Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

— Havia regras. Regras estabelecidas para manter a harmonia no lar.

— E agora? Quando não há mais lar? — ele insistiu, inclinando-se para ela, intensamente interessado na resposta.

Ela sorriu ironicamente.

— Toda a base daquelas regras já não existe mais. Enfrentamos o caos.

Ele retribuiu o sorriso irônico ao se recostar na cadeira.

— Não necessariamente. Não você, Anahí. Os olhos dele fervilhavam com a promessa de outras possibilidades! O fato de ter sido escolhida inquietava-a.

— O que quer dizer com isso... não eu? O garçom interrompeu a conversa, servindo as taças de champanha e perguntando sobre suas escolhas para o almoço. Anahí olhou distraidamente o cardápio e escolheu um prato de peixe, achando que seria mais fácil de digerir. Alfonso pediu o mesmo, acrescentando aperitivos como entrada. O garçom se afastou, e Anahí observou Alfonso, aguardando um esclarecimento. Ele ergueu a taça num brinde provocante.

— Bebamos a um acordo harmonioso entre nós dois.

— Que tipo de acordo? — ela indagou, pegando na taça com certa indecisão, desejando que ele oferecesse algo aceitável.

Os olhos dele avaliaram a ansiedade dela.

— O que quer que lhe ofereça, Anahí?

— Você disse que falaríamos sobre os cavalos — ela respondeu de imediato.

— Você ama seus cavalos.

— Amo, sim — ele ergueu uma sobrancelha desafiadoramente. — Mais do que ama Lady Ellen?

Ela franziu a testa, não querendo fazer comparações.

— Você já deu um passo para longe dela em seu desejo de manter o que tinha — disse ele.

— Estou imaginando quantos passos está disposta a dar — sua boca tornou-se muito sensual. — Vai unir sua sorte à minha ou vai correr para a proteção da mamãe?

Anahí se irritou com a sugestão de correr para a proteção da mamãe. O comentário de despedida da mãe, "lavo as minhas mãos" era típico de suas atitudes tirânicas: Faça o que mando ou sofra as conseqüências. Tornar-se seu bode expiatório pela perda do que ela acreditava que seria sua herança não era uma situação atraente, e Anahí sabia bem que seria esse seu papel. E de Dulce. Se continuassem dependendo da mãe para qualquer coisa.

— Tenho minha própria vida para viver — ela respondeu determinada a encontrar uma saída. — É essa uma terceira opção, Alfonso, que não envolve nem você nem minha mãe.

— Uma opção corajosa... começar do nada — comentou Alfonso, mostrando-se cético quanto à capacidade dela para vencer por conta própria.

— Como foi que você começou? — ela revidou, querendo saber como ele havia enriquecido.

Alfonso ignorou a pergunta, insistindo:

— Você tem 24 anos, Anahí, e não está preparada para nada além de um esporte que requer muito financiamento. O que você se vê fazendo na vida?

— Você teve financiamento? — perguntou Anahí, sem tempo suficiente para preparar uma lista de possíveis empregos.

— Cavalariço? — ele zombou, ainda no ataque. — Cuidar dos cavalos dos outros?

— Eu poderia ser contratada para montá-los. Isso acontece nos concursos de saltos — ela respondeu, agressiva.

— Cavalos de segunda? Obedecendo à vontade de outros proprietários? A quem talvez você decepcione? — ele sacudiu a cabeça.

— Não está acostumada a isso, Anahí.

Anahí corou à lembrança de como tudo tinha sido fácil para ela, enquanto ele...

— Como você começou? — ela repetiu, insistente. Ele deu de ombros.

— Descobri que tinha talento para o pôquer. Ganhei milhões de dólares em competições de pôquer no mundo inteiro. Quando tinha acumulado uma quantia suficiente, diversifiquei, achando investimentos de retorno rápido. É tudo uma questão de calcular a porcentagem.

Os olhos dele se prenderam aos dela com uma intensidade hipnotizante.

— Juntar sua sorte à minha lhe oferece uma porcentagem muito melhor do que procurar emprego lá no fundo do barril.

O coração parecia querer saltar-lhe do peito. Alfonso Herrera estava concentrado em fazê-la escolher o que ele queria. Ela de repente soube disso com certeza absoluta. Só não sabia se seria mais um triunfo para ele afastá-la da família e tê-la a seu lado, ou se Alfonso simplesmente agia devido à atração que ele desejava satisfazer. Talvez as duas coisas.