Fanfics Brasil - Prólogo Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: Prólogo

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— Sou Alfonso Herrera, filho de Leonard Herrera — ele se apresentou ao homem do outro lado do portão de segurança, sentindo a amarga ironia de ser questionado sobre sua identidade.


— Não sabia que ele tinha um filho — o homem resmungou, com um olhar desconfiado. — Você tem sotaque americano.


Nada surpreendente, já que Alfonso tinha crescido no Texas. Mas tinha nascido na Austrália, e tinha sete anos quando foi levado para lá. Agora, aos 24 anos, era um homem — um homem abastado, pensou com satisfação — e pronto para sobressair na terra do pai.


— Ligue para a casa e verifique — ele mandou.


Enquanto o segurança falava num celular, o olhar de Alfonso vagava pela comprida alameda arborizada que levava a uma enorme casa que ocupava o alto de uma colina que tinha vista deslumbrante para o vale. Era primavera, e as folhas novas eram de um verde vivo no sol brilhante da tarde. O vale inteiro estava verde — era uma propriedade de primeira — só o melhor para a segunda família do pai.


A casa de cor branca, as cercas também. Tudo impecável. E isso, é claro, custava muito dinheiro. Muito. O que se esperaria do proprietário de uma enorme empresa de transportes, inclusive uma linha aérea doméstica.


Alfonso só recebera dele cartões de aniversário e de Natal — provavelmente mandados pela secretária — e alguns dias num hotel de luxo em Las Vegas quando o pai esteve lá a negócios, uma vez quando Alfonso tinha 12 anos, e depois aos 18.


Ele lembrava que o pai tinha perguntado:


— O que pretende fazer da vida, rapaz? — como se isso não tivesse nada a ver com Leonard Herrera.


Mesmo assim, Alfonso perguntou, esperançoso:


— Está me oferecendo uma oportunidade? A resposta foi rude.


— Não. Abra seu próprio caminho, como eu fiz. Se você tiver peito para isso, vai merecer o meu respeito.


Esse desafio tinha penetrado na alma de Alfonso. O pai se tornara bilionário por esforço próprio, começando do nada e construíra um império no ramo de transportes. No entanto, vendo a riqueza evidente dele agora — riqueza gasta generosamente com a segunda mulher e duas filhas adotivas — Alfonso não sentia nenhum respeito por ele. Que tipo de homem não fazia nada pelo próprio filho e dava tudo para duas garotas que a segunda mulher quis e adquiriu? Será que ele diria a elas para que abrissem o próprio caminho aos 18 anos?


O segurança desligou o telefone e olhou para Alfonso com um pouco de pena. — Não posso deixá-lo entrar, companheiro. Me mandaram botar você daqui para fora. Lady Ellen disse que não é bem-vindo aqui.


Lady Ellen. O título lhe dava enjôo. Ela havia sido uma jovem secretária ambiciosa, dormindo com o patrão bem mais velho, cometendo adultério, e agora que seu pai tinha recebido um título de nobreza por serviços prestados à nação, como esposa dele, podia ser chamada de Lady.


— Peça para falar com meu pai — ele insistiu.


— Impossível. Sir Leonard aínda não chegou.


— Quando chega?


— Geralmente o helicóptero chega às 7h. Ainda faltam três horas. Não posso deixar você entrar sem ordem.


Alfonso entendeu. A casa do pai era território proibido para ele, segundo a vontade de Lady Ellen. Pistoleira, defendendo seus próprios interesses com unhas e dentes. E o pai aceitava isso. Quanto poder ela teria sobre o marido muito mais velho? De quem teria sido a opção de manter o filho exilado?


Havia muita coisa que Alfonso queria saber.


Estava determinado a saber.


— Eu volto — ele disse.


— Eu fico no chalé — o guarda avisou, indicando uma casinha que dava para a entrada da propriedade.


Estava deixando claro que ninguém passava por ele. Já era cinquentão, porém forte e musculoso. Alfonso não queria briga com este homem, que apenas cumpria o seu dever. Voltou para o carro alugado, pensando que a vista do chalé não abrangia todo o perímetro da propriedade.


