Fanfic: A Madiadora aya adaptada | Tema: Ponny AyA
Capítulo 15
Esse é o negócio com os assassinos. Se você já conheceu algum, tenho certeza de que vai concordar comigo: eles não conseguem deixar de contar vantagem sobre o que fizeram.
Sério. São totalmente vaidosos. E isso, em geral, é o que acaba com eles. Veja a coisa pelo ponto de vista deles: quero dizer, ali estão os caras, cometeram um crime terrível e se deram bem. Você sabe, uma coisa tão engenhosa que ninguém sequer pensaria em acusá-los de a terem feito.
E não podem contar a ninguém. A absolutamente ninguém.
É isso que quase sempre acaba com eles. Não contar a ninguém, não revelar a ninguém seu segredo brilhante. Bem, esse negócio é praticamente de matar.
Não me entenda mal. Eles não querem ser apanhados. Só querem que alguém aprecie a inteligência daquilo que fizeram. É, foi um crime hediondo – algumas vezes até impensável. Mas olha. Olha. Eles fizeram isso sem serem apanhados. Enganaram a polícia. Enganaram todo mundo. Eles precisam contar a alguém. Precisam. Caso contrário, de que adianta?
Essa é apenas uma observação pessoal, claro. Eu conheci alguns assassinos em minha área de atuação, e esta é a única coisa que todos parecem ter em comum. Só os que ficam de boca fechada conseguem não ser apanhados. Para todo o resto? Cana.
Assim, achei que Michael – que já acreditava que eu estava apaixonada por ele – poderia decidir contar vantagem comigo sobre o que tinha feito. Ele já havia começado, um pouquinho, quando falou que Josh e pessoas do tipo eram apenas um “desperdício de espaço”. Parecia provável que, com algum estímulo, eu conseguiria fazer com que ele fosse mais específico... talvez a ponto de uma confissão que eu poderia entregar à polícia.
O que você está dizendo? Culpada? Se eu não vou me sentir culpada por dedurar um cara que, afinal de contas, só estava tentando se vingar dos garotos que tinham deixado a irmã se machucar tanto?
É. Certo. Escute, eu não curto essa de culpa. No meu livro há dois tipos de pessoas. As boas e as más. Para mim, neste caso específico, não havia uma única pessoa boa a ser encontrada. Todo mundo tinha feito alguma coisa censurável, desde Lila Meducci aparecendo naquela festa e se embebedando até os Anjos da RLS por terem armado a bebedeira. Talvez alguns tenham cometido crimes um pouquinho mais hediondos do que outros – Michael matando quatro pessoas me vem à cabeça – mas, francamente, para mim... ninguém ali prestava.
De modo que, respondendo à sua pergunta, não, não sentia culpa com relação ao que ia fazer. Pelo modo como via, quanto mais cedo Michael recebesse o que merecia, mais cedo eu poderia voltar ao que era realmente importante na vida: me esparramar na praia com minha melhor amiga, absorvendo uns raios de sol.
Foi quando estava no banheiro feminino logo depois da última aula, colocando delineador diante do espelho sobre as pias (descobri que é mais fácil arrancar confissões de potenciais criminosos quando estou nos trinques) que recebi a primeira indicação de que a tarde não seria exatamente como planejei.
A porta se abriu e Kelly Prescott entrou, seguida por sua sombra, Debbie Mancuso. Parece que não estavam ali para se aliviar nem para se arrumar, já que só ficaram paradas me olhando com hostilidade.
Espiei o reflexo delas no espelho e falei:
— Se for para discutir a verba para o passeio da turma à região vinícola, podem esquecer. Eu já conversei com o Sr. Walden e ele disse que é a coisa mais ridícula que já ouviu falar. Ao parque Six Flags Great Adventure, talvez, mas não ao Vale do Napa. As vinícolas exigem comprovação de idade, vocês sabem.
O lábio superior de Kelly se enrolou.
— Não é sobre isso — falou numa voz enojada.
— É — disse Debbie. — É sobre suas amizades.
— Minhas amizades?
Eu tinha apanhado uma escova na mochila e comecei a passar nos cabelos, fingindo despreocupação. E não estava preocupada. Não de verdade. Podia cuidar de qualquer coisa vinda de Kelly Prescott e Debbie Mancuso. Só não me sentia exatamente a fim de lidar com isso, além de todo o resto que tinha acontecido ultimamente.
— Está falando de Michael Meducci?
Kelly revirou os olhos.
