Fanfics Brasil - 43 A Madiadora aya adaptada

Fanfic: A Madiadora aya adaptada | Tema: Ponny AyA


Capítulo: 43

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Capítulo 23


— E então? — perguntou Poncho. — Como ele recebeu a coisa?


— Não quero falar nisso.


Eu estava esticada na cama, totalmente sem maquiagem, vestida com meu agasalho de corrida mais antigo. Tinha um novo plano: decidi que iria tratar Poncho exatamente como tratava meus irmãos adotivos. Desse modo teria a garantia de não me apaixonar por ele. Estava folheando um exemplar da Vogue em vez de fazer meu dever de geometria como deveria. Poncho estava no assento da janela, é claro, acariciando Spike.


Poncho balançou a cabeça.


— Qual é? — Eu sempre achava estranho quando Poncho dizia coisas como Qual é. Parecia muito esquisito vindo de um cara que usava camisa com amarrados em vez de botões. — Conte o que ele disse.


Virei uma página da revista.


— Conte o que vocês fizeram com Marcus.


Poncho pareceu meio surpreso com a pergunta.


— Nós não fizemos nada com ele.


— Besteira. Então para onde ele foi?


Poncho deu de ombros e coçou Spike debaixo do queixo. O gato estúpido estava ronronando tão alto que dava para ouvir do outro lado do quarto.


— Acho que ele decidiu viajar por um tempo — o tom de Poncho era de uma inocência enganadora.


— Sem dinheiro? Sem os cartões de crédito? Uma das coisas que os bombeiros tinham achado no quarto era a CARTEIRA de Marcus... e a arma dele.


— Há uma coisa a ser dita com relação a conhecer este seu grande país a pé — Poncho deu um tapinha nas costas de Spike quando o gato lhe deu uma patada preguiçosa. — Talvez ele passe a apreciar melhor a beleza natural.


Funguei e virei uma página da revista.


— Ele vai voltar em uma semana.


— Acho que não.


Poncho falou isso com tanta certeza que eu senti suspeitas instantaneamente.


— Por quê?


Ele hesitou. Não queria contar, dava para ver.


— O quê? — falei. — Contar a mim, um mero ser vivo, vai violar algum código espectral?


— Não — Poncho respondeu com um sorriso. — Ele não vai voltar, Anahi, porque as almas das pessoas que ele matou não vão deixar.


Levantei as sobrancelhas.


— O que você quer dizer?


— Na minha época, diriam que ele está atormentado. Não sei como chamam agora. Mas sua intervenção TEVE um grande efeito na Sra. Fiske e nos outros três cuja vida Marcus tirou. Eles se juntaram e não vão descansar enquanto ele não for suficientemente punido pelos crimes. Ele pode correr de uma ponta da terra à outra, mas nunca vai escapar deles. Pelo menos até morrer. E quando isso acontecer — a voz de Poncho estava dura — ele será apenas uma sombra do que foi.


Não falei nada. Não podia. Como mediadora, sabia que não deveria aprovar esse tipo de comportamento. Quero dizer, os fantasmas não deveriam ter permissão de tomar a lei nas próprias mãos, tanto quanto qualquer ser vivo.


Mas eu não gostava particularmente de Marcus e nem tinha como provar que ele havia matado aquelas pessoas. Eu sabia que ele nunca seria punido pelos habitantes deste mundo. Então o que havia de tão errado em ser punido pelos que viviam no outro?


Olhei para Poncho pelo canto dos olhos, lembrando que, pelo o que eu tinha lido, ninguém jamais fora condenado pelo crime contra ele, também.


— Então — falei — acho que você fez a mesma coisa, hein, com as... é ... pessoas que mataram você, certo?


Mas Poncho não engoliu a pergunta marota. Apenas sorriu e disse:


— Diga o que aconteceu com seu irmão.


— Irmão adotivo — lembrei.


E não ia contar a Poncho sobre minha conversa com Mestre, assim como Ponchonão contaria bolhufas sobre como tinha morrido. Só que no meu caso era porque o que tinha acontecido com Mestre era simplesmente embaraçoso demais para contar.


Poncho não queria falar sobre como tinha morrido por que... bem, não sei. Mas duvido de que fosse porque se sentia sem graça com isso.


Eu tinha encontrado Mestre exatamente onde mamãe disse que ele estaria, em seu quarto fazendo o dever de casa, um trabalho que só deveria ser entregue no mês seguinte. Mas assim era o Mestre: por que deixar para amanhã um dever de casa que você podia fazer hoje?