Meia hora depois, estacionou o carro no acostamento de uma estrada lateral, trocou o terno por jeans, camiseta e tênis e andou até a cerca branca que limitava o território que pretendia examinar.


Encostou-se à cerca, vendo cavalos pastando e uma amazona — uma garota com cachos vermelho ouro por baixo de um chapéu de montaria — treinando saltos com o cavalo.


Seria a mais velha das duas filhas adotivas?


Ou um cavalariço treinando o cavalo?


A figura esbelta tinha as curvas de uma mulher feita, embora isso não eliminasse uma garota de 14 anos. Ela montava bem, porém ele também sabia montar aos 14 anos, tendo aprendido a duras penas no rancho do padrasto.


Ele pulou a cerca e caminhou para o local do treinamento, querendo satisfazer sua curiosidade. Não se importava por invadir propriedade particular, pois achava que tinha o direito de estar ali.


Anahí não viu o homem se aproximar. O cavalo, Blaze, não estava bem no salto triplo, e ela queria fazê-lo saltar novamente.


Estava tão concentrada no que fazia que só depois de completar o terceiro salto ouviu o aplauso, alertando-a para a presença de um espectador.


Corada e satisfeita com o salto, ela virou-se para sorrir para a pessoa que admirava sua perícia o bastante para aplaudi-la, esperando ver Tim Fogarty, o cavalariço que sempre a auxiliava com Blaze. Espantou-se ao ver um estranho desacompanhado. Isso não acontecia ali. Os visitantes sempre eram acompanhados por alguém.


Ele era muito bonito — tinha fartos cabelos negros, um rosto fascinante, e seu corpo alto e forte era realmente nota dez. Os braços eram bronzeados e musculosos, sugerindo uma vida ao ar livre. Talvez fosse um novo empregado.


Anahí encaminhou Blaze na direção dele, sentindo que o tremor na barriga era mais excitação que curiosidade. Os olhos dele examinavam-na detalhadamente — olhos de um azul brilhante — tornando-a muito consciente da própria aparência, na esperança tola de que ele a achasse atraente.


O que era uma bobagem, porque obviamente ele era velho demais para ela. Devia estar na casa dos 20 anos, ela achou. Aos 14 anos, ela tinha altura e corpo de mulher, mas era jovem demais para aquele homem.


— Quem é você? — ela perguntou, sentindo-se impelida a saber tudo sobre ele.


Ele torceu a boca num sorrisinho divertido, fazendo-a imaginar como seriam aqueles lábios beijando os seus. Seriam suaves e sensíveis, ou duros e arrebatadores? Era o tipo de homem que parecia recém-saído de um dos romances que costumava ler, despertando desejos que ainda não faziam parte de sua vida.


— Quem é você? — ele replicou, surpreendendo-a com seu sotaque americano. Bela voz, profunda e máscula.


— Sou Anahí Herrera — ela respondeu, com um toque de orgulho, querendo impressioná-lo com sua posição de filha do homem que era uma figura lendária na Austrália.


— Ah... — ele disse, num tom ligeiramente debochado, indicando que ele não estava nem um pouco impressionado.


Será que ela fora um pouco esnobe?


— Belo cavalo — ele comentou — Você monta muito bem. Monta há muito tempo?


Ela fez que sim, de repente, pouco à vontade com ele. — Papai me deu um pônei quando eu tinha cinco anos.


— E, sem dúvida, também te deu este.


O tom debochado agora era mais evidente.


— Quem é você? — ela repetiu rispidamente — O que faz aqui?


Ele deu de ombros. — Só estou dando uma olhada.


— Aqui é uma propriedade particular. Se não tem nenhum assunto a tratar aqui, está invadindo.


— Oh, eu tenho um assunto a tratar. Um assunto muito pessoal. — Seus olhos a fulminavam como raios azuis, penetrando-a até a alma. — Estou esperando meu pai chegar.


Ela tinha certeza de que nenhum dos empregados tinha um filho como ele.


— Quem é o seu pai?


— O mesmo que o seu.


