Fanfics Brasil - 38 A Madiadora aya adaptada

Fanfic: A Madiadora aya adaptada | Tema: Ponny AyA


Capítulo: 38

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Capítulo 18


Isso era tudo o que eu não queria ouvir. Nossa, você nem imagina como.


— Olha — falei rapidamente — acho que você deve saber que eu deixei uma carta com uma amiga. Se alguma coisa acontecer comigo, ela vai procurar a polícia e entregar a carta.


Dei um sorriso ensolarado para ele. Claro que era tudo uma mentira enorme, mas ele não sabia. Ou talvez soubesse.


— Não acredito — falou educadamente.


Dei de ombros, fingindo não me importar.


— O enterro é seu.


— Você realmente não deveria ter dado a dica ao garoto — disse Marcus, enquanto eu estava ocupada tentando ouvir sirenes. — Foi o seu primeiro erro, você sabe.


E não é que eu sabia mesmo?


— Bem, eu achei que ele tinha o direito de saber o que seu próprio pai estava armando.


Marcus me olhou um pouco desapontado.


— Não foi isso o que eu quis dizer — disse Marcus, e havia apenas um leve desprezo em sua voz.


— Então o quê? — Arregalei os olhos o máximo possível.


— A Pequena Srta. Inocente.


— Eu não tinha certeza de que você sabia sobre mim, claro — prosseguiu Marcus, quase amigavelmente. — Pelo menos até você tentar fugir ali na frente da escola. Esse, claro, foi seu segundo erro. Seu medo evidente de mim foi uma clara evidência. Porque então não houve dúvida de que você sabia mais do que era bom para sua saúde.


— É, mas olha — falei em minha voz mais razoável. — O que foi que você disse ontem à noite? Quem vai acreditar na palavra de uma delinquente juvenil de dezesseis anos como eu contra a de um empresário grande e importante como você? Quero dizer, fala sério. Você é amigo do governador, imagine só.


— E sua mãe — lembrou Marcus — é uma repórter da WCAL, como você observou.


Eu e minha boca grande.


O carro, que não tinha dado sinais de diminuir a velocidade até aquele ponto, começou a fazer uma curva na estrada. Percebi de repente que estávamos na Seventeen Mile Drive.


Nem pensei no que eu estava fazendo. Simplesmente estendi a mão para a maçaneta e a próxima coisa que vi foi um parapeito vindo na minha direção, e água de chuva e cascalho batendo na minha cara.


Mas em vez de rolar para fora do carro, na direção daquele parapeito – abaixo do qual eu podia ver as ondas do Mar Inquieto se chocando contra pedras na base do penhasco – fiquei onde estava. Isso porque Marcus agarrou as costas do meu casaco de couro e não quis soltar.


— Não tão depressa — disse ele, tentando me puxar de volta para o banco.


Mas eu não ia desistir tão fácil. Girei – muito ágil em minha saia de Lycra – e tentei bater com o salto da bota em sua cara. Infelizmente os reflexos de Marcus eram tão bons quanto os meus, já que pegou meu pé e torceu muito dolorosamente.


— Ei — gritei. — Isso dói!


Mas Marcus apenas riu e me deu outro soco.


Vou te contar, a sensação não foi muito legal. Durante um ou dois minutos não pude ver muito bem. Foi durante esse tempo que demorou até minha visão se ajustar que Marcus fechou a porta do carro, que tinha continuado aberta, me puxou de volta para o lugar e prendeu o cinto de segurança.


Quando meus globos oculares finalmente se ajustaram nas órbitas, olhei para baixo e vi que ele estava me segurando com força, principalmente agarrando um punhado do meu suéter.


— Oláaa — falei debilmente. — Isso é caxemira, você sabe.


— Eu solto se você prometer que vai ser razoável.


— Acho que é perfeitamente razoável tentar fugir de um cara como você.


Marcus não pareceu muito impressionado com minha abordagem sensata.


— Você não pode imaginar que eu vou deixá-la ir — disse ele. — Eu tenho de me preocupar com o controle dos danos. Quero dizer, não posso deixar você sair contando às pessoas sobre minhas... hum... técnicas especiais de solucionar problemas.


— Não há nada de especial no assassinato — informei.


