Fanfics Brasil - 49 A Madiadora aya adaptada

Fanfic: A Madiadora aya adaptada | Tema: Ponny AyA


Capítulo: 49

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Capítulo 4


Quando voltei à aula de história geral, Kelly Prescott, meu amigo Christian, Rob Kelleher – um dos atletas da turma e amigão do Dunga – e um garoto quieto cujo nome nunca lembro estavam acabando uma apresentação chamada Corrida Armamentista Nuclear: Quem Chegará na Frente?


Era uma tarefa idiota, se você me perguntasse. Digo, com a queda do comunismo na Rússia, quem se importava?


Acho que esse era o ponto. A gente deveria se importar. Porque, como revelavam os cartazes que o grupo de Kelly estava segurando, havia alguns países com mais bombas e coisas parecidas do que nós.


— Certo — estava dizendo Kelly enquanto eu entrava e colocava o passe de saída na mesa do Sr. Walden antes de ir para minha carteira. — Tipo, como vocês podem ver, os Estados Unidos têm um bom estoque de mísseis e coisa e tal, mas quanto a tanques, os chineses têm sido bem melhores em incrementar seu aparato militar... — Kelly apontou para um punhado de pequenas bombas vermelhas em seu gráfico. — E eles poderiam nos aniquilar totalmente, se quisessem.


— Só que — observou Christian — há mais armas de uso particular nos Estados Unidos do que em todo o exército chinês, de modo que...


— E daí? — perguntou Kelly. Eu podia sentir que havia alguma divisão entre as tropas daquele grupo específico. — De que adiantam armas particulares contra tanques? Tenho certeza de que todos vamos ficar atirando com nossas armas pessoais contra os tanques com os quais os chineses vão nos esmagar.


Chrstian revirou os olhos. Não estava exatamente empolgado por ficar num grupo com Kelly.


— É — concordou Rob.


A nota para os trabalhos em grupo era dividida; eram dados trinta por cento pela participação. Acho que esse “é” foi a contribuição de Rob.


O garoto cujo nome eu não sabia não disse nada. Era alto e magro, de óculos. Tinha o tipo de pele branca e opaca que tornava óbvio que não ia muito à praia. O Palm Pilot no bolso da camisa revelava por quê.


Dulce, que estava sentada atrás de mim, se inclinou e me entregou um bilhete escrito numa página do caderno espiral em que estivera rabiscando.


Onde é que você esteve?


Peguei uma caneta e escrevi de volta: Eu disse a você. O diretor queria me ver.


Por quê?, Perguntou Dulce. Você andou armando seus velhos truques de novo?


Não a culpei por perguntar. Digamos apenas que na nossa escola antiga, lá no Brooklyn, eu era obrigada a matar aula um bocado. Bem, o que você esperava? Eu era a única mediadora em todos os cinco distritos de Nova York. É muito fantasma! Aqui pelo menos eu tinha o padre Dom para ajudar de vez em quando.


Escrevi de volta: Nada do tipo. O padre Dom é o conselheiro do nosso grêmio estudantil. Tive de verificar com ele uns gastos recentes.


Achei que esse seria um tópico tão chato que Dulce iria deixar de lado, mas não fez isso, não mesmo.


E daí? Como foram? Quero dizer, os gastos?


De repente o caderno foi arrancado das minhas mãos. Ergui os olhos e vi Maite, que sentava na minha frente nessa aula e havia se tornado minha melhor amiga desde que eu tinha me mudado para a Califórnia, rabiscar nele furiosamente. Alguns segundos depois ela o passou de volta.


Você soube?, tinha escrito Maite em sua letra esparramada. Sobre o Michael Meducci?


Escrevi de volta: Acho que não. Quem é Michael Meducci?


Quando leu o que eu tinha escrito, Maite fez uma careta e apontou para o garoto parado na frente da sala, o branquelo com o Palm Pilot.


— Ah, murmurei.


Bom, eu só estava na Academia Missionária há dois meses, desde janeiro. Então me processe se ainda não sabia o nome de todo mundo.


Maite se curvou sobre o caderno, escrevendo o que parecia ser um romance. Dulce e eu trocamos olhares. Dulce pareceu achar divertido. Parecia achar toda a minha existência na Costa Oeste tremendamente divertida.


Por fim Maite entregou o caderno. Tinha rabiscado nele:


 


Mike é que estava dirigindo o outro carro naquele acidente na Estrada Pacific Coast na noite de sábado. Você sabe, aquele em que morreram os quatro alunos da RLS.