Ela ficou muda um instante pelo choque. Seria verdade? Um filho ilegítimo nunca reconhecido publicamente?


Ele não se parecia com o pai dela, embora tivesse olhos azuis, porém de um azul mais vivo.


— Nunca ouvi falar de você — ela disse, com um medo repentino de que ele, fosse quem fosse, estava ali para causar problemas.


— Não é de admirar — ele disse zombeteiramente


— Tenho certeza de que Lady Ellen prefere fingir que eu não existo.


Ele odiava a mãe dela. Anahí via, ouvia e sentia isso.


— Ela provavelmente também nunca ouviu falar de você — disse Anahí, na defensiva.


Ele sacudiu a cabeça. — Que vidinha protegida você leva, Anahí Herrera! — Havia um desafio malicioso em seu olhar quando ele acrescentou:


— Por que não pergunta a Lady Ellen sobre o casamento que ela destruiu, e sobre o menino que ela rejeitou?


— Que casamento?


— O casamento de Leonard Herrera com a minha mãe — ele atirou-lhe, obviamente confiante de que o fato era irrefutável.


Anahí só conseguia fitá-lo, procurando processar essa informação atordoante. Se fosse verdade, ele não era um filho ilegítimo. Era o herdeiro natural do pai, não adotado como ela e a irmã mais moça. Sentiu um abalo no seu mundo tão seguro.


— Já esteve lá na casa? — ela perguntou, tomada de pânico, sentindo que tudo estava para mudar.


—- Ainda não.


— Minha mãe sabe que você está aqui?


— Sabe que eu vim. Lady Ellen não está disposta a me receber. Na verdade, não permitiu a minha entrada. O que acha disso, Anahí Herrera? Você aí, num cavalo de raça, à vontade para fazer tudo que lhe agrada, e eu sou impedido de entrar em terras de meu pai.


Isso não era justo. Não era direito.


Uma sensação de culpa envergonhada fez ela enrubescer. No entanto, ela só tinha a palavra daquele homem de que ele dizia a verdade. Não sabia do que acontecera no passado, antes de ela nascer e ser adotada. Talvez a mãe tivesse um bom motivo para impedir a entrada dele na propriedade. Ela mesma não percebera seu mundo ameaçado por ele?


— O que você quer? — Ele não teria vindo se não quisesse alguma coisa.


— Eu tive meu pai por sete anos. Você o tem há quatorze. Não acha que deveria haver um equilíbrio melhor na balança?


— Como? Você já está crescido. Não há como recuperar os anos passados— ela argumentou ansiosamente. Ele sabia a idade dela. Parecia errado ele saber informações dela, e ela nada saber dele.


— É verdade — ele concordou. Seus olhos endureceram. — Mas temos de pensar no futuro.


Ele ia causar problemas. –E a sua mãe? — Anahí lhe atirou, tentando mitigar a situação descrita por ele.


— Deve ter levado você com ela. Onde está agora?


— Morreu — ele disse abruptamente, numa voz monocórdia, sem a menor emoção.


Isso pareceu mais assustador que qualquer outra coisa.


— Sinto muito — ela disse, na defensiva. — Sinto muito que você se sinta... deslocado.


— Não fui deslocado — ele a corrigiu, ferozmente.


— Fui substituído, por você e pela outra filha adotiva.


— Eu não sabia, nem a Dulce, tampouco — ela argumentou.


Não era culpa dela. No entanto, ele a fazia sentir-se horrivelmente culpada.


— Vou conversar com minha mãe — ela ofereceu, agitada demais para continuar falando com ele, e precisando saber por que ele havia sido rejeitado.


— Vai ser uma conversa interessante — ele zombou.


— Pena eu não poder ser uma mosca na parede.


Esse sarcasmo a fez se retirar rapidamente, consciente dos olhos azuis que a penetravam. Parando para abrir o portão, ela olhou para trás. Viu que ele permanecia imóvel. O olhar dele se fixava nela. Era um olhar duro, inexorável, acusador.


— Você não me disse seu nome — ela gritou, desejando que ele fosse um pouco mais... fraternal.