Marcus continuou, como se eu não tivesse falado:


— Historicamente, você entende, sempre houve alguns poucos ignorantes que insistiram em ficar no caminho do progresso. Essas são as pessoas que eu fui obrigado a... realocar.


— É. Para a sepultura.


Marcus deu de ombros.


— Uma infelicidade, certamente, mas mesmo assim necessária. De qualquer modo, para avançarmos como civilização, ocasionalmente alguns poucos selecionados devem se sacrificar...


— Duvido que a Sra. Fiske concorde com quem você escolheu para ser sacrificado — interrompi.


— O que pode parecer uma melhoria para uns, para outros pode parecer uma orgia de destruição...


— Como a aniquilação de nosso litoral natural por parasitas loucos por dinheiro como você?


Bem, ele já tinha dito que ia me matar. Não achei que importaria se eu fosse educada ou não.


— E assim, para que o progresso aconteça — continuou ele como se não tivesse me ouvido — alguns simplesmente têm de ser privados.


— Privados da vida? — olhei-o irada. — Cara, vou lhe dizer uma coisa. Sabe seu irmão, o aspirante a vampiro? Você é tão doente quanto ele.


Naquele momento exato o carro virou na entrada da casa do Sr. Beaumont. O guarda no portão acenou enquanto nós passávamos, ainda que não pudesse me ver pela janela de vidro fumê. Provavelmente não tinha ideia de que dentro do carro de seu chefe havia uma adolescente em vias de ser executada. Ninguém – ninguém – pensei, sabia onde eu estava: nem minha mãe, nem o padre Dominic, nem Poncho– nem mesmo o meu pai. Eu não tinha ideia do que Marcus havia planejado para mim, mas o que quer que fosse, eu suspeitava de que não gostaria muito... especialmente se isso me levasse para onde tinha levado a Sra. Fiske.


O que eu estava começando a achar que provavelmente aconteceria.


O carro parou. Os dedos de Marcus apertaram a parte de cima do meu braço.


— Venha — disse ele, e começou a me arrastar pelo banco para o seu lado, onde a porta estava aberta.


— Espera um minuto — falei, num último esforço para convencê-lo de que poderia ser perfeitamente razoável se tivesse o incentivo correto. Por exemplo, ser morta. — E se eu prometesse não contar a ninguém?


— Você já contou a alguém — lembrou Marcus. — Meu sobrinho, Tad, lembra?


— Tad não vai contar a ninguém. Ele não pode. Ele é seu parente. Não tem permissão de testemunhar contra os próprios parentes no tribunal, ou sei lá. — Minha cabeça ainda estava tonta pelo soco de Marcus, por isso eu não me sentia muito lúcida. Mesmo assim tentei ao máximo ser razoável com ele. — Tad é um superguardador de segredo.


— Em geral os mortos são.


Se eu não estivesse apavorada antes – e definitivamente estava –, agora me sentia superapavorada. O que ele quis dizer com isso? Quis dizer... quis dizer que Tad não falaria porque estaria morto? Esse cara ia matar o próprio sobrinho? Por causa do que eu tinha dito a ele?


Não podia deixar que isso acontecesse. Eu não tinha ideia do que Marcus pretendia fazer comigo, mas de uma coisa estava certa: ele não ia pôr um dedo no meu namorado.


Ainda que naquele momento em particular eu não fizesse ideia de como ia impedi-lo.


Enquanto Marcus me puxava, falei com seus capangas:


— Só quero agradecer a vocês por terem me ajudado. Vocês sabem, considerando que eu sou uma garota indefesa e que esse cara é um assassino a sangue-frio, e coisa e tal. Verdade, vocês foram fantásticos...


Marcus me deu um puxão e eu fui voando pelo carro até ele.


— Epa — falei quando encontrei meus pés. — Para que pegar pesado?


— Não vou me arriscar — disse Marcus, mantendo o aperto de ferro no meu braço enquanto me arrastava até a porta da frente da casa. — Você se mostrou um problema muito maior do que eu tinha previsto.


Antes que eu tivesse tempo para digerir o elogio, Marcus tinha me arrastado para casa enquanto atrás de nós os capangas saíam do carro e nos seguiam... só para o caso, imaginei, de que eu subitamente me soltasse e tentasse uma fuga tipo La Femme Nikita.


Dentro da casa dos Beaumont – pelo o que eu podia ver, na velocidade com que Marcus me arrastava – as coisas estavam como da última vez em que eu tinha ido ali.


