Fanfic: A Madiadora aya adaptada | Tema: Ponny AyA
Capítulo 19
— Aqui.
Aplicando uma pressão firme nas minhas costas, Marcus me guiara para o meio da sala. Rodeou a mesa, enfiou a mão numa gaveta e tirou uma coisa vermelha e sedosa. Jogou para mim.
Com meus reflexos rápidos como um raio, eu peguei, larguei, depois peguei e olhei com atenção. A não ser pelas luzes no fundo do aquário, a sala estava escura.
— Vista — disse Marcus.
Era uma roupa de banho. Um maiô Speedo. Joguei-o em cima da mesa de Red Beaumont como se tivesse queimado meus dedos.
— Não, obrigada. Alças cruzadas não caem bem em mim.
Marcus suspirou. Seu olhar se desviou para a parede à minha direita.
— Tad não foi tão difícil de ser per suadido como você.
Girei. Tad estava esticado num sofá de couro que eu não tinha notado antes.
Dormindo ou inconsciente. Meu voto era por inconsciente, já que a maioria das pessoas não dorme com roupa de banho.
Isso mesmo: Tad estava pelado, a não ser pelo calção de banho em que eu tinha tido a sorte de vê-lo antes.
Virei-me de novo para o seu tio Marcus.
— Ninguém vai acreditar — falei. — Quero dizer, está chovendo lá fora. Ninguém vai acreditar que a gente foi nadar num tempo assim.
— Vocês não vão nadar — Marcus tinha ido até o aquário e bateu no vidro para atrair a atenção de um anjo-do-mar. — Vocês vão pegar o iate do meu irmão e vão andar de jet-ski.
— Na chuva?
Marcus me olhou cheio de pena.
— Você nunca andou de jet-ski antes, andou?
— Na verdade, não. Prefiro manter os pés, sempre que possível, em terra seca. De preferência calçados com Prada, mas aceito Nine West.
— A água fica particularmente agitada num tempo assim — explicou Marcus cheio de paciência. — Quem é bom em jet-ski, como o meu sobrinho, nunca se farta das ondas. É o tipo perfeito de atividade para um casal de adolescentes que buscam empolgação e mataram aula para desfrutar a companhia um do outro... e que, claro, nunca vão voltar à terra. Bem, pelo menos vivos.
Marcus suspirou e foi em frente:
— Veja bem, é lamentável, mas Tad se recusa a usar colete salva-vidas quando vai para a água. Atrapalha os movimentos. E acho que convenceu você a ir sem um também. Vocês dois vão se afastar muito do barco, uma onda particularmente forte vai derrubá-los e... Bem, as correntes provavelmente vão acabar jogando seus corpos sem vida em terra... — Ele puxou a manga e olhou de novo o relógio. — Eu tenho um almoço com um cavalheiro que quer me vender uma propriedade que seria perfeita para um Chuck E. Cheese.
— Você não pode matar seu próprio sobrinho. — Minha voz ficou esganiçada. Estava me sentindo... bem, apavorada. — Puxa, não acho que uma coisa dessas vá deixar você muito popular na festa de Natal na casa da vovó.
A boca de Marcus se firmou numa linha séria.
— Talvez você não tenha entendido. Como acabei de me esforçar muito para explicar, Srta. Portilla, sua morte, bem como a do meu sobrinho, vai parecer um trágico acidente.
— Foi assim que você se livrou da Sra. Fiske? Acidente com jet-ski?
— De jeito nenhum — disse ele revirando os olhos. — Eu não estava interessado em que o corpo dela fosse encontrado. Sem corpo não há prova de que ocorreu um assassinato, correto? Agora seja uma boa menina e...
— É assim que você se diverte? — Olhei-o irritada. — Você é mesmo um doente. E, para sua informação, eu não vou tirar nada. Quem encontrar este corpo vai encontrá-lo totalmente vestido, muito obrigada.
