Fanfic: Acordo Sedutor Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

Alfonso sentiu o surto de adrenalina que sempre o invadia quando fazia uma jogada arriscada no pôquer. Será que ela aceitaria, ou se retiraria?

Uma onda de calor abrasou o lindo pescoço de Anahí. Seu rosto se ruborizou, tornando mais vivo o verde de seus olhos — olhos que tinham inegavelmente, demonstrado interesse por ele. Alfonso sabia que agradava às mulheres, principalmente com a riqueza que aumentava o seu sex appeal. Ela certamente não rejeitaria o fato de ele ser acrescentado ao acordo, não com tudo o mais que lhe era oferecido, porém, com apenas 24 anos, talvez ela fosse muito jovem a ponto de alimentar ideais de amor e casamento.

O amor e o casamento não entravam no acordo.

Alfonso não tinha a menor intenção de oferecê-los a ela.

Anahí respirou fundo. Seus olhos não vacilavam. Deixavam claro que ela entendia bem o que ele dizia. Ela estava pesando tudo, cogitando o que isso significaria para ela. Ele ficou surpreso ao perceber a tensão que sentia enquanto esperava por sua resposta desejando intensamente que ela cedesse. No final, ela não deu uma resposta, preferindo sondá-lo por sua vez.

— Por que eu?

Não era um "não". Nem era um "sim". Era uma pergunta astuta, examinando a motivação dele. Ele jamais pagara por sexo em toda a vida, não tão abertamente como agora. Às vezes presentes depois do ato, agradecendo pelo prazer. Então, por que estava disposto a oferecer tanto a Anahí Herrera?

Por que ela não se entregaria a um homem que tinha tirado tudo dela.

Ele teria de pagar para tomar isso possível, e o custo não importava.

Porém ela poderia ficar com a impressão de que ele fazia dela uma prostituta. O orgulho talvez atrapalhasse se ele fizesse uma proposta muito clara. Seria melhor enfeitá-la com sentimentos que a comoveriam. As mulheres se ligavam muito em emoções, e Anahí tinha se mostrado muito sensível à injustiça que ele sofrerá na situação familiar.

— Acho que você teria me recebido em sua casa — ele disse suavemente. —Acho que sempre esteve consciente de que não havia um lugar para mim em Yarramalong e não achava isso justo. Não é verdade, Anahí?

Ela aquiesceu com a cabeça.

— Só você — ele enfatizou.

— Acho que Dulce não teria se incomodado — ela disse rapidamente.

Dulce — ela queria muito bem à irmã — uma vítima no lar dos Herrera. Alfonso tinha certeza disso agora, lembrando a expressão desolada de Anahí quando ele perguntou se Dulce tinha sido amada. Ela certamente desejaria proteger a irmã mais frágil dos abusos de Lady Ellen. Estranhamente, ele também queria. Ninguém devia permanecer vítima daquela mulher. Se desse a Anahí dinheiro mais do que suficiente para suprir as suas necessidades e da irmã, ele alcançaria dois objetivos — a libertação de Dulce e a aceitação de seu plano por Anahí.

— Dulce nunca estaria aqui comigo como você está — ele destacou.

Ela sabia disso tão bem quanto ele. A filha adotiva mais moça tinha corrido atrás da mãe como um ratinho assustado. Antes de Anahí poder dizer algo mais em defesa da irmã, Alfonso continuou descrevendo um quadro que ele esperava que fosse sedutor.

— É com você que sinto uma ligação, Anahí. Lembro-me de ter visto você saltando com seu cavalo alguns anos atrás. Poesia em movimento. Gosto da idéia de você estar lá, mantendo tudo como sempre foi. Só que, agora, tudo estaria lá para mim também. Não que eu pretenda morar na propriedade com você, mas gostaria de visitar de vez em quando, ter a mesma sensação de ser bem-vindo que meu pai sempre teve. — Forjou um sorrisinho carente. — Ser recebido com um sorriso e um martini. Passear a cavalo com você. Desfrutar da sua companhia. Isso me parece muito atraente.

— Você monta?

Já não era uma busca por informações, mas uma fagulha de prazer diante da possibilidade de que poderiam compartilhar algo mais que um quarto de dormir.

— Passei muito tempo da minha juventude montado num cavalo. Trabalhava no rancho do meu padrasto antes e depois das aulas. Certamente poderia ajudá-la a exercitar seus cavalos — ele ofereceu com um sorriso.