de ir para a CAMA  tenham ajudado. O padre Dominic estava totalmente furioso com ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 39



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  • maryangel Postado em 20/03/2015 - 17:15:12

    Continuaaaaa! Amooo essa fic, leio á muito tempo e é uma das minhas prediletas.

  • colucciwake Postado em 19/08/2014 - 19:51:29

    Continua pf eu n tive muito tempo essa semana e entro sempre que posso :)

  • colucciwake Postado em 08/08/2014 - 23:34:49

    ñ exclui ññññññnññññ ;~continua pf

  • bedlens Postado em 08/08/2014 - 19:59:56

    NÃOOOOOOOOOO!!! NÃO EXCLUA, POR FAVOR!!! EU AMO ESSA FIC <3

  • bedlens Postado em 04/08/2014 - 20:41:01

    Pressinto fortes emoções... POSTE MAAAAIS

  • bedlens Postado em 30/07/2014 - 21:55:04

    Por favor, poste maaaaais

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 23:31:20

    AAAAAAH! EU AMO O PONCHO <3 Algo me dizia que ele iria aparecer. Adeus Tad! Olá possível possibilidade de Ponny finalmente acontecer! Estou ansiosa para saber o que vai acontecer durante essa temporada da Dulce na Califórnia

  • colucciwake Postado em 28/07/2014 - 20:08:38

    eeeeee !!!! Dulce vai vim agora ss começa a ficar interessante

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 14:51:00

    Esse cara é um psicopata O.O Cadê o Poncho para salvar a Any? Cadê? Cadê?

  • bedlens Postado em 27/07/2014 - 16:41:46

    E eu que pensava que o Marcus era bonzinho. Cadê o Poncho para salvar a Any do tio maluco do Tad? Posta maaaaaais


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