— Ah, desculpe — disse ele. Na verdade o sujeito parecia sincero. — Claro que você gostaria de um pouco de privacidade para trocar de roupa. Terá de me perdoar. Faz muito tempo desde que fiquei na companhia de uma jovem tão recatada.
Seu olhar baixou maliciosamente até a minha minissaia.
Mais do que nunca, senti vontade de enfiar um polegar em seus olhos. Mas estava com a impressão de que ele poderia me deixar sozinha por um minuto. E era tentador demais para resistir. Por isso apenas fiquei ali, tentando invocar um rubor.
— Acho que posso lhe dar cinco minutos — disse ele com um suspiro. Depois voltou para o elevador. — Só lembre, Srta. Portilla, que eu vou pôr você nesse maiô de um jeito ou de outro. Veja bem, claro, o que o pobre Tad escolheu — ele assentiu para o sofá. — Seria mais simples e menos doloroso para você a longo prazo, se você mesma o vestisse e me poupasse o trabalho.
Ele fechou a porta do elevador.
Realmente havia alguma coisa estranha com o sujeito, decidi. Quero dizer, ele tinha acabado de abrir mão da chance de ver uma gata como eu peladinha. O cara sem dúvida tinha um prato de macarrão no lugar do cérebro.
Bem, pelo menos foi o que eu disse a mim mesma.
Sozinha na sala do Sr. Beaumont – a não ser por Tad e os peixes, nenhum dos quais parecia muito comunicativo no momento, comecei imediatamente a tentar descobrir um jeito de escapar. As janelas, eu sabia, eram inúteis. Mas havia um telefone na mesa do Sr. Beaumont. Peguei-o e comecei a digitar o número.
— Srta. Portilla — a voz de Marcus, vindo pelo aparelho, pareceu divertida. — É um telefone interno. Você não imagina que deixaríamos o pai de Tad dar qualquer telefonema para fora em seu estado, imagina? Por favor, apresse-se e troque de roupa.
Ele desligou. Eu também.
Meio minuto desperdiçado.
A porta do elevador estava trancada. Assim como a porta do outro lado da sala. Tentei chutá-la, mas ela era feita de algum tipo de madeira realmente grossa e não cedeu.
Decidi voltar a atenção para as janelas. Enrolando a ponta de uma cortina de veludo no punho, soquei alguns vidros, depois tentei bater o pé contra um dos postigos de madeira.
Não adiantou. Eles pareciam ter sido pregados.
Restavam três minutos.
Olhei em volta procurando uma arma. Decidi que meu plano, já que a fuga era impossível, era subir na estante atrás da porta do elevador. Quando Marcus viesse, eu pularia em cima dele e encostaria um objeto pontudo em sua garganta. Depois iria usá-lo como refém para passar pelos dois capangas.
Certo, era meio Xena, a princesa guerreira. Ei, mas era um plano, certo? Eu nunca disse que era um plano bom. Só era o melhor que eu pude inventar nas circunstâncias. Quero dizer, ninguém ia aparecer de repente para me resgatar. Eu não via como alguém poderia fazer isso – a não ser Poncho, talvez, que era perfeito para atravessar paredes e coisas do tipo.
Só que Poncho não sabia que eu precisava dele. Não sabia que eu estava encrencada. Nem sabia onde eu estava.
E eu não tinha como avisar.
Decidi que um pedaço de vidro seria uma arma excelente, muito ameaçadora, por isso procurei um de aparência particularmente letal em meio à bagunça que eu tinha feito sob as janelas do Sr. Beaumont.
Dois minutos.
Segurando o caco de vidro – desejando estar com minhas luvas de caça-fantasma para não me cortar – subi na estante, o que não era fácil com sapatos de salto oito.
Um minuto e meio.
Olhei para Tad. Ele estava frouxo como uma boneca de pano, o peito nu subindo e descendo num movimento vagaroso, rítmico. Na verdade era um peito bem legal de se olhar. Não tão bonito, talvez, quanto o de Poncho. Mas mesmo assim, apesar de seu tio ser um assassino, e de seu pai ser o astro máximo do hospício – para não mencionar toda a coisa do basquete – eu não acharia ruim encostar a cabeça nele. No peito, quero dizer. Você sabe, em outras circunstâncias, sendo uma delas Tad estar consciente.