— Fala sério! Não imagino nem por que você ia querer ser vista com aquilo. Mas por acaso estamos falando dessa tal de Dulce.
— É — disse Debbie, com os olhos se estreitando até virarem fendas.
Dulce? Ah, Dulce. Dulce que tinha roubado os namoradinhos de Kelly e Debbie. De repente tudo ficou claro.
— Quando ela vai voltar para Nova York? — perguntou Kelly.
— É — disse Debbie. — E onde ela está dormindo? No seu quarto, certo?
Kelly deu-lhe uma cotovelada, e Debbie disse:
— Ei, não finja que não quer saber, Kel.
Kelly lançou um olhar irritado para a amiga, e depois me perguntou:
— Houve alguma... bem, alguma troca de camas?
Troca de camas?
— Não que eu saiba — falei. Pensei em curtir com a cara delas, mas o negócio é que realmente sentia pena. Sei que se algum fantasma femme fatale aparecesse e roubasse Poncho eu ficaria bem irritada. Não que ele já tivesse sido meu, para começar.
— Nada de troca de camas — falei. — Pezinhos debaixo da mesa de jantar, talvez, mas nada de troca de camas, que eu saiba.
Debbie e Kelly trocaram olhares. Dava para ver que estavam aliviadas.
— E ela vai embora quando? — perguntou Kelly.
Quando falei “domingo” as duas garotas soltaram um pequeno suspiro.
Debbie falou:
— Bom.
Agora que sabia que não teria de suportá-la por muito tempo, Kelly estava disposta a ser gentil com relação a Dulce.
— Não que eu não goste dela — falou.
— É — concordou Debbie. — Só que ela é... você sabe.
— Sei — falei de um modo que esperava que fosse reconfortante.
— É só porque ela é nova — agora Kelly estava ficando na defensiva. — Só por isso eles gostam dela. Porque ela é diferente.
— Claro — falei, guardando a escova.
— Tipo, então ela é de Nova York? Grande coisa. — Kelly estava realmente indo fundo. — Quero dizer, eu já estive em Nova York. Não foi tão fantástico. Era um lugar bem sujo, e havia pombos nojentos e mendigos em toda parte.
— É — concordou Debbie. — E sabe o que eu ouvi falar? Que em Nova York não existem tacos de peixe.
Quase senti pena de Debbie.
— Bom — falei colocando a mochila nas costas. — Foi um prazer. Mas tenho de ir, senhoritas.
Deixei-as ali, enfiando o mindinho em pequenos potes de brilho labial e depois se inclinando no espelho para aplicar.
Michael me esperava exatamente onde tinha dito que estaria. Dava para ver que o delineador ia cumprindo a sua função, porque ele ficou muito agitado e disse:
— Oi, ah, você, hã... quer que eu leve sua mochila?
Falei toda fresca:
— Ah, seria ótimo.
E deixei que ele pegasse.
Com duas mochilas penduradas nos ombros, a minha e a dele, Michael parecia meio esquisito, mas afinal de contas ele era sempre esquisito – pelo menos vestido – então não foi uma grande surpresa. Começamos a andar pelo corredor coberto, fresco e sombreado – agora vazio, já que quase todo mundo tinha ido embora – e saímos ao sol quente do estacionamento. O mar, logo adiante, piscava para nós. O céu estava sem nuvens.
— Meu carro está ali — disse Michael apontando para um sedã verde esmeralda. — Bem, não é o meu carro. É o que a locadora me emprestou. Mas não é ruim. Tem um certo charme.
Sorri e Michael tropeçou num pedaço de concreto solto. Teria caído de cara se não tivesse se salvado no último minuto. Dava para ver que meu batom estava tendo um efeito tão bom quanto o delineador.
— Só deixa eu... hã... achar as chaves — disse ele, revirando os bolsos.
Falei para demorar o quanto quisesse. Então tirei os óculos Donna Karan e virei o rosto para o sol, encostada no capô do carro alugado. Qual é a melhor maneira de puxar o assunto?, pensei. Talvez devesse sugerir que a gente parasse no hospital para visitar sua irmã. Não, eu queria chegar o mais cedo possível à casa dele, para começar a ler os e-mails. Será que conseguiria acessar os e-mails? Provavelmente não. Mas poderia ligar para Maite. Ela saberia como. Será que dá para falar ao telefone e acessar o e-mail de alguém ao mesmo tempo? Ah, meu Deus, por que mamãe não me deixa ter um celular?
Eu era praticamente a única da turma que não tinha – sem contar Dunga, claro.