Seu “entra”, quando eu bati na porta foi casual. Ele não havia suspeitado que era eu. Eu nunca entrava nos quartos dos meus irmãos adotivos, se pudesse evitar. O cheiro de meias sujas era simplesmente avassalador demais.


Só que como eu também não estava cheirando a frescor de margaridas naquele momento em particular, achei que suportaria.


Mestre ficou chocado ao me ver, com o rosto quase tão vermelho quanto os cabelos. Pulou e tentou esconder a pilha de cuecas sujas debaixo do edredom da cama desfeita. Mandei relaxar. E então me sentei naquela cama desarrumada e disse que tinha uma coisa para lhe contar.


Como ele recebeu? Bem, para começar, ele não fez um monte de perguntas estúpidas tipo como você sabe? Ele sabia como. Conhecia um pouco sobre o negócio de mediação. Não muito, mas o bastante para saber que eu me comunico, numa base um tanto regular, com os mortos.


Acho que foi o fato de que era com sua mãe que eu estivera me comunicando dessa vez que lhe trouxe lágrimas aos olhos azuis... e me deixou meio chocada. Eu nunca tinha visto Mestre chorar.


— Ei — falei cheia de alarme. — Ei, tudo bem...


— Como... — Mestre estava contendo um soluço. Dava para ver totalmente. — Como era sua aparência?


— Como era sua aparência? — repeti, sem ter certeza de que tinha ouvido direito. Diante de sua vigorosa confirmação com a cabeça falei, com cuidado: — Bem, ela estava... ela estava bem bonita.


Os olhos cheios de lágrimas de Mestre se arregalaram.


— Mesmo?


— É. Foi por isso que eu a reconheci, você sabe. Por causa da foto dela com seu pai, lá embaixo. Ela estava daquele jeito. Só que com o cabelo mais curto.


O esforço que Mestre estava fazendo para não chorar fez com que sua voz tremesse.


— Eu queria poder... eu queria poder vê-la assim. Na última vez em que a vi, ela estava terrível. Não como naquela foto. Você não teria reconhecido. Ela estava em c-coma. Os olhos dela estavam fundos. E havia um monte de tubos saindo dela...


Mesmo eu estando sentada a uns trinta centímetros dele, senti o tremor que o atravessou. Falei gentilmente:


— David, o que vocês fizeram, quando tomaram a decisão de deixar que ela fosse embora... foi a coisa certa. Foi o que ela queria. É isso que ela precisa garantir que você entenda. Você sabe que foi a coisa certa, não sabe?


Os olhos dele estavam tão profundamente cravados nos meus que eu mal podia ver suas íris. Enquanto eu olhava, uma lágrima escapou e escorreu pela bochecha, seguida rapidamente por outra do lado oposto do rosto.


— I-intelectualmente — disse ele. — Acho que sim. M-mas...


— Foi a coisa certa — repeti com firmeza. — Você tem de acreditar. Ela acredita. Então pare de se censurar. Ela ama você demais...


Essa foi a gota d’água. Agora as lágrimas escorriam com força total.


— Ela disse isso? — perguntou ele numa voz embargada que me lembrou de que, afinal de contas, ele ainda era um garotinho bem pequeno e não o computador sobre-humano que finge ser algumas vezes.


— Claro que disse.


Ela não tinha dito, claro, mas tenho certeza de que teria, se não estivesse tão enojada com minha incompetência total.


Então Mestre fez uma coisa que me chocou por completo: envolveu meu pescoço com os dois braços.


Esse tipo de demonstração passional era tão pouco estilo Mestre que eu não soube o que fazer. Fiquei ali sentada por um momento incômodo, sem me mexer, com medo de que, se fizesse isso, poderia cortar seu rosto com algum dos rebites da minha jaqueta. Mas, finalmente, quando ele não me soltou, levantei a mão e lhe dei um tapinha inseguro no ombro.


— Tudo bem — falei debilmente. — Vai ficar tudo bem.


Ele chorou por uns dois minutos. O fato de ter se agarrado a mim, chorando daquele jeito, me deu uma sensação estranha. Era uma espécie de sentimento protetor. Então ele finalmente se inclinou para trás, e, sem graça, enxugou os olhos de novo e disse:


— Desculpe.


— Bobagem — falei. Embora, claro, não fosse.


— Any. Posso perguntar uma coisa?


Esperando mais perguntas sobre sua mãe, falei:


— Claro.


— Por que você está fedendo a peixe?


 


Voltei ao quarto pouco depois, abalada não somente pela reação emocional de Mestre ao recado, mas também por outra coisa. Uma coisa que eu não tinha contado a Mestre, e que também não tinha intenção de mencionar a Poncho.


Foi que enquanto eu estava abraçada a Mestre, sua mãe tinha se materializado do lado oposto da cama e olhado para mim.


— Obrigada — ela falou.


Vi que ela estava chorando quase tanto quanto o filho.


Só que suas lágrimas, tive uma consciência desconfortável, eram de gratidão e amor.


Com toda aquela gente chorando em volta de mim, teria sido realmente um espanto que meus olhos também se enchessem? Puxa, qual é. Eu sou apenas HUMANA   .


Mas realmente odeio quando choro. Prefiro sangrar, vomitar ou sei lá o quê. Chorar é simplesmente... Bem, é o pior.


Dá para ver por que eu não podia contar nada disso a Poncho. Era simplesmente... pessoal demais. Era entre Mestre, a mãe dele e eu, e nem cavalos selvagens – ou fantasmas excessivamente bonitos que por acaso morassem no meu quarto – iriam arrancar isso de mim.


Poncho, eu vi quando levantei o olhar da matéria que eu estava espiando sem ver (Como saber se ele a ama em segredo. É, certo. Um problema que eu não tenho de jeito nenhum), estava rindo para mim.


— Mesmo assim — disse ele. — Você deve estar se sentindo bem. Não é todo mediador que pega um assassino sozinho.


Grunhi e virei outra folha.


— É uma honra sem a qual definitivamente eu poderia viver. E não fiz isso sozinha. Você ajudou. — Depois lembrei que, na verdade, eu estava com a situação bastante resolvida quando Poncho apareceu. Por isso acrescentei: — Bem, mais ou menos. — Mas isso pareceu indelicado. Por isso falei, de má vontade: — Obrigada por você ter aparecido daquele jeito.


— Como eu poderia não aparecer? Você me chamou.


Ele tinha achado um pedaço de barbante em algum lugar e agora balançava-o na frente de Spike, que o olhou com uma expressão que parecia dizer “O que você acha, que eu sou estúpido?”


— Hmm. Eu não chamei você, certo? Não sei de onde você tirou isso.


Ele me olhou, com os olhos mais escuros do que nunca à luz do sol poente que jorrava sem misericórdia no meu quarto todo dia no fim de tarde.


— Eu te ouvi claramente, Anahi.


Franzi a testa. Isso estava ficando um pouco esquisito demais para mim.


Primeiro a Sra. Fiske tinha aparecido quando tudo que eu fiz foi pensar nela. E depois Jesse fez a mesma coisa. Só que, pelo que eu sabia, eu não tinha chamado nenhum dos dois. Tinha pensado neles, certo.


Nossa. Havia mais coisas nesse negócio de mediação do que eu havia suspeitado.


— Bem, já que estamos no assunto — falei — por que você não me contou que Red era o apelido que a mãe de Mestre deu a ele?


Poncho me olhou perplexo.


— Como é que eu ia saber?


Certo. Eu não tinha pensado nisso. Andy e minha mãe tinham comprado a casa – a casa de Poncho – só no verão passado. Poncho não poderia saber quem era Cynthia. E no entanto...


Bem, ele devia saber alguma coisa sobre ela.


Fantasmas. Será que algum dia eu iria entendê-los?


— O que o padre disse? — perguntou Poncho, numa óbvia tentativa de mudar de assunto. — Quero dizer, quando você contou a eles sobre os Beaumont.


— Não muita coisa. Ele ficou bem chateado comigo porque não contei imediatamente sobre Marcus e seus negócios.


Tive o cuidado de não acrescentar que o padre Dom também estava pirado com o negócio do Poncho. Isso, ele me garantiu, era um assunto que iríamos discutir longamente na manhã seguinte, na escola. Eu mal podia esperar. Não era de espantar que estivesse me ferrando tanto em geometria, dado o tempo que passava na sala do diretor.


O telefone tocou. Atendi, agradecida por uma desculpa para não ter de continuar mentindo a Poncho.


— Alô?


Poncho me lançou um olhar azedo. O telefone é uma conveniência moderna sem a qual Poncho insiste em que viveria feliz. A tevê é outra. Mas ele parece não se incomodar com Madonna.


— Ana?


Surpresa, surpresa. Era Tad.


— Ah, oi.


— Hmm. Sou eu, Tad.


Não me pergunte como esse cara e o cara que tinha cometido tantos assassinatos sem ser preso compartilhavam dos mesmos genes. Realmente não entendo.


Revirei os olhos e, jogando o exemplar da Vogue no chão, peguei a carta de Dulce e reli.


— Eu sei que é você, Tad. Como seu pai está?


— Hmm. Muito melhor, na verdade. Parece que alguém estava dando alguma coisa a ele, uma coisa que meu pai achava que era remédio e que podia estar tendo algum tipo de efeito alucinógeno nele. Os médicos acham que isso podia estar fazendo com que ele pensasse que era... bem, o que ele acha que é.


— Verdade?


Cara, escreveu Dulce em sua letra grande e cheia de curvas. Parece que eu vou ao oeste ver você! Sua mãe é um barato! E também esse seu pai adotivo. Mal posso esperar para conhecer a galera nova. Eles não podem ser tão ruins como você diz.


Quer apostar?


— É. Então eles vão tentar, você sabe, desintoxicá-lo durante um tempo e a esperança é de que, assim que esse negócio, o que quer que seja, saia do sangue dele, ele volte a ser o que era.


— Uau, Tad. Isso é ótimo.


— É. Mas vai demorar um tempo, já que acho que ele vem tomando esse negócio desde logo depois da morte da minha mãe. Eu acho... bem, não contei a ninguém, mas estou imaginando se o tio Marcus podia estar dando esse negócio ao meu pai. Não para fazer mal a ele nem nada...


É, certo. Ele não estava tentando fazer mal. Estava tentando controlar as Indústrias Beaumont, só isso. E tinha conseguido.


— Acho que ele podia ter pensado que estava ajudando ao meu pai. Logo depois da morte da minha mãe, papai ficou muito abalado. O tio Marcus só estava tentando ajudar, tenho certeza.


Como estava tentando ajudar a você, Tad, quando lhe deu uma cacetada com o revólver e trocou sua Levis por um short de banho. Percebi que Tad estava num tremendo processo de negação.


— De qualquer modo — continuou ele. — Eu só queria dizer... é... obrigado. Quero dizer, por não ter contado nada aos policiais sobre o meu tio. Quero dizer, a gente provavelmente deveria ter dito, certo? Mas parece que ele sumiu, e, você sabe, seria meio ruim para os negócios do meu pai...


Essa conversa estava ficando esquisita demais para mim. Voltei ao conforto da carta de Dulce.


E o que eu devo levar? Quero dizer, para vestir? Comprei uma calça Miu Mil chiquerésima por vinte pratas, numa promoção na Filene`s, mas aí não está fazendo um tempo tipo SOS MALIBU   ? A calça é de lã. Além do mais, é melhor você conseguir que a gente seja convidada a umas festas maneiras enquanto eu estiver aí, porque mandei fazer trancinhas novas, e, garota, vou te contar, estou um ARRASO. Foi Shauna quem fez, e ela só me cobrou um dólar por cada. Claro que eu tive de tomar conta do irmãozinho fedorento dela no sábado, mas quem se importa? Valeu a pena.


 


— Bem, de qualquer modo, eu só liguei para agradecer por você ter sido, você sabe, tão legal com tudo.


 


Além disso, escreveu Dulce, acho que você deveria saber, eu estou pensando seriamente em fazer uma tatuagem enquanto estiver aí. Eu sei, eu sei. Mamãe não ficou exatamente empolgada com o PIERCING na língua. Mas estou achando que não tem motivo para ela ver a tatuagem, se eu fizer onde estou pensando. Se é que você me entende!


UM BEIJÃO


–D


— Além disso, acho que devo dizer, já que meu tio foi embora e meu pai está... você sabe, no HOSPITAL   ... parece que eu tenho de ficar com minha tia um tempo, em São Francisco. Por isso não vou estar por aqui durante umas semanas. Ou pelo menos até meu pai melhorar.


Percebi que nunca mais ia ver Tad de novo. Para ele eu acabaria me tornando só uma lembrança incômoda do que tinha acontecido. E por que ele iria querer ficar com alguém que o faz se lembrar do tempo doloroso em que seu pai andava por aí fingindo ser o conde Drácula?


Achei isso meio triste, mas podia entender.


P.S.: Saca isso! Eu achei num brechó. Lembra daquela paranormal pirada que a gente foi ver uma vez? A que chamou você de... como foi mesmo? Ah, é, de mediadora. Condutora de almas? Bem, olha só! Bela roupa. Sério. Muito Cynthia Rowley.


Enfiada no envelope junto com a carta de Dulce estava uma velha carta do tarô.


Parecia ser de um baralho de iniciante, porque havia uma explicação impressa sob a ilustração, que era de um velho de barba branca e comprida segurando uma lanterna.


O Arcano Nove – dizia a explicação. O eremita, a nona carta do tarô, guia as almas dos mortos para além da tentação das fogueiras ilusórias ao lado da estrada, de modo que possam ir direto ao seu objetivo mais elevado.


Dulce tinha desenhado um balão saindo da boca do eremita, com as seguintes palavras: Oi, eu sou Any, serei sua guia espiritual na outra vida. Certo, qual de vocês, seus sacanas, pegou meu brilho labial?


— Ana? — Tad pareceu preocupado. — Ana, você ainda está aí?


— Estou. Estou aqui. Que pena, Tad. Vou sentir sua falta.


— É. Eu também. É uma pena você nunca ter me visto jogar.


— É. É uma pena mesmo.


Tad murmurou um último adeus em sua voz sensual e sedosa e depois desligou.


Eu fiz o mesmo, tendo o cuidado de não olhar na direção de Poncho.


— Então — disse Poncho sem ao menos um “desculpe por ter ouvido sua conversa particular”. — Você e Tad? Acabaram?


Olhei-o furiosa.


— Não que seja da sua conta — falei rigidamente. — Mas é, parece que Tad vai se mudar para São Francisco.


Poncho nem TEVE  a decência de tentar esconder o sorriso.


Em vez de deixar que ele pegasse no meu pé, peguei a carta do tarô que Dulce tinha me mandado. É curioso, mas parecia a mesma que Pru, a tia de Maite ficava virando quando nós estivemos em sua casa. Será que eu tinha feito com que aquilo acontecesse? Fiquei pensando. Teria sido por minha causa?


Mas certamente eu não era grande coisa como condutora de almas. Quero dizer, veja só a confusão que eu fiz com a mãe de Mestre.


Por outro lado, eu acabei deduzindo. E no meio tempo ajudei a parar com as atividades de um assassino...


Talvez eu não fosse tão ruim nesse negócio de mediação quanto pensava. Estava ali sentada no meio da minha cama, tentando deduzir o que faria com a carta – pregar na porta? Ou isso geraria muitas perguntas curiosas? Grudar dentro do meu armário da escola? – quando alguém bateu na porta do quarto.


— Entre — falei.


A porta se abriu e Dunga ficou ali parado.


— Ei — disse ele. — O jantar está pronto. Papai disse para você descer. — Ei. — Sua expressão normalmente idiota se transformou num riso de deleite malicioso. — Isso é um gato?


Olhei para Spike. E engoli em seco.


— Hmm. É. Mas escuta, Dun... quero dizer, Brad. Por favor, não conte ao seu...


— Você está... totalmente... ferrada — interrompeu Dunga.



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Autor(a): ponnymym

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Prévia do próximo capítulo

A Reunião   Anahi é uma adolescente como outra qualquer. Bem, quase... Ela tem um pequeno segredo: é uma mediadora. Fala com fantasmas e os ajuda a descansar em paz. Um dom um tanto incomum para ser divido com os colegas, irmãos e até mesmo com a mãe. Mas de uma pessoa Anahi não conseguirá esconder seu segredo. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 39



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  • maryangel Postado em 20/03/2015 - 17:15:12

    Continuaaaaa! Amooo essa fic, leio á muito tempo e é uma das minhas prediletas.

  • colucciwake Postado em 19/08/2014 - 19:51:29

    Continua pf eu n tive muito tempo essa semana e entro sempre que posso :)

  • colucciwake Postado em 08/08/2014 - 23:34:49

    ñ exclui ññññññnññññ ;~continua pf

  • bedlens Postado em 08/08/2014 - 19:59:56

    NÃOOOOOOOOOO!!! NÃO EXCLUA, POR FAVOR!!! EU AMO ESSA FIC <3

  • bedlens Postado em 04/08/2014 - 20:41:01

    Pressinto fortes emoções... POSTE MAAAAIS

  • bedlens Postado em 30/07/2014 - 21:55:04

    Por favor, poste maaaaais

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 23:31:20

    AAAAAAH! EU AMO O PONCHO <3 Algo me dizia que ele iria aparecer. Adeus Tad! Olá possível possibilidade de Ponny finalmente acontecer! Estou ansiosa para saber o que vai acontecer durante essa temporada da Dulce na Califórnia

  • colucciwake Postado em 28/07/2014 - 20:08:38

    eeeeee !!!! Dulce vai vim agora ss começa a ficar interessante

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 14:51:00

    Esse cara é um psicopata O.O Cadê o Poncho para salvar a Any? Cadê? Cadê?

  • bedlens Postado em 27/07/2014 - 16:41:46

    E eu que pensava que o Marcus era bonzinho. Cadê o Poncho para salvar a Any do tio maluco do Tad? Posta maaaaaais


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