— É Herrera — ele a lembrou ironicamente. — Alfonso Herrera. Conhecido como Blackjack em alguns lugares. É um nome que assombra os sonhos dos outros.


Era um nome que assombraria Anahí por muito tempo. Dez anos se passariam antes de ela encontrá-lo novamente — dez anos antes de ele voltar a pisar naquela terra, trazendo consigo a colheita amarga das injustiças cometidas naquele dia.


Alfonso observou-a se afastando. Ela galopava como se fosse perseguida por cães infernais. O sol começava a se pôr. Alfonso desejava que Anahí Herrera se preocupasse com suas perguntas sobre ele.


Era hora de voltar para o carro, antes de Lady Ellen enxotá-lo de lá. Provavelmente não devia ter falado tanto com a garota, desabafando sua raiva pela maneira como fora tratado, mas o desejo de criar confusão fora irresistível.


E ela era tão linda que ele quis perturbar a complacência dela, conscientizando-a do lado sombrio de seu mundo privilegiado. Ele tinha se regozijado com a perturbação assustada refletida naqueles fascinantes olhos verdes, no rubor forte que tingia sua pele pálida e impecável.


Anahí tinha recebido demais, e ele de menos.


Era esse o cerne da questão.


Alfonso viera examinar a situação. Quando conhecesse exatamente com o que estava lidando, conseguiria resolver melhor como alcançar seus objetivos.


Uma certeza ardia em sua mente. Custe o que custasse, algum dia, de alguma forma, a balança ficaria equilibrada.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 85



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  • daninha_ponny Postado em 22/07/2014 - 02:46:56

    amei essa fic...Ah q triste!!! Acabou

  • franmarmentini Postado em 02/07/2014 - 09:35:33

    amei essa fic* de maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

  • debaya Postado em 02/07/2014 - 06:37:50

    Ah q triste!!! Acabou! Final fofo o deles...fic linda, amei cada capítulo. Parabéns

  • vanessap. Postado em 02/07/2014 - 05:09:58

    Meu Deeeeeeus!! Nem acredito que acabou :o passou tao depressa e com certeza essa fic vai fazer falta! Ficou simplesmente maravilhosa do inicio ao fim!! Parabeeeens linda *----*

  • vondy4everponny Postado em 02/07/2014 - 00:06:44

    AAAAAAAAAAH, to com raiva de não ter acompanhado esta web desde o primeiro capitulo, porque vou te contar, me arrancou tantos suspiros quando ele se mostrava apaixonados, os hot maravilhosos né sua tarada kkk e a família que eles três formaram no fim, foi tudo tão perfeito! E eles planejaram ter filhos e tudo mais, não poderia ter sido mais perfeito Jéssica, parabéns, de verdade. Agora é eu focada em Mestre do Prazer u.u beeeijos <3

  • Angel_rebelde Postado em 01/07/2014 - 23:25:08

    Ameeei sua fic ! Muito lindo Poncho se libertando de toda aquele mágoa por ter sido tão rejeitado a vida toda. Anny tbm mudou muito, porque foi tão oprimida pela mãe e conseguiu sua liberdade também. Um ajudou o outro a superar juntos e nem precisou do acordo pq eles mesmo se uniram. Pra mim Poncho criou isso por achar que ela fosse se afastar dele quando começasse a descobrir o passado dele. Linda demais sua fic. Parabéns. Se puder leia a minha tbm, é adaptação da novela Dos Hogares : http://fanfics.com.br/fanfic/34623/novela-dos-hogares-adaptada-anahi-e-alfonso-a ya-ponny-aya-anahi-e-alfonso-anny-e-poncho-ponny

  • edlacamila Postado em 01/07/2014 - 23:16:46

    Aaaaaaaaain perfect o fim Jess *-*

  • iza2500 Postado em 01/07/2014 - 22:38:23

    Lindo los A *--* amei o final

  • anahiperroni Postado em 01/07/2014 - 16:28:20

    Que perfeitos !! Como assim ultimo capitulo ? :(

  • franmarmentini Postado em 01/07/2014 - 08:26:07

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii os capítulos!!!!


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