Foi enquanto eu estava pensando nisso que uma sombra caiu no meu rosto, e de repente não senti mais o calor do sol. Abri os olhos e me peguei olhando para Soneca.
— O que você acha que está fazendo? — perguntou ele do mesmo modo sonâmbulo em que fazia tudo.
Pude sentir as bochechas ficando vermelhas. E não por causa do sol.
— Vou pegar uma carona com Michael — falei humildemente.
Dava para ver com o canto do olho que Michael, junto à porta do motorista, tinha finalmente achado as chaves, e se imobilizou com elas na mão, com a porta aberta.
— Não vai não — disse Soneca.
Não pude acreditar. Não pude acreditar que ele estava fazendo isso comigo.
— Sone... — comecei, mas parei bem a tempo. — Christopher — falei baixinho. — Corta essa.
— Não. Corta essa você. Você se lembra do que mamãe falou.
Mamãe. Ele tinha chamado minha mãe de mamãe. O que estava acontecendo aqui?
Baixei os óculos escuros e olhei para além de Christopher. Dulce, Dunga e Mestre estavam do lado mais distante do estacionamento, encostados na lateral do Rambler e olhando na minha direção.
Dulce. Ela havia me dedurado. Havia me dedurado para o Soneca. Não pude acreditar.
— Sone... quero dizer, Christopher. Agradeço sua preocupação. Verdade. Mas posso cuidar de mim mesma...
— Não. — E, para minha surpresa, ele pegou meu braço com a mão e começou a me puxar. Soneca era surpreendentemente forte, para alguém que dava a impressão de estar tão cansado o tempo todo. — Você vem para casa com a gente. Desculpe, cara. — Isto foi dito para Michael. — Ela deve ir para casa comigo hoje.
Mas Michael não pareceu achar essa resposta satisfatória. Tirou nossas duas mochilas e, jogando as chaves do carro de volta no bolso da calça, deu um passo na direção de Soneca.
— Não acho — disse Michael numa voz dura que eu nunca o tinha ouvido usar — que a moça queira ir com você.
A moça? Que moça? Então percebi, com um susto, que ele estava falando de mim. Eu era a moça.
— Não me importa o que ela quer — disse Soneca. Sua voz não estava dura. Estava simplesmente confiante. — Ela não vai entrar num carro com você, e ponto final.
— Acho que não — Michael deu outro passo na direção de Soneca. E foi então que vi seus dois punhos fechados.
Punhos! Michael ia lutar com Soneca! Por minha causa!
Isso era tremendamente empolgante. Nunca dois garotos tinham lutado por minha causa. Mas o fato de um deles ser meu meio-irmão e ter praticamente tanto apelo romântico para mim quanto Max, o cachorro da família, abafou um pouco meu entusiasmo.
E Michael também não era grande coisa, pensando bem, já que era potencialmente assassino e coisa e tal.
Ah, por que eu tinha de ter dois fracassados daqueles querendo brigar por minha causa? Por que Matt Damon e Ben Affleck não brigavam por mim? Isso sim seria excelente.
— Olha, meu amigo — disse Soneca notando os punhos de Michael. — Você não vai querer mexer comigo, certo? Eu só vou pegar minha irmã aqui — ele me arrastou para longe do capô do carro — e ir embora. Sacou?
Irmã? Meia-irmã! Meia-irmã! Meu Deus, por que ninguém saca isso?
— Any — disse Michael. Ele não havia afastado o olhar de Soneca. — Só entre no carro, certo?
Bem, isso tinha demorado demais, pensei. Eu não somente estava totalmente envergonhada como também sentia muito calor. Naquela tarde o sol não estava moleza. De repente não me restava nenhuma energia de caça-fantasma. Além disso acho que não queria ver todo mundo se machucar por uma coisa tão completamente idiota.
— Olha — falei a Michael. — É melhor eu ir com ele. Deixa para outro dia, certo?
Finalmente Michael afastou o olhar de Soneca. Quando seus olhos pousaram em mim, foi com uma expressão estranha. Como se não estivesse me vendo de verdade.
— Ótimo — disse ele.
Então entrou no carro sem dizer mais nada e ligou o motor.
Meu Deus, pensei. Vamos deixar de ser infantis, certo?
— Ligo para você quando chegar em casa — gritei para Michael, mas duvido de que ele tenha ouvido por trás das janelas fechadas. Seria difícil arrancar uma confissão dele pelo telefone, mas não impossível, pensei.