Mas nunca teria essa chance se não conseguisse que nós dois saíssemos vivos. Não havia qualquer som na sala, além da respiração constante de Tad e do borbulhar do aquário.
O aquário.
Olhei o aquário. Ele cobria a maior parte de uma parede da sala. Como aqueles peixes eram alimentados?, pensei. O tanque era embutido na parede. Eu não podia detectar nenhum alçapão conveniente pelo qual alguém pudesse botar comida. O tanque tinha de ser acessado pela sala ao lado.
A sala em que eu não podia entrar porque a porta estava trancada.
A não ser que...
Trinta segundos.
Pulei da estante e comecei a ir para o aquário.
Pude ouvir o elevador começando a zumbir. Marcus, bem na hora, estava voltando. Não preciso dizer que eu não tinha posto o maiô como uma boa menina. Se bem que peguei-o – junto com a cadeira giratória que estivera atrás da mesa do Sr. Beaumont – enquanto ia para o aquário.
O zumbido do elevador parou. Ouviu a maçaneta girar. Continuei andando. As rodinhas da cadeira faziam barulho no chão de parque.
A porta do elevador se abriu. Marcus, vendo que eu não tinha feito o que ele havia pedido, balançou a cabeça.
— Srta. Portilla— disse ele, num tom desapontado. — Estamos indo pela maneira difícil?
Posicionei a cadeira giratória na frente do aquário. Depois levantei um pé e o equilibrei em cima do assento. Num dos dedos, segurei o maiô pendurado.
— Desculpe — falei. — Mas cor de morto nunca foi a minha predileta.
Então peguei aquela cadeira e joguei com toda a força contra o aquário gigante.
vvbedlens:verdad e ele e um psicopata e o Poncho ja ja aparece
Autor(a): ponnymym
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Capítulo 20 A próxima coisa que percebi foi um estrondo tremendo. Depois uma parede de água, vidro e vida marinha exótica veio na minha direção. Aquilo me jogou de costas. Um maremoto me acertou com o peso de um trem de carga, jogando-me no chão e depois me esmagando contra a parede mais distante da sala. Fiquei sem ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 39
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maryangel Postado em 20/03/2015 - 17:15:12
Continuaaaaa! Amooo essa fic, leio á muito tempo e é uma das minhas prediletas.
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colucciwake Postado em 19/08/2014 - 19:51:29
Continua pf eu n tive muito tempo essa semana e entro sempre que posso :)
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colucciwake Postado em 08/08/2014 - 23:34:49
ñ exclui ññññññnññññ ;~continua pf
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bedlens Postado em 08/08/2014 - 19:59:56
NÃOOOOOOOOOO!!! NÃO EXCLUA, POR FAVOR!!! EU AMO ESSA FIC <3
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bedlens Postado em 04/08/2014 - 20:41:01
Pressinto fortes emoções... POSTE MAAAAIS
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bedlens Postado em 30/07/2014 - 21:55:04
Por favor, poste maaaaais
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bedlens Postado em 28/07/2014 - 23:31:20
AAAAAAH! EU AMO O PONCHO <3 Algo me dizia que ele iria aparecer. Adeus Tad! Olá possível possibilidade de Ponny finalmente acontecer! Estou ansiosa para saber o que vai acontecer durante essa temporada da Dulce na Califórnia
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colucciwake Postado em 28/07/2014 - 20:08:38
eeeeee !!!! Dulce vai vim agora ss começa a ficar interessante
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bedlens Postado em 28/07/2014 - 14:51:00
Esse cara é um psicopata O.O Cadê o Poncho para salvar a Any? Cadê? Cadê?
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bedlens Postado em 27/07/2014 - 16:41:46
E eu que pensava que o Marcus era bonzinho. Cadê o Poncho para salvar a Any do tio maluco do Tad? Posta maaaaaais