 


Uau, pensei. Essa é a vantagem de ser amiga da editora do jornal estudantil. De algum modo Maite sempre consegue saber tudo sobre todo mundo.


Ouvi dizer que ele vinha da casa de um amigo, escreveu ela. Havia neblina, e acho que eles não se viram até o último minuto, quando todo mundo virou o volante. O carro dele subiu num barranco, mas o dos outros bateu na barreira de proteção e mergulhou sessenta metros dentro do mar. Todo mundo no outro carro morreu, mas Michael escapou só com duas costelas contundidas por causa do airbag.


Levantei os olhos e espiei Mike Meducci. Não parecia um garoto que naquele fim de semana tinha se envolvido num acidente que matou quatro pessoas. Parecia um garoto que talvez tivesse ficado acordado até tarde jogando videogame ou participando de uma sala de bate-papo sobre Guerra nas estrelas na internet. Eu estava sentada muito longe para ver se os dedos dele, segurando o cartaz, tremiam, mas na expressão tensa do seu rosto havia alguma coisa sugerindo que estavam.


É especialmente trágico, rabiscou Maite, quando a gente considera o fato de que no mês passado a irmã menor dele – você não a conhece, ela é da oitava série – quase se afogou numa festa à beira da piscina e está em coma desde então. Isso é que é maldição de família...


— Então, concluindo — disse Kelly, sem tentar fingir que não estava lendo numa ficha e juntando todas as palavras de modo que mal dava para perceber o que estava falando. — Os-Estados-Unidos-precisam-gastar-muito-mais-dinheiro-incrementando-seu-aparato-militar-porque-ficamos-atrasados-com-relação-aos-chineses-e-eles-podem-nos-atacar-quando-quiserem-obrigada.


O Sr. Walden estivera sentado com os pés apoiados na mesa, olhando por cima de nossas cabeças, para o mar, que dá para ver claramente pelas janelas da maioria das salas de aula da Academia Missionária. Agora, ouvindo o silêncio súbito que caiu sobre a sala, levou um susto e baixou os pés no chão.


— Muito bem, Kelly — disse, ainda que obviamente não tivesse escutado uma palavra do que ela havia dito. — Alguém tem alguma pergunta para Kelly? Certo, ótimo, próximo grupo...


Então o Sr. Walden piscou para mim.


— Hã... — disse ele numa voz estranha. — Sim?


Como eu não tinha levantado a mão nem indicado que tinha algo a dizer, fiquei meio pasma. Então uma voz atrás de mim disse:


— Hã, desculpe, mas essa conclusão de que nós, como país, precisamos começar a incrementar o arsenal militar para competir com os chineses me parece tremendamente mal concebida.


Virei-me lentamente na cadeira e olhei para Dulce. Ela estava com uma expressão perfeitamente calma. Mesmo assim eu a conhecia. Ela estava entediada. E esse era o tipo de coisa que Dulce fazia quando estava entediada.


O Sr. Walden se ajeitou ansioso na cadeira e disse:


— Parece que a convidada da Srta. Portilla discorda da conclusão à qual vocês chegaram, Grupo Sete. Como gostariam de responder?


— Mal concebida em que sentido? — perguntou Kelly, sem consultar qualquer um dos membros do grupo.


— Bem, eu só acho que o dinheiro do qual vocês estão falando seria mais bem gasto em outras coisas, além de garantir que nós tenhamos tantos tanques quanto os chineses — disse Dulce. — Quero dizer, quem se importa se eles têm mais tanques do que nós? Eles não vão poder dirigir todos os tanques até a Casa Branca e dizer: “Certo, rendam-se agora, porcos capitalistas.” Puxa, há um oceano bem grande entre nós, não é?


O Sr. Walden estava praticamente batendo palmas de alegria.


— Então como sugere que o dinheiro seja mais bem gasto, Srta. Maria?


Dulce deu de ombros.


— Bem, em educação, é claro.


— De que adianta a educação — quis saber Kelly — quando há um tanque apontando para você?


Christian, parado junto de Kelly, revirou os olhos expressivamente.


— Talvez se nós educássemos melhor as gerações futuras — disse ele — elas possam evitar a guerra, através da diplomacia criativa e do diálogo inteligente com os outros homens.


— É — concordou Dulce. — O que ele disse.


— Com licença, mas vocês todos piraram? — perguntou Kelly.