Os pneus de Michael cantaram no asfalto quente enquanto ele se afastava.
— Que otário imbecil — murmurou Soneca enquanto me arrastava pelo estacionamento. Só que não disse otário. Nem imbecil. — E você quer sair com esse cara?
— Nós somos apenas amigos — falei carrancuda.
— É. Certo.
— Você está completamente ferrada — disse Dunga enquanto eu me aproximava do Rambler com Soneca.
Essa era umas das frases que ele mais gostava de me dizer. Na verdade, dizia sempre que tinha a mínima chance.
— Tecnicamente não, Brad — observou Mestre, pensativo. — Veja bem, ela não entrou no carro com ele. E isso é que estava proibida de fazer. Entrar num carro com Michael Meducci.
— Calem a boca, todos vocês — disse Soneca indo para o banco do motorista. — E entrem logo.
Notei que Dulce entrou automaticamente no banco dianteiro. Parece que não acreditou que, quando Soneca mandou todo mundo calar a boca, também estivesse falando dela, porque disse:
— Que tal a gente parar em algum lugar para tomar um sorvete?
Eu sabia que Dulce estava tentando fazer com que eu não ficasse furiosa com ela. Como se um sorvete com calda de chocolate fosse ajudar. Na verdade, pensando bem, acho que ajudaria.
— Para mim está ótimo — disse Soneca.
Dunga, à minha direita – como sempre, eu tinha acabado sentada no calombo no meio do banco de trás – murmurou:
— Não sei o que você vê naquele panaca do Meducci.
— Ah, isso é fácil — disse Mestre. — As fêmeas de todas as espécies tendem a selecionar o parceiro masculino mais capaz de ser o provedor para ela e a prole que pode resultar do acasalamento. Sendo bem mais inteligente do que a maioria dos colegas de turma, Michael Meducci cumpre amplamente esse papel, além de ter o que é considerado um físico notável pelos padrões ocidentais de beleza, se for verdade o que ouvi Dulce e Any dizerem. Já que tem probabilidade de passar aos filhos esses componentes genéticos favoráveis, ele é irresistível para as fêmeas reprodutoras de toda parte. Pelo menos as que têm discernimento, como Any.
Houve silêncio no carro... o tipo de silêncio que geralmente acompanhava os discursos de Mestre.
Então Dulce disse com reverência:
— Realmente deveriam adiantar você de série, David.
— Ah, eles quiseram — respondeu Mestre, animado — mas ainda que meu intelecto possa ser desenvolvido para um garoto da minha idade, o crescimento foi um tanto retardado. Achei pouco aconselhável me enfiar numa população de machos muito maiores do que eu, que podiam se sentir ameaçados por minha inteligência superior.
— Em outras palavras — Soneca traduziu para Dulce — nós não queríamos que ele levasse porrada dos garotos maiores.
Em seguida ligou o carro e disparamos para fora do estacionamento na alta velocidade que – apesar do apelido particular que dei a ele – Soneca costuma dirigir.
Eu estava tentando deduzir como deixar claro que não tinha tanta vontade de procriar com Michael Meducci, mas de levá-lo a confessar que havia matado os Anjos da RLS, quando Dulce disse:
— Meu Deus, Christopher, você sabe dirigir mesmo?
O que foi meio engraçado já que Dulce, cujos pais sensatamente não deixam chegar perto do carro deles, nunca dirigiu antes. Mas então levantei a cabeça e vi o que ela queria dizer. Estávamos nos aproximando do portão da frente da escola – que ficava na base de uma colina e se abria para um cruzamento movimentado – a uma velocidade maior do que o normal até mesmo para Soneca.
— É, Christopher — disse Dunga ao meu lado, no banco de trás. — Diminui aí, seu maníaco.
Eu sabia que Dunga só estava tentando bancar o bonzinho na frente de Dulce, mas ele tinha razão. Soneca estava indo depressa demais.
— Isso não é uma corrida — falei, e Mestre começou a dizer alguma coisa sobre as endorfinas de Christopher, que elas estavam atuando devido à briga comigo e à quase luta com Michael, e que isso explicaria seu súbito caso de pé de chumbo...
Pelo menos até que Christopher falou, num tom nem um pouco sonolento:
— Não consigo diminuir. O freio... o freio não está funcionando.
Isso pareceu interessante. Inclinei-me para a frente. Acho que pensei que Christopher estava querendo nos assustar.
Então vi a velocidade com que nos aproximávamos do cruzamento na frente da escola. Não era piada. Estávamos para mergulhar em quatro pistas de tráfego pesado.