Não havia sinal do Sr. Beaumont – provavelmente estava na cama se recuperando de meu ataque brutal na véspera. Coitado. Se eu soubesse que era Marcus o parasita sugador de sangue, e não o irmão, teria mostrado alguma compaixão para com o velho.


O que me lembrou.


— E o Tad? — perguntei enquanto Marcus me arrastava pelo pátio, onde a chuva batia na piscina, fazendo centenas de pequenos borrifos e milhares de ondulações. — Onde você o trancou?


— Você vai ver — garantiu Marcus enquanto me puxava para o pequeno corredor onde ficava o elevador para a sala do Sr. Beaumont.


Ele abriu a porta do elevador e me empurrou para dentro, depois entrou também. Seus capangas assumiram posição no corredor, já que não havia espaço para eles e seus músculos. Fiquei feliz, porque o paletó de lã do Capanga n° 1 estava começando a feder a um pouco.


De novo tive a sensação de movimento, mas não podia perceber se era para baixo ou para cima. Enquanto seguíamos, tive a chance de examinar Marcus de perto.


Era engraçado, mas ele realmente parecia um cara comum. Poderia ter sido qualquer pessoa, um AGENTE DE VIAGENS, um advogado, um médico. Mas não. Era um assassino. Sua mãe devia sentir muito orgulho!


— Sabe — observei — quando minha mãe descobrir sobre isso, as Indústrias Beaumont vão afundar. Muito.


— Ela não vai ligar sua morte às Indústrias Beaumont.


— Ah, é? Cara, vou lhe dizer uma coisa. No minuto em que meu cadáver mutilado for encontrado, minha mãe vai virar aquela criatura do Aliens 2. Você sabe, aquele filme em que a Sigourney Weaver entra naquele negócio tipo uma empilhadeira. E aí...


— Você não vai ser mutilada.


Marcus obviamente não era fã de CINEMA. Abriu a porta do elevador e eu vi que estávamos de volta onde tudo isso havia começado, na sala assustadora do Sr. Beaumont.


— Você vai se afogar — disse ele satisfeito.


bedlens: eu tambem pensei que ele era bonzinho, mas nos enganamos e o Poncho vai surprender muito. Postado



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Autor(a): ponnymym

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  Capítulo 19 — Aqui. Aplicando uma pressão firme nas minhas costas, Marcus me guiara para o meio da sala. Rodeou a mesa, enfiou a mão numa gaveta e tirou uma coisa vermelha e sedosa. Jogou para mim. Com meus reflexos rápidos como um raio, eu peguei, larguei, depois peguei e olhei com atenção. A não ser pelas lu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 39



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  • maryangel Postado em 20/03/2015 - 17:15:12

    Continuaaaaa! Amooo essa fic, leio á muito tempo e é uma das minhas prediletas.

  • colucciwake Postado em 19/08/2014 - 19:51:29

    Continua pf eu n tive muito tempo essa semana e entro sempre que posso :)

  • colucciwake Postado em 08/08/2014 - 23:34:49

    ñ exclui ññññññnññññ ;~continua pf

  • bedlens Postado em 08/08/2014 - 19:59:56

    NÃOOOOOOOOOO!!! NÃO EXCLUA, POR FAVOR!!! EU AMO ESSA FIC <3

  • bedlens Postado em 04/08/2014 - 20:41:01

    Pressinto fortes emoções... POSTE MAAAAIS

  • bedlens Postado em 30/07/2014 - 21:55:04

    Por favor, poste maaaaais

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 23:31:20

    AAAAAAH! EU AMO O PONCHO <3 Algo me dizia que ele iria aparecer. Adeus Tad! Olá possível possibilidade de Ponny finalmente acontecer! Estou ansiosa para saber o que vai acontecer durante essa temporada da Dulce na Califórnia

  • colucciwake Postado em 28/07/2014 - 20:08:38

    eeeeee !!!! Dulce vai vim agora ss começa a ficar interessante

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 14:51:00

    Esse cara é um psicopata O.O Cadê o Poncho para salvar a Any? Cadê? Cadê?

  • bedlens Postado em 27/07/2014 - 16:41:46

    E eu que pensava que o Marcus era bonzinho. Cadê o Poncho para salvar a Any do tio maluco do Tad? Posta maaaaaais


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