O Sr. Walden jogou um pedaço de giz na direção do Grupo Sete. O giz acertou o cartaz deles com ruído e quicou. Esse não era um comportamento incomum da parte do Sr. Walden. Ele costumava jogar giz quando achava que não estávamos prestando atenção, particularmente depois do almoço, quando todos ficávamos meio atordoados por termos ingerido salsichas demais.


Incomum de verdade foi a reação de Mike Meducci quando o giz acertou o cartaz que ele estava segurando. Soltou o gráfico com um grito e se abaixou – se abaixou de verdade, com as mãos em cima do rosto – como se um tanque chinês estivesse indo em sua direção.


O Sr. Walden não notou isso. Ainda estava furioso demais.


— A tarefa de vocês era levantar uma argumentação persuasiva — gritou para Kelly. — Querer saber se os detratores de sua posição piraram não é argumentar persuasivamente.


— Mas sério, Sr. Walden — disse Kelly. — Se eles olhassem o gráfico, veriam que os chineses têm muito mais tanques do que nós, e nem toda a educação do mundo vai mudar isso...


Foi nesse ponto que o Sr. Walden notou Mike saindo de sua posição defensiva.


— Meducci — disse ele resoluto. — O que há com você?


Percebi que o Sr. Walden não sabia como Mike tinha passado o fim de semana. Talvez também não soubesse da irmã em coma. Como Maite conseguia descobrir essas coisas que nem nossos professores sabiam sempre foi um mistério para mim.


— N... nada — gaguejou Mike, parecendo mais pálido do que nunca. Havia algo estranho em sua expressão. Eu não conseguia identificar exatamente o que havia de errado, mas era algo a mais do que a típica falta de jeito dos nerds. — D... desculpe, Sr. Walden.


Scott Turner, um dos amigos de Dunga, sentado a algumas carteiras de onde eu estava, murmurou “D... desculpe, Sr. Walden” em um sussurro esganiçado, mas mesmo assim suficientemente alto para ser ouvido por todo mundo na sala, especialmente por Michael, cujo rosto pálido ganhou um pouquinho de cor quando os risinhos o alcançaram.


Como vice-presidente da turma do primeiro ano, é meu dever instilar disciplina nos colegas durante as reuniões do diretório. Mas eu levo as responsabilidades executivas bem a sério e costumo corrigir o comportamento dos meus colegas mais desordeiros sempre que acho necessário, não somente nas assembleias do diretório.


Por isso me inclinei e sussurrei:


— Ei, Scott.


Scott, ainda rindo de sua própria piada, me olhou. E parou de rir abruptamente.


Não sei exatamente o que eu ia dizer – teria de ter algo a ver com o último encontro de Scott com Kelly Preston e uma pinça – mas infelizmente o Sr. Walden foi mais rápido.


— Turner — gritou ele. — Quero uma redação de mil palavras sobre a batalha de Gettysburg na minha mesa amanhã de manhã. Grupo Oito, prepare-se para fazer a apresentação amanhã. A turma está dispensada.


Não há sistema de campainha na Academia Missionária. Nós mudamos de sala a cada hora, e devemos fazer isso em silêncio. Todas as salas de aula da Academia Missionária se abrem para caminhos cobertos que dão ao ar livre, no lindo pátio contendo um monte de palmeiras bem altas, uma fonte e uma estátua do fundador da missão, Junípero Serra.


A Missão, com uns trezentos anos de idade, atrai um bocado de turistas, e o pátio é o ponto alto do passeio, depois da basílica.


O pátio é um dos meus locais prediletos para sentar e meditar sobre coisas como... ah, não sei: como tive a infelicidade de nascer uma mediadora e não uma garota normal, porque não consigo fazer Jesse gostar de mim, você sabe, daquele modo especial.


O som da fonte borbulhando, o chilreio dos pardais nos caibros dos caminhos cobertos, o zumbido das asas dos beija-flores em volta dos hibiscos do tamanho de pratos, a conversa em voz baixa dos turistas – que sentem a grandiosidade do lugar e baixam as vozes – tudo isso tornava o pátio da Missão um local tranquilo onde se sentar e meditar sobre o destino.


Mas também era um dos locais preferidos pelas noviças para ficar paradas esperando estudantes inocentes passarem falando alto demais entre as aulas.


Porém ainda não fora criada uma noviça que mantivesse Dulce quieta.


— Cara, aquilo foi uma tremenda besteira — reclamou ela em voz alta enquanto íamos até o meu armário. — Que tipo de conclusão foi aquela? Tenho toda a certeza de que os chineses virão em tanques para nos atacar! Mas como é que vão chegar aqui? Passando pelo Canadá?


Tentei não rir, mas era difícil. Dulce estava escandalizada.


— Eu sei que aquela garota é presidente da turma — continuou ela — mas por falar em loura burra...


Maite, que estivera andando ao nosso lado, resmungou:


— Cuidado.


Não, como eu tinha pensado, porque, sendo albina, Maite  é a mais loura das louras, mas porque uma noviça estava lançando adagas pelos olhos na nossa direção, do outro lado do pátio.


— Ah, bom, é você — disse Dulce quando notou Maite, deixando totalmente de perceber seu olhar de alerta para a noviça e sem baixar a voz nem um pouco. — Portilla, a Maite aqui disse que vai ao shopping depois da aula.


— É aniversário da minha mãe — explicou Maite num pedido de desculpas.


Ela sabe como eu me sinto com relação a shoppings. Dulce, que sempre tivera uma espécie de memória seletiva, aparentemente havia esquecido.


— Tenho de comprar um perfume, um livro, ou sei lá o quê para ela.


— O que você acha? — perguntou Dulce. — Quer ir com ela? Eu nunca estive num verdadeiro shopping da Califórnia. Quero dar uma olhada.


— Você sabe que a Gap vende a mesma coisa em todo o país — falei enquanto girava a combinação da tranca do armário.


— Alooô! — respondeu Dulce. — Quem se importa com a Gap? Estou falando de gatinhos.


— Ah. — Guardei o livro de história geral e pesquei o de biologia, que era a próxima aula. — Desculpe. Esqueci.


— Esse é o seu problema, Portilla — disse Dulce se encostando no armário ao lado do meu. — Você não pensa em garotos o suficiente.


Bati a porta do armário.


— Eu penso um bocado em garotos.


— Não pensa não — Dulce olhou para Maite. — Ela já saiu com algum desde que veio para cá?


— Claro que sim — respondeu Maite. — Bryce Martinson.


— Não — falei.


Maite ergueu a cabeça e me olhou. Ela era um pouco mais baixa do que eu.


— O que você quer dizer com “não”?


— Bryce e eu nunca saímos de verdade — expliquei, meio desconfortável. — Você se lembra, ele quebrou a clavícula...


— Ah, é. Naquele acidente maluco com o crucifixo. E depois se transferiu para outra escola.


É, porque aquele acidente maluco não foi nenhum acidente: o fantasma da namorada de Bryce tinha jogado o crucifixo nele, num esforço totalmente injusto de impedir que eu saísse com o cara. O que, infelizmente, deu certo.


Então Maite falou, toda animada:


— Mas sem dúvida você saiu com Tad Beaumont. Eu vi vocês dois juntos no Coffee Clutch.


Empolgada, Dulce perguntou:


— Verdade? Portilla saiu com um cara? Descreva.


Maite franziu a testa.


— Bom, o negócio acabou não durando muito, não foi, Any? Houve um acidente com o tio dele, ou sei lá o quê, e Tad teve de ir morar com uns parentes em São Francisco.


Tradução: depois de eu ter impedido o tio de Tad, um assassino em série psicótico, de matar nós dois, Tad foi morar com a tia.


Isso é que é gratidão, não é?


— Nossa! — disse Maite, pensativa. — Parece que acontecem coisas ruins com os caras com quem você sai, não é, Any?


De repente me senti um pouco deprimida e falei:


— Nem todos — estava pensando em Poncho.


Então me lembrei de que Poncho: (a) estava morto, de modo que só eu podia vê-lo – portanto não é lá um material fantástico em termos de namorado – e (b) na verdade nunca tinha me convidado para sair, de modo que não se pode dizer que estávamos exatamente namorando.


Foi mais ou menos aí que alguma coisa passou zumbindo por nós, tão depressa que era apenas um borrão cáqui, seguido por um tênue cheiro levemente familiar de colônia masculina. Olhei em volta e vi que o borrão tinha sido Dunga. Estava dando uma chave de cabeça em Michael Meducci enquanto Scott Turner metia um dedo na cara dele e rosnava:


— Você vai escrever aquela redação para mim, Meducci. Sacou? Mil palavras sobre Gettysburg para amanhã de manhã. E não se esqueça de digitar com espaços duplos.


Não sei o que me deu. Algumas vezes sou simplesmente dominada por impulsos sobre os quais não tenho o menor controle.


Mas de repente empurrei meus livros para Dulce e fui até onde estava meu meio-irmão. Um segundo depois puxei um tufo do cabelo curto da sua nuca.


— Solte-o — falei torcendo com força os pelos.


Esse método de tortura, que eu tinha descoberto recentemente, era muito mais eficaz do que minha velha técnica de dar um soco na barriga de Dunga. Nas últimas semanas ele havia aumentado muito os músculos abdominais, sem dúvida como defesa contra esse tipo específico de ocorrência.


O único modo para ele me impedir de agarrá-lo pelo cabelo curto, no entanto, era raspar a cabeça, e isso aparentemente não lhe havia ocorrido.


Abrindo a boca para soltar um uivo, Dunga libertou Michael imediatamente.


Michael se afastou cambaleando, correndo para pegar os livros que tinha deixado cair.


— Any — gritou Dunga — me solta!


— É — disse Scott. — Isso não tem a ver com você, Portilla.


— Ah, tem sim. Tudo que acontece nesta escola tem a ver comigo. Sabe por quê?


Dunga já sabia a resposta. Eu tinha deixado clara para ele em várias ocasiões anteriores.


— Porque você é a vice-presidente — disse ele. — Agora me solta, pô, ou eu juro que conto ao papai...


Soltei-o, mas só porque a irmã Ernestine apareceu. Aparentemente a noviça tinha ido chamá-la. Tornou-se uma política oficial da Academia Missionária pedir ajuda sempre que surgem brigas entre mim e Dunga.


— Algum problema, Srta. Portilla?


A irmã Ernestine, vice-diretora da Academia, é uma mulher muito gorda, que usa uma cruz enorme entre os seios igualmente notáveis. Tem uma capacidade incrível de evocar o terror onde quer que vá, só de franzir a testa. É um talento que admiro e espero ser capaz de imitar algum dia.


— Não, irmã — falei.


Irmã Ernestine voltou a atenção para Dunga.


— Sr. Ackerman? Algum problema?


Carrancudo, Dunga massageou a nuca.


— Não, irmã — respondeu ele.


— Bom — disse a irmã Ernestine. — Fico feliz por finalmente vocês dois estarem se dando tão bem. Esse afeto fraterno é uma inspiração para todos nós. Agora vão logo para a aula, por favor.


Virei-me e me juntei a Maite e Dulce, que tinham ficado olhando a cena toda.


— Minha nossa, Portilla— Dulce comentou enquanto íamos para o laboratório de biologia. — Não é de se espantar que os caras daqui não gostem de você.



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Autor(a): ponnymym

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Capítulo 5 — Menina — disse Dulce. — Isso é a sua cara. Maite olhou para a roupa que Dulce a havia convencido a comprar e depois induzido a vestir para nossa inspeção. — Não sei — respondeu ela, em dúvida. — É a tua cara — disse Dulce de novo. — Estou dizendo. É a sua ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 39



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  • maryangel Postado em 20/03/2015 - 17:15:12

    Continuaaaaa! Amooo essa fic, leio á muito tempo e é uma das minhas prediletas.

  • colucciwake Postado em 19/08/2014 - 19:51:29

    Continua pf eu n tive muito tempo essa semana e entro sempre que posso :)

  • colucciwake Postado em 08/08/2014 - 23:34:49

    ñ exclui ññññññnññññ ;~continua pf

  • bedlens Postado em 08/08/2014 - 19:59:56

    NÃOOOOOOOOOO!!! NÃO EXCLUA, POR FAVOR!!! EU AMO ESSA FIC <3

  • bedlens Postado em 04/08/2014 - 20:41:01

    Pressinto fortes emoções... POSTE MAAAAIS

  • bedlens Postado em 30/07/2014 - 21:55:04

    Por favor, poste maaaaais

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 23:31:20

    AAAAAAH! EU AMO O PONCHO <3 Algo me dizia que ele iria aparecer. Adeus Tad! Olá possível possibilidade de Ponny finalmente acontecer! Estou ansiosa para saber o que vai acontecer durante essa temporada da Dulce na Califórnia

  • colucciwake Postado em 28/07/2014 - 20:08:38

    eeeeee !!!! Dulce vai vim agora ss começa a ficar interessante

  • bedlens Postado em 28/07/2014 - 14:51:00

    Esse cara é um psicopata O.O Cadê o Poncho para salvar a Any? Cadê? Cadê?

  • bedlens Postado em 27/07/2014 - 16:41:46

    E eu que pensava que o Marcus era bonzinho. Cadê o Poncho para salvar a Any do tio maluco do Tad? Posta maaaaaais


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