— Pulem fora! — gritou Christopher para nós.
A princípio eu não soube o que ele queria dizer. Então vi Dulce lutando para soltar o cinto, e soube.
Mas era tarde demais. Já estávamos descendo a ladeira que passava pelo portão e ia até a estrada. Se pulássemos agora, estaríamos tão mortos quanto no minuto em que mergulhássemos naquelas quatro pistas. Pelo menos se ficássemos no carro, teríamos a proteção questionável das paredes de metal do Rambler...
Christopher apertou com força a buzina, xingando alto. Dulce cobriu os olhos. Mestre me abraçou enterrando o rosto no meu colo e Dunga, para minha grande surpresa, começou a gritar como uma menina, muito perto do meu ouvido.
Então estávamos voando morro abaixo, passando a toda velocidade por uma mulher muito surpresa numa perua Volvo e depois por um casal japonês aparvalhado num Mercedes, e ambos conseguiram apertar o freio a tempo de não se chocar contra nós.
Mas não tivemos tanta sorte com o tráfego nas outras duas pistas.
Enquanto voávamos atravessando a estrada, um trailer gigantesco, com as palavras Tom Cat num brasão na grade frontal, veio para cima de nós, com a buzina berrando. As palavras Tom Cat chegaram mais e mais perto, até que de repente não pude vê-las mais porque estavam acima do teto do carro.
Foi nesse ponto que fechei os olhos, por isso não tive certeza se o impacto que senti foi só na minha mente porque eu o estivera esperando com tanta força ou porque tínhamos realmente batido. Mas o choque bastou para fazer com que meu pescoço virasse para trás como acontecia nas montanhas-russas quando o carrinho fazia subitamente uma volta de noventa graus.
Quando abri os olhos de novo, comecei a suspeitar de que o choque não tinha sido na minha cabeça, já que tudo estava rodando, como acontece quando você anda num daqueles brinquedos que imitam xícaras de chá. Só que não estávamos num brinquedo. Ainda estávamos no Rambler, que girava pela estrada como um pião.
Até que de repente, com outro som esmagador, um estalo de vidros e mais um choque enorme, ele parou.
E quando a fumaça e o pó se assentaram, vimos que estávamos meio dentro e meio fora do escritório de informações turísticas de Carmel, com um letreiro que dizia Bem-vindo a Carmel! apertado contra o para-brisa.
Autor(a): ponnymym
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo 16 — Mataram meu carro. Era tudo que Soneca parecia capaz de dizer. Ficou dizendo isso desde que havíamos nos arrastado para fora dos destroços do que tinha sido o Rambler. — Meu carro. Mataram meu carro. Não importava que o carro não fosse realmente de Soneca. Era o carro da família ou, pelo menos, o carro d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 39
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maryangel Postado em 20/03/2015 - 17:15:12
Continuaaaaa! Amooo essa fic, leio á muito tempo e é uma das minhas prediletas.
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colucciwake Postado em 19/08/2014 - 19:51:29
Continua pf eu n tive muito tempo essa semana e entro sempre que posso :)
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colucciwake Postado em 08/08/2014 - 23:34:49
ñ exclui ññññññnññññ ;~continua pf
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bedlens Postado em 08/08/2014 - 19:59:56
NÃOOOOOOOOOO!!! NÃO EXCLUA, POR FAVOR!!! EU AMO ESSA FIC <3
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bedlens Postado em 04/08/2014 - 20:41:01
Pressinto fortes emoções... POSTE MAAAAIS
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bedlens Postado em 30/07/2014 - 21:55:04
Por favor, poste maaaaais
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bedlens Postado em 28/07/2014 - 23:31:20
AAAAAAH! EU AMO O PONCHO <3 Algo me dizia que ele iria aparecer. Adeus Tad! Olá possível possibilidade de Ponny finalmente acontecer! Estou ansiosa para saber o que vai acontecer durante essa temporada da Dulce na Califórnia
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colucciwake Postado em 28/07/2014 - 20:08:38
eeeeee !!!! Dulce vai vim agora ss começa a ficar interessante
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bedlens Postado em 28/07/2014 - 14:51:00
Esse cara é um psicopata O.O Cadê o Poncho para salvar a Any? Cadê? Cadê?
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bedlens Postado em 27/07/2014 - 16:41:46
E eu que pensava que o Marcus era bonzinho. Cadê o Poncho para salvar a Any do tio maluco do Tad? Posta